Boletim Salesiano da Espanha conversa com a mãe do novo reitor-mor

Terça, 22 Abril 2014 13:37 Escrito por  InfoANS
Boletim Salesiano da Espanha conversa com a mãe do novo reitor-mor InfoANS
A figura do novo reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime - primeiro eleito não pertencente ao Conselho Geral da Congregação Salesiana; talvez por isso menos conhecido, desperta uma certa curiosidade. Por esta razão, o Boletim Salesiano da Espanha teve a iniciativa de entrevistar a mãe do novo reitor-mor, Isabel Artime, para que a Família Salesiana possa conhecê-lo um pouco mais.  

Boletim Salesiano: quem lhe comunicou a notícia da nomeação de seu filho, como novo reitor-mor da Congregação Salesiana?

Isabel Artime: a primeira pessoa a dar-me a notícia foi o inspetor de Leão, padre José Rodríguez Pacheco. A surpresa foi enorme, não dava para acreditar. Depois recebi a ligação do padre Pascual Chávez, que até o momento tinha sido o reitor-mor. Não consegui falar porque acabei chorando de emoção. Depois chegaram também as ligações do secretário do reitor-mor, padre Juan José Bartolomé, e do padre Filiberto Rodríguez.
 

Boletim Salesiano: que sentimentos lhe brotaram quando lhe falaram da eleição?

Isabel Artime: Pensei: “Oh! Meu Deus, ajude-o! Precisa de Ti”. Mas não sabia o que pensar, nem o que fazer. Assaltou-me uma sensação de preocupação, visto que é uma posição de grande responsabilidade e, por isso, deverá enfrentar muitas dificuldades; mas uma sensação também de esperança. Sempre lhe disse que os talentos que Deus lhe deu não eram para os enterrar, mas para doá-los aos outros. Como mãe, sei o quanto vale!
 

Boletim Salesiano: quando o padre Ángel lhe ligou, o que conseguiu dizer?

Isabel Artime: não foi logo. Pude falar com ele só depois de mais de duas horas, das primeiras chamadas. Disse-lhe que já sabia e que Deus o iria ajudar quando fosse necessário. Disse-me para ficar tranquila, porque não lhe faltaria ajuda. Foi uma conversinha muito rápida. Ele me disse que naquela hora estava muito empenhado, mas que me chamaria mais tarde para falar com mais calma.
 

Boletim Salesiano: como foi que conheceu os Salesianos?

Isabel Artime: a mão de Deus foi sempre muito visível em nossa vida. Meu marido e eu nos dedicávamos à pesca. Ele pescava e eu vendia o peixe. Um dia, quando Ángel tinha nove anos, uma benfeitora de Leão e nossa boa amiga, María Sánchez Miñambres, lhe perguntou se não gostaria de ir estudar com os Salesianos, em Leão. Ángel respondeu que iria pensar. No ano seguinte, com 10 anos, decidiu ir estudar. Depois de quatro anos, teve a possibilidade frequentar o Liceu aqui em Luanco. Mas não o fez: queria continuar em Leão. Desde então, os Salesianos já tinham entrado profundamente em sua vida.
 

Boletim Salesiano: quais são as qualidades que mais lhe agradam em seu filho?

Isabel Artime: é gentil e bom. É dotado de grande doçura e muito afetuoso. Mostra-se sempre muito responsável, em tudo: com a família, com seus deveres. Tudo isso lhe nasce da Fé que desde pequeno lhe temos dado: somos uma família cristã.
 

Boletim Salesiano: Quais são seus pratos preferidos, aqueles que a senhora prepara quando ele vem visitá-la?

Isabel Artime: São muitos os pratos que ele gosta. Mas aprecia, sobretudo, as verduras, o minestrão ou sopa asturiana, com repolhos, salsicha, chouriço, pancetta e o salame fariñón... Naturalmente, e não podia ser diferente, gosta de fabada – a bem conhecida feijoada de feijão branco, prato típico das Astúrias –. E depois, óbvio, o peixe: todos os tipos de peixe. O peixe daqui é estupendo.
 

Boletim Salesiano: algum conselho dado, como pais, durante a sua juventude?

Isabel Artime: sobretudo aquele de que falamos antes: os talentos não são para nós mesmos; não podem ser escondidos; são feitos para tornarem-se um dom para os outros.
 

Boletim Salesiano: de todos os presentes que lhe deu, qual foi o de mais gostou?

Isabel Artime: uma imagem de Maria Auxiliadora que me trouxe de Leão, quando foi eleito inspetor. Desde então, conservo-a em casa com uma lampadinha acesa. A luz não se apaga nunca: gostei demais!
 

Boletim Salesiano: lembra-se de alguma travessura feita por ele quando criança?

Isabel Artime: era tão bom que nunca as fez. A única coisa que fez ao nascer foi não chorar: ficamos deveras preocupados. Em compensação, nos três anos seguintes chorou demais. Estávamos exasperados, mas quando se viu na casa dos meus pais, com outros parentes, deixou de chorar: e nunca mais o fez. A sua infância foi muito difícil, porque ficava muito tempo em casa, sozinho: é que nós saíamos para trabalhar na pesca.
 

Boletim Salesiano: O que pediu a Deus e a Maria Auxiliadora por seu filho?

Isabel Artime: Peço que o ajudem muito! Que possa levar bem as coisas avante. Antes confio em Deus; depois nos santos. Peço-lhes que o ajudem neste novo encargo. Sem o auxílio do Alto, nenhuma pessoa pode fazer muita coisa. A Congregação Salesiana é uma nau que precisa de um bom timoneiro para enfrentar o mar. Deus e Dom Bosco, visto que o Ángel é o seu Sucessor, o ajudarão nestes anos por virem.

