"Já não escravos, mas irmãos" - Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial da Paz

Quinta, 21 Agosto 2014 13:46 Escrito por  Vaticano News/ Rádio Vaticana
"Já não escravos, mas irmãos" - Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial da Paz InfoANS
“Não mais escravos, mas irmãos”: este é o título da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda do Papa Francisco. Geralmente pensa-se que a escravidão é um fato do passado. Na verdade, esta praga social continua muito presente no mundo de hoje.

A Mensagem para o 1º de Janeiro passado era dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. De fato, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com uma igual dignidade. A escravidão representa um golpe de morte para tal fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.

Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravidão: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho escravo, propriamente, a exploração do ser humano por outro ser humano, a mentalidade escravagista para com as mulheres e as crianças. Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desses procedimentos, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção.

A escravidão é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para combatê-la eficazmente, há que reconhecer acima de tudo, a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.
 

Nos é pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objetivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação. Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.
 

O Dia Mundial da Paz resultou da vontade de Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de Janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia.
 

Vaticano News/Rádio Vaticana

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Última modificação em Segunda, 15 Fevereiro 2021 12:58

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Quinta, 21 Agosto 2014 13:46 Escrito por  Vaticano News/ Rádio Vaticana
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“Não mais escravos, mas irmãos”: este é o título da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda do Papa Francisco. Geralmente pensa-se que a escravidão é um fato do passado. Na verdade, esta praga social continua muito presente no mundo de hoje.

A Mensagem para o 1º de Janeiro passado era dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. De fato, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com uma igual dignidade. A escravidão representa um golpe de morte para tal fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.

Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravidão: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho escravo, propriamente, a exploração do ser humano por outro ser humano, a mentalidade escravagista para com as mulheres e as crianças. Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desses procedimentos, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção.

A escravidão é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para combatê-la eficazmente, há que reconhecer acima de tudo, a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.
 

Nos é pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objetivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação. Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.
 

O Dia Mundial da Paz resultou da vontade de Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de Janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia.
 

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