Mongólia: o trabalho missionário salesiano

Quinta, 17 Março 2016 14:33 Escrito por  InfoANS
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“Fico preocupado ao pensar nas crianças que encontro todos os dias. As famílias mongóis não cuidam dos filhos: interessam-se apenas quando o governo lhes dá algum dinheiro. A falta de renda, também faz com que facilmente as famílias se separem. As crianças sofrem mais porque ficam pelas ruas onde roubam, sofrem abusos sexuais ou se prostituem”. É a dura realidade narrada pelo salesiano irmão Krzysztof Gniazdowski, missionário na Mongólia.

Nesse país, a terra não é de ninguém. A terra é compartilhada e amada; sobre ela os mongóis se movem com respeito e conforme a tradição das estações. Quase um terço da população vive em condições de pobreza extrema. Os mongóis não têm um lugar próprio. Ou acampam ou caminham. O clima seco e continental da Mongólia não é um problema. No verão resistem a temperaturas que chegam a 40o C, no inverno suas peles endurecem com o frio. Movem-se de um lugar a outro para encontrar alimento, água e pastagem para os animais de criação.

 

É difícil ver os frutos do trabalho missionário na Mongólia. Os nômades não pensam no futuro, nem em construir uma casa ou cultivar uma horta. Não estão interessados na educação. Vivem o dia a dia. Hoje estão aqui, amanhã encontram um trabalho em outro lugar. O trabalho entre a população mongol dura o tempo entre os cumprimentos e as despedidas.

 

“É difícil construir a Igreja sobre fundações móveis – continua Krzysztof. Em 2013, a Igreja Católica na Mongólia comemorou o seu aniversário: 20 anos de cristianismo na Mongólia. Celebraremos neste ano a ordenação do primeiro sacerdote local, que estudou na Coreia e será ordenado em terra mongol”.

 

Os Salesianos possuem duas casas no país. Na capital, Ulan Bator, e em Darkhan. São duas comunidades internacionais. Em Ulan Bator está a Escola Técnica Dom Bosco e o internato para crianças de rua. A escola, com cerca de 300 estudantes, tem boa reputação e no dia dos exames finais, os representantes das empresas esperam os diplomados fora da porta. Obter o diploma significa assinar um contrato com uma das empresas de sucesso. “Esta perspectiva encoraja os jovens. Na cultura da Mongólia, vejo este sucesso como um autêntico milagre, conclui o salesiano irmão.

 

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Última modificação em Sexta, 18 Março 2016 22:01

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Quinta, 17 Março 2016 14:33 Escrito por  InfoANS
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“Fico preocupado ao pensar nas crianças que encontro todos os dias. As famílias mongóis não cuidam dos filhos: interessam-se apenas quando o governo lhes dá algum dinheiro. A falta de renda, também faz com que facilmente as famílias se separem. As crianças sofrem mais porque ficam pelas ruas onde roubam, sofrem abusos sexuais ou se prostituem”. É a dura realidade narrada pelo salesiano irmão Krzysztof Gniazdowski, missionário na Mongólia.

Nesse país, a terra não é de ninguém. A terra é compartilhada e amada; sobre ela os mongóis se movem com respeito e conforme a tradição das estações. Quase um terço da população vive em condições de pobreza extrema. Os mongóis não têm um lugar próprio. Ou acampam ou caminham. O clima seco e continental da Mongólia não é um problema. No verão resistem a temperaturas que chegam a 40o C, no inverno suas peles endurecem com o frio. Movem-se de um lugar a outro para encontrar alimento, água e pastagem para os animais de criação.

 

É difícil ver os frutos do trabalho missionário na Mongólia. Os nômades não pensam no futuro, nem em construir uma casa ou cultivar uma horta. Não estão interessados na educação. Vivem o dia a dia. Hoje estão aqui, amanhã encontram um trabalho em outro lugar. O trabalho entre a população mongol dura o tempo entre os cumprimentos e as despedidas.

 

“É difícil construir a Igreja sobre fundações móveis – continua Krzysztof. Em 2013, a Igreja Católica na Mongólia comemorou o seu aniversário: 20 anos de cristianismo na Mongólia. Celebraremos neste ano a ordenação do primeiro sacerdote local, que estudou na Coreia e será ordenado em terra mongol”.

 

Os Salesianos possuem duas casas no país. Na capital, Ulan Bator, e em Darkhan. São duas comunidades internacionais. Em Ulan Bator está a Escola Técnica Dom Bosco e o internato para crianças de rua. A escola, com cerca de 300 estudantes, tem boa reputação e no dia dos exames finais, os representantes das empresas esperam os diplomados fora da porta. Obter o diploma significa assinar um contrato com uma das empresas de sucesso. “Esta perspectiva encoraja os jovens. Na cultura da Mongólia, vejo este sucesso como um autêntico milagre, conclui o salesiano irmão.

 

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