 

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Última modificação em Terça, 22 Abril 2014 20:23

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Terça, 22 Abril 2014 13:37 Escrito por  InfoANS
Boletim Salesiano da Espanha conversa com a mãe do novo reitor-mor InfoANS
A figura do novo reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime - primeiro eleito não pertencente ao Conselho Geral da Congregação Salesiana; talvez por isso menos conhecido, desperta uma certa curiosidade. Por esta razão, o Boletim Salesiano da Espanha teve a iniciativa de entrevistar a mãe do novo reitor-mor, Isabel Artime, para que a Família Salesiana possa conhecê-lo um pouco mais.  

Boletim Salesiano: quem lhe comunicou a notícia da nomeação de seu filho, como novo reitor-mor da Congregação Salesiana?

Isabel Artime: a primeira pessoa a dar-me a notícia foi o inspetor de Leão, padre José Rodríguez Pacheco. A surpresa foi enorme, não dava para acreditar. Depois recebi a ligação do padre Pascual Chávez, que até o momento tinha sido o reitor-mor. Não consegui falar porque acabei chorando de emoção. Depois chegaram também as ligações do secretário do reitor-mor, padre Juan José Bartolomé, e do padre Filiberto Rodríguez.
 

Boletim Salesiano: que sentimentos lhe brotaram quando lhe falaram da eleição?

Isabel Artime: Pensei: “Oh! Meu Deus, ajude-o! Precisa de Ti”. Mas não sabia o que pensar, nem o que fazer. Assaltou-me uma sensação de preocupação, visto que é uma posição de grande responsabilidade e, por isso, deverá enfrentar muitas dificuldades; mas uma sensação também de esperança. Sempre lhe disse que os talentos que Deus lhe deu não eram para os enterrar, mas para doá-los aos outros. Como mãe, sei o quanto vale!
 

Boletim Salesiano: quando o padre Ángel lhe ligou, o que conseguiu dizer?

Isabel Artime: não foi logo. Pude falar com ele só depois de mais de duas horas, das primeiras chamadas. Disse-lhe que já sabia e que Deus o iria ajudar quando fosse necessário. Disse-me para ficar tranquila, porque não lhe faltaria ajuda. Foi uma conversinha muito rápida. Ele me disse que naquela hora estava muito empenhado, mas que me chamaria mais tarde para falar com mais calma.
 

Boletim Salesiano: como foi que conheceu os Salesianos?

Isabel Artime: a mão de Deus foi sempre muito visível em nossa vida. Meu marido e eu nos dedicávamos à pesca. Ele pescava e eu vendia o peixe. Um dia, quando Ángel tinha nove anos, uma benfeitora de Leão e nossa boa amiga, María Sánchez Miñambres, lhe perguntou se não gostaria de ir estudar com os Salesianos, em Leão. Ángel respondeu que iria pensar. No ano seguinte, com 10 anos, decidiu ir estudar. Depois de quatro anos, teve a possibilidade frequentar o Liceu aqui em Luanco. Mas não o fez: queria continuar em Leão. Desde então, os Salesianos já tinham entrado profundamente em sua vida.
 

Boletim Salesiano: quais são as qualidades que mais lhe agradam em seu filho?

Isabel Artime: é gentil e bom. É dotado de grande doçura e muito afetuoso. Mostra-se sempre muito responsável, em tudo: com a família, com seus deveres. Tudo isso lhe nasce da Fé que desde pequeno lhe temos dado: somos uma família cristã.
 

Boletim Salesiano: Quais são seus pratos preferidos, aqueles que a senhora prepara quando ele vem visitá-la?

Isabel Artime: São muitos os pratos que ele gosta. Mas aprecia, sobretudo, as verduras, o minestrão ou sopa asturiana, com repolhos, salsicha, chouriço, pancetta e o salame fariñón... Naturalmente, e não podia ser diferente, gosta de fabada – a bem conhecida feijoada de feijão branco, prato típico das Astúrias –. E depois, óbvio, o peixe: todos os tipos de peixe. O peixe daqui é estupendo.
 

Boletim Salesiano: algum conselho dado, como pais, durante a sua juventude?

Isabel Artime: sobretudo aquele de que falamos antes: os talentos não são para nós mesmos; não podem ser escondidos; são feitos para tornarem-se um dom para os outros.
 

Boletim Salesiano: de todos os presentes que lhe deu, qual foi o de mais gostou?

Isabel Artime: uma imagem de Maria Auxiliadora que me trouxe de Leão, quando foi eleito inspetor. Desde então, conservo-a em casa com uma lampadinha acesa. A luz não se apaga nunca: gostei demais!
 

Boletim Salesiano: lembra-se de alguma travessura feita por ele quando criança?

Isabel Artime: era tão bom que nunca as fez. A única coisa que fez ao nascer foi não chorar: ficamos deveras preocupados. Em compensação, nos três anos seguintes chorou demais. Estávamos exasperados, mas quando se viu na casa dos meus pais, com outros parentes, deixou de chorar: e nunca mais o fez. A sua infância foi muito difícil, porque ficava muito tempo em casa, sozinho: é que nós saíamos para trabalhar na pesca.
 

Boletim Salesiano: O que pediu a Deus e a Maria Auxiliadora por seu filho?

Isabel Artime: Peço que o ajudem muito! Que possa levar bem as coisas avante. Antes confio em Deus; depois nos santos. Peço-lhes que o ajudem neste novo encargo. Sem o auxílio do Alto, nenhuma pessoa pode fazer muita coisa. A Congregação Salesiana é uma nau que precisa de um bom timoneiro para enfrentar o mar. Deus e Dom Bosco, visto que o Ángel é o seu Sucessor, o ajudarão nestes anos por virem.

 

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