“No Iêmen as crianças não estão seguras em nenhum lugar”

Sexta, 08 Abril 2016 11:30 Escrito por  InfoANS
“No Iêmen as crianças não estão seguras em nenhum lugar” InfoANS
A Família Salesiana continua a acompanhar com grande atenção a situação do padre Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden no dia 4 de março. Mas não é apenas o missionário salesiano quem sofre no Iêmen; trata-se de um país inteiro que sofre já há 16 meses com a guerra, antes civil, depois também por meio dos bombardeamentos da coalisão saudita. O conflito está assumindo proporções terríveis e os mais atingidos são, como de costume, os mais jovens: “No Iêmen as crianças não estão seguras em nenhum lugar”, disse Julien Harneis, representante do Unicef no país árabe.

Segundo um relatório da UNICEF, um terço dos mais de 3 mil civis mortos no país é composto por crianças. Mas a realidade é ainda muito pior: no último ano teriam sido mortas ao menos 10 mil crianças com menos de cinco anos por doenças facilmente curáveis, devido ao colapso das vacinas e a falta de cuidados médicos adequados.

 

Outros dados das Nações Unidas calculam que haja ao menos 320 mil crianças “gravemente mal nutridas”. Os serviços básicos e as infraestruturas estão “à beira do colapso total”. No último ano, ao menos 63 estruturas sanitárias foram objetos de ataques e três foram ocupadas para finalidades militares.

 

Com frequência as crianças não podem ir sequer às escolas, porque também elas são objeto de “ataques diretos”, que ocorreram em 50 ocasiões. Mais de 50 delas foram ocupadas pelos combatentes e cerca de 1.600 escolas continuam fechadas por segurança ou porque estão danificadas; outras, enfim, são usadas para acolher uma parte dos 2,4 milhões desalojados internos por causa da guerra.

 

Houve 848 casos de menores envolvidos no conflito, alguns dos quais tinham menos de 10 anos.

 

Entretanto, sobre a situação do padre Uzhunnalil, dom Paul Hinder, vigário apostólico da Arábia Meridional, declarou há alguns dias que “não há novas notícias” e, neste contexto, vale o dito “nenhuma novidade, boa novidade”; por isso, é preciso continuar “a esperar e rezar”.

 

InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Domingo, 10 Abril 2016 23:44

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Sexta, 08 Abril 2016 11:30 Escrito por  InfoANS
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A Família Salesiana continua a acompanhar com grande atenção a situação do padre Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden no dia 4 de março. Mas não é apenas o missionário salesiano quem sofre no Iêmen; trata-se de um país inteiro que sofre já há 16 meses com a guerra, antes civil, depois também por meio dos bombardeamentos da coalisão saudita. O conflito está assumindo proporções terríveis e os mais atingidos são, como de costume, os mais jovens: “No Iêmen as crianças não estão seguras em nenhum lugar”, disse Julien Harneis, representante do Unicef no país árabe.

Segundo um relatório da UNICEF, um terço dos mais de 3 mil civis mortos no país é composto por crianças. Mas a realidade é ainda muito pior: no último ano teriam sido mortas ao menos 10 mil crianças com menos de cinco anos por doenças facilmente curáveis, devido ao colapso das vacinas e a falta de cuidados médicos adequados.

 

Outros dados das Nações Unidas calculam que haja ao menos 320 mil crianças “gravemente mal nutridas”. Os serviços básicos e as infraestruturas estão “à beira do colapso total”. No último ano, ao menos 63 estruturas sanitárias foram objetos de ataques e três foram ocupadas para finalidades militares.

 

Com frequência as crianças não podem ir sequer às escolas, porque também elas são objeto de “ataques diretos”, que ocorreram em 50 ocasiões. Mais de 50 delas foram ocupadas pelos combatentes e cerca de 1.600 escolas continuam fechadas por segurança ou porque estão danificadas; outras, enfim, são usadas para acolher uma parte dos 2,4 milhões desalojados internos por causa da guerra.

 

Houve 848 casos de menores envolvidos no conflito, alguns dos quais tinham menos de 10 anos.

 

Entretanto, sobre a situação do padre Uzhunnalil, dom Paul Hinder, vigário apostólico da Arábia Meridional, declarou há alguns dias que “não há novas notícias” e, neste contexto, vale o dito “nenhuma novidade, boa novidade”; por isso, é preciso continuar “a esperar e rezar”.

 

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