Serra Leoa: poço leva esperança para o povo, pós-ebola

Quarta, 25 Novembro 2015 10:43 Escrito por  InfoANS
Serra Leoa: poço leva esperança para o povo, pós-ebola arquivo InfoANS
Kumbrabai, pequeno vilarejo no interior da Serra Leoa, a 100 quilômetros de Freetown, a Capital, sabe o que é sofrer o estigma do ebola. A epidemia se nutriu da sua população; e um terço dos seus habitantes morreu. Agora, livre do vírus, vê renascer, graças aos Salesianos, a esperança com a construção de um poço que permitirá à população preservar sua saúde e melhorar as suas plantações.

A construção do poço foi o primeiro passo em favor dos habitantes de Kumbrabai para melhorar as condições de vida e aprender hábitos sadios. Até o momento um pequeno pântano, de água suja, servia tanto para o banho quanto para lavar roupa, beber e refrescar os animais.

 

Graças a essa infraestrutura, realizada pelos Salesianos, Kumbrabai poderá também melhorar as suas colheitas, visto que antes dois terços das colheitas se perdiam direto, por causa da falta de condições climáticas e de água; e pela presença de parasitas.

 

A esse projeto se juntarão outros, como a distribuição de sementes, o ensino de novas técnicas agrícolas para a melhoria das culturas e a criação de uma escola local, a fim de escolarizar as crianças.

 

Situação em Kumbrabai

 

Kumbrabai, longe da estrada principal e de outras vilas, só pode ser alcançada por estradas rurais. Encontra-se em uma zona que na estação das chuvas vira palude, imersa em densa vegetação, com casas de adobe e, como em toda a Serra Leoa, com muitas crianças.

 

O primeiro caso de ebola verificou-se em julho de 2014. Seguiram-se muitos outros: em um  primeiro momento todos pensavam que fosse uma questão de bruxaria. Nesse espaço de tempo a vila se enchia de mortos e infecções. Dos 270 habitantes, 82 morreram, 65 pessoas infectadas fugiram (delas não se soube mais nada), 12 venceram a epidemia. Houve casos em que morreram famílias inteiras. Noutras apenas um membro sobreviveu.

 

Desde que surgiu o ebola, tudo mudou em Kumbrabai: o vilarejo sofre hoje o estigma da sua própria gente, que não admite entrar em casas em que tenha havido mortes. E nem sequer o povo de outras vilas deseja relacionar-se com o de Kumbrabai.

 

Os Salesianos ajudaram Kumbrabai durante todo esse período e se empenharam por continuar também agora, depois que o ebola parece ter deixado a Serra Leoa. Durante a epidemia estiveram ajudando com frequentes visitas, acompanhando a população, distribuindo alimentos e água. Agora querem continuar a fazê-lo com projetos concretos, que de fato melhorem a vida do povo e lhe permitam reencontrar a esperança.

 

InfoANS

 

 

 

 

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Última modificação em Quinta, 26 Novembro 2015 23:08

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Quarta, 25 Novembro 2015 10:43 Escrito por  InfoANS
Serra Leoa: poço leva esperança para o povo, pós-ebola arquivo InfoANS
Kumbrabai, pequeno vilarejo no interior da Serra Leoa, a 100 quilômetros de Freetown, a Capital, sabe o que é sofrer o estigma do ebola. A epidemia se nutriu da sua população; e um terço dos seus habitantes morreu. Agora, livre do vírus, vê renascer, graças aos Salesianos, a esperança com a construção de um poço que permitirá à população preservar sua saúde e melhorar as suas plantações.

A construção do poço foi o primeiro passo em favor dos habitantes de Kumbrabai para melhorar as condições de vida e aprender hábitos sadios. Até o momento um pequeno pântano, de água suja, servia tanto para o banho quanto para lavar roupa, beber e refrescar os animais.

 

Graças a essa infraestrutura, realizada pelos Salesianos, Kumbrabai poderá também melhorar as suas colheitas, visto que antes dois terços das colheitas se perdiam direto, por causa da falta de condições climáticas e de água; e pela presença de parasitas.

 

A esse projeto se juntarão outros, como a distribuição de sementes, o ensino de novas técnicas agrícolas para a melhoria das culturas e a criação de uma escola local, a fim de escolarizar as crianças.

 

Situação em Kumbrabai

 

Kumbrabai, longe da estrada principal e de outras vilas, só pode ser alcançada por estradas rurais. Encontra-se em uma zona que na estação das chuvas vira palude, imersa em densa vegetação, com casas de adobe e, como em toda a Serra Leoa, com muitas crianças.

 

O primeiro caso de ebola verificou-se em julho de 2014. Seguiram-se muitos outros: em um  primeiro momento todos pensavam que fosse uma questão de bruxaria. Nesse espaço de tempo a vila se enchia de mortos e infecções. Dos 270 habitantes, 82 morreram, 65 pessoas infectadas fugiram (delas não se soube mais nada), 12 venceram a epidemia. Houve casos em que morreram famílias inteiras. Noutras apenas um membro sobreviveu.

 

Desde que surgiu o ebola, tudo mudou em Kumbrabai: o vilarejo sofre hoje o estigma da sua própria gente, que não admite entrar em casas em que tenha havido mortes. E nem sequer o povo de outras vilas deseja relacionar-se com o de Kumbrabai.

 

Os Salesianos ajudaram Kumbrabai durante todo esse período e se empenharam por continuar também agora, depois que o ebola parece ter deixado a Serra Leoa. Durante a epidemia estiveram ajudando com frequentes visitas, acompanhando a população, distribuindo alimentos e água. Agora querem continuar a fazê-lo com projetos concretos, que de fato melhorem a vida do povo e lhe permitam reencontrar a esperança.

 

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