Quando quase todos vão embora, os salesianos ficam

Sexta, 17 Junho 2016 14:39 Escrito por  InfoANS
Quando quase todos vão embora, os salesianos ficam InfoANS
O bairro Marconi é chamado de zona vermelha de Montevidéu. “Dizem que é a zona mais perigosa da Capital. Dizem que a polícia não entra, que é um refúgio de delinquentes, narcotraficantes e jovens problemáticos. Dizem isso e muito mais, mas há quem diga outra coisa”. No bairro Marconi, funciona a Escola Profissional do Movimento Tacurú, dos Salesianos, e é cenário constante de violência e morte. A insegurança reinante fez com que quase todos os prestadores de serviço deixassem o bairro. Os Salesianos decidiram ficar para conter e acompanhar os jovens e as famílias do lugar.

Neste contexto, os salesianos redobraram sua opção pelas crianças e jovens pobres, carentes, inaugurando, em 4 de junho, um novo oratório na Casa Tacurú e celebrando o Encontro de Centros Juvenis com a participação de 200 jovens e 50 animadores.

 

Há no lugar a Escola Profissional Dom Bosco, fundada há 40 anos, que conta com centenas de alunos, os quais, durante três anos, aprendem de 45 professores, carpintaria, eletricidade, cabeleireiro, gastronomia. Também lhes é oferecido o ciclo básico da escola média.

 

Padre Rubén Avellaneda, SDB, diretor do Movimento ‘Tacurú’, esclareceu que depois de reunir-se em assembleia decidiram, apesar do risco que poderia acarretar, abrir as portas da instituição. A Escola Profissional Dom Bosco propôs aos estudantes um espaço de escuta, sentindo-se a necessidade de o bairro contar com mais oportunidades de trabalho, transporte, menos drogas, mais respeito e mais atividades recreativas nas praças.

 

Após os casos de violência vividos no bairro, as pessoas do lugar escreveram espontaneamente um cartaz: “Agradecemos aos professores por virem e continuarem com as aulas, sabendo dos riscos que correm”.

 

Embora, devido aos acontecimentos, os serviços essenciais (como transporte, saúde e educação) não tenham sido ainda restabelecidos no bairro, o Movimento Tacurú continua a trabalhar.

 

InfoANS

 

 

 

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Domingo, 19 Junho 2016 22:44

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Quando quase todos vão embora, os salesianos ficam

Sexta, 17 Junho 2016 14:39 Escrito por  InfoANS
Quando quase todos vão embora, os salesianos ficam InfoANS
O bairro Marconi é chamado de zona vermelha de Montevidéu. “Dizem que é a zona mais perigosa da Capital. Dizem que a polícia não entra, que é um refúgio de delinquentes, narcotraficantes e jovens problemáticos. Dizem isso e muito mais, mas há quem diga outra coisa”. No bairro Marconi, funciona a Escola Profissional do Movimento Tacurú, dos Salesianos, e é cenário constante de violência e morte. A insegurança reinante fez com que quase todos os prestadores de serviço deixassem o bairro. Os Salesianos decidiram ficar para conter e acompanhar os jovens e as famílias do lugar.

Neste contexto, os salesianos redobraram sua opção pelas crianças e jovens pobres, carentes, inaugurando, em 4 de junho, um novo oratório na Casa Tacurú e celebrando o Encontro de Centros Juvenis com a participação de 200 jovens e 50 animadores.

 

Há no lugar a Escola Profissional Dom Bosco, fundada há 40 anos, que conta com centenas de alunos, os quais, durante três anos, aprendem de 45 professores, carpintaria, eletricidade, cabeleireiro, gastronomia. Também lhes é oferecido o ciclo básico da escola média.

 

Padre Rubén Avellaneda, SDB, diretor do Movimento ‘Tacurú’, esclareceu que depois de reunir-se em assembleia decidiram, apesar do risco que poderia acarretar, abrir as portas da instituição. A Escola Profissional Dom Bosco propôs aos estudantes um espaço de escuta, sentindo-se a necessidade de o bairro contar com mais oportunidades de trabalho, transporte, menos drogas, mais respeito e mais atividades recreativas nas praças.

 

Após os casos de violência vividos no bairro, as pessoas do lugar escreveram espontaneamente um cartaz: “Agradecemos aos professores por virem e continuarem com as aulas, sabendo dos riscos que correm”.

 

Embora, devido aos acontecimentos, os serviços essenciais (como transporte, saúde e educação) não tenham sido ainda restabelecidos no bairro, o Movimento Tacurú continua a trabalhar.

 

InfoANS

 

 

 

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Domingo, 19 Junho 2016 22:44

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.