Moçambique: país desconhecido do sudeste da África

Sexta, 08 Julho 2016 15:14 Escrito por  InfoANS
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Poucos de nós conhecem Moçambique. O título de um jornal conta a verdadeira história: “Saindo do Inferno de Moçambique”. “Cerca de 250 refugiados chegam diariamente a Maláui vindos de Moçambique desde que, em fins de novembro, começaram as tensões entre as forças governamentais e a oposição”, escreve o jornal “O Mundo”. Paco Pescador, missionário salesiano, fala-nos da difícil situação atravessada atualmente,  por causa da seca e do conflito entre o governo e rebeldes.

“Hoje, Moçambique é um país que sofre uma grave instabilidade política”, explica o missionário. Depois das eleições de dois anos atrás, o país está dividido em dois. “No centro do país estão os rebeldes que tornam impossível a comunicação entre o norte e o sul do país”, acrescenta Pescador. “Em Moçambique, somente 12% da população em idade de trabalho estão trabalhando”. O restante das pessoas vive da economia submersa ou da agricultura de subsistência. Os jovens são uma das preocupações dos missionários salesianos. “Dar esperança aos jovens e abrir caminho para eles, é difícil; mas estamos ali trabalhando duramente”. Os missionários salesianos contam com vários centros de formação profissional, onde podem formar-se em algum ofício. “Não é simples. Instalou-se a cultura do ‘para que vou me esforçar se não há trabalho, não há futuro?’ ”, adverte.

 

A situação agrava-se pela fome, pela falta de futuro, sobretudo, pela falta de paz. “Para nós, é melhor morrer de fome em um Maláui pacífico do que ser massacrados pelos soldados cruéis em nossa pátria”, afirmava uma mulher que chegara ao campo de refugiados.

 

Some-se a tudo isso a grande seca pela qual estão passando, sobretudo, na zona sul do país. “«El Niño» fez com que a chuva fosse muito mais escassa neste ano na época de plantar, fazendo com que agora milhares de famílias não tenham alimento suficiente”,  disse Pescador.

 

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Última modificação em Sexta, 08 Julho 2016 16:46

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Poucos de nós conhecem Moçambique. O título de um jornal conta a verdadeira história: “Saindo do Inferno de Moçambique”. “Cerca de 250 refugiados chegam diariamente a Maláui vindos de Moçambique desde que, em fins de novembro, começaram as tensões entre as forças governamentais e a oposição”, escreve o jornal “O Mundo”. Paco Pescador, missionário salesiano, fala-nos da difícil situação atravessada atualmente,  por causa da seca e do conflito entre o governo e rebeldes.

“Hoje, Moçambique é um país que sofre uma grave instabilidade política”, explica o missionário. Depois das eleições de dois anos atrás, o país está dividido em dois. “No centro do país estão os rebeldes que tornam impossível a comunicação entre o norte e o sul do país”, acrescenta Pescador. “Em Moçambique, somente 12% da população em idade de trabalho estão trabalhando”. O restante das pessoas vive da economia submersa ou da agricultura de subsistência. Os jovens são uma das preocupações dos missionários salesianos. “Dar esperança aos jovens e abrir caminho para eles, é difícil; mas estamos ali trabalhando duramente”. Os missionários salesianos contam com vários centros de formação profissional, onde podem formar-se em algum ofício. “Não é simples. Instalou-se a cultura do ‘para que vou me esforçar se não há trabalho, não há futuro?’ ”, adverte.

 

A situação agrava-se pela fome, pela falta de futuro, sobretudo, pela falta de paz. “Para nós, é melhor morrer de fome em um Maláui pacífico do que ser massacrados pelos soldados cruéis em nossa pátria”, afirmava uma mulher que chegara ao campo de refugiados.

 

Some-se a tudo isso a grande seca pela qual estão passando, sobretudo, na zona sul do país. “«El Niño» fez com que a chuva fosse muito mais escassa neste ano na época de plantar, fazendo com que agora milhares de famílias não tenham alimento suficiente”,  disse Pescador.

 

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