Pelo Dia Mundial contra a Escravidão Infantil

Quarta, 16 Abril 2014 09:52 Escrito por  InfoANS
Pelo Dia Mundial contra a Escravidão Infantil InfoANS
  Pelo Dia Mundial contra a Escravidão Infantil, celebrado nesta quarta-feira, 16 de abril, a Procuradoria Missionária Salesiana de Madri lembra a todos que “ nove milhões de crianças vivem como escravos”; e apresenta, a título de exemplificação, a história de Abu, criança do Senegal, África, de 10 anos, explorado porque é obrigado a pedir esmolas pelas ruas.

“O ‘marabú’ me obrigou a pedir esmolas durante todo o dia e a arranjar dinheiro, arroz e açúcar para ele. Se não consigo ‘levantar’ o mínimo estabelecido, me bate!” – conta Abu. Como Abu, vivem também Malick, Moduo, Aliou e... milhares de crianças ‘talibé’, que passam todo o santo dia girando pelas ruas das cidades do Senegal.
 

Os ‘talibé’ são alunos acolhidos por professores definidos ‘marabú’, das milhares de ‘daaras’, ou escolas do Corão, que existem no país. “Os pais confiam suas crianças, a educação e o bem-estar dos seus filhos ao ‘marabú’, sem saber que, em muitos casos, o destino deles não será aprender o Corão, mas a exclusão, o abuso, a escravidão” – explica Patricia Rodríguez, responsável pelos Projetos da Procuradoria Missionária de Madri. No Senegal, é um fenômeno que está crescendo, como referem os missionários salesianos. “Mas se verifica também em Guiné Bissau, Mali, Burkina Fasso, e se está difundindo por toda a África Ocidental” – acrescenta Patricia Rodríguez.
 

Os missionários salesianos, em particular em Dacar e Thies, sabem da situação dos pequenos ‘talibé’ e empenham-se por achá-los e oferecer-lhes brinquedo e diversão com outras crianças, para possibilitar-lhes voltar a ser e a viver como crianças. “Todavia, é importante uma completa transformação na mentalidade da sociedade, para atacar frontalmente o problema, visto que ele responde a uma instrumentalização da religião, atualmente em expansão nesses países” – explica ainda Patricia.

Alguns números

No mundo são mais de nove milhões as crianças reduzidas à escravidão. São crianças obrigadas a trabalhar, 5.700 exploradas sexualmente, quase dois milhões, vítimas de tráfico humano, mais de um milhão; e cerca de 300 mil soldados-mirins, entre  meninos e meninas.
 

Os missionários salesianos enfrentam esta realidade dia após dia, e buscam melhorar a vida de milhares de crianças e jovens por meio de centros juvenis, escolas e projetos, para restituir-lhes a infância destruída.
 

InfoANS

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Última modificação em Quarta, 16 Abril 2014 14:09

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Quarta, 16 Abril 2014 09:52 Escrito por  InfoANS
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  Pelo Dia Mundial contra a Escravidão Infantil, celebrado nesta quarta-feira, 16 de abril, a Procuradoria Missionária Salesiana de Madri lembra a todos que “ nove milhões de crianças vivem como escravos”; e apresenta, a título de exemplificação, a história de Abu, criança do Senegal, África, de 10 anos, explorado porque é obrigado a pedir esmolas pelas ruas.

“O ‘marabú’ me obrigou a pedir esmolas durante todo o dia e a arranjar dinheiro, arroz e açúcar para ele. Se não consigo ‘levantar’ o mínimo estabelecido, me bate!” – conta Abu. Como Abu, vivem também Malick, Moduo, Aliou e... milhares de crianças ‘talibé’, que passam todo o santo dia girando pelas ruas das cidades do Senegal.
 

Os ‘talibé’ são alunos acolhidos por professores definidos ‘marabú’, das milhares de ‘daaras’, ou escolas do Corão, que existem no país. “Os pais confiam suas crianças, a educação e o bem-estar dos seus filhos ao ‘marabú’, sem saber que, em muitos casos, o destino deles não será aprender o Corão, mas a exclusão, o abuso, a escravidão” – explica Patricia Rodríguez, responsável pelos Projetos da Procuradoria Missionária de Madri. No Senegal, é um fenômeno que está crescendo, como referem os missionários salesianos. “Mas se verifica também em Guiné Bissau, Mali, Burkina Fasso, e se está difundindo por toda a África Ocidental” – acrescenta Patricia Rodríguez.
 

Os missionários salesianos, em particular em Dacar e Thies, sabem da situação dos pequenos ‘talibé’ e empenham-se por achá-los e oferecer-lhes brinquedo e diversão com outras crianças, para possibilitar-lhes voltar a ser e a viver como crianças. “Todavia, é importante uma completa transformação na mentalidade da sociedade, para atacar frontalmente o problema, visto que ele responde a uma instrumentalização da religião, atualmente em expansão nesses países” – explica ainda Patricia.

Alguns números

No mundo são mais de nove milhões as crianças reduzidas à escravidão. São crianças obrigadas a trabalhar, 5.700 exploradas sexualmente, quase dois milhões, vítimas de tráfico humano, mais de um milhão; e cerca de 300 mil soldados-mirins, entre  meninos e meninas.
 

Os missionários salesianos enfrentam esta realidade dia após dia, e buscam melhorar a vida de milhares de crianças e jovens por meio de centros juvenis, escolas e projetos, para restituir-lhes a infância destruída.
 

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