Jogos Salesianos chegam à 48ª edição

Quinta, 12 Mai 2016 14:44 Escrito por  Colégio Salesiano Dom Bosco – Campo Grande
Uma das mais tradicionais competições esportivas do Mato Grosso do Sul, a 48ª edição dos Jogos Salesianos do Colégio Dom Bosco, começou nesta quarta-feira, 11 de maio, proporcionando a prática de esportes coletivos e individuais a 2.000 estudantes da educação infantil ao ensino médio. Com tantos anos de história e grande número de profissionais e pais envolvidos, além dos próprios estudantes-atletas, a competição busca incentivar a prática do esporte e a integração entre crianças, jovens e adolescentes.

Além da prática esportiva, a iniciativa é marcada pela preocupação social. Durante os jogos, ocorre a Campanha da Solidariedade, que envolve todos os alunos da instituição na arrecadação de alimentos e agasalhos. De acordo com o professor Lúdio Silva, coordenador do ensino médio da escola, já chegaram a ser arrecadadas 20 toneladas de donativos em uma única edição dos jogos, que em seguida foram entregues a instituições de caridade assistidas pelos salesianos em Campo Grande.

 

Professores, pais, ex-alunos e atletas fazem questão de destacar o sucesso da competição em tornar a prática esportiva um poderoso instrumento educacional, essencial na formação de estudantes de todas as idades e níveis. Uma delas é a professora Fabiane de Oliveira Macedo, ex-aluna e ex-atleta do Colégio Dom Bosco e atual coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), mãe de dois adolescentes que hoje participam dos jogos.

 

“Como atleta, fui campeã nos jogos nos anos de 1991, 92 e 93. Vivi os jogos como aluna, vivo ainda hoje como professora, mas é como mãe que eu mais vejo a sua importância para a comunidade”, destaca Fabiane. “A cada ano eu percebo que os jogos contribuem muito para a formação das crianças e adolescentes que competem, porque é nessas ocasiões que os profissionais envolvidos aplicam conceitos relativos à moral, à disciplina, ao cumprimento de regras, aos valores humanos enfim”, prossegue.

 

Para a professora, além da competitividade envolvida, os Jogos Salesianos proporcionam aos estudantes assumir a sua essência em termos de idade e de desenvolvimento do caráter. Na mesma linha, o ex-professor de Educação Física do Colégio Dom Bosco, Domingos Sávio, observa que as equipes formadas para os jogos resultam em amizades cultivadas mesmo depois de deixarem a escola. “Essas amizades são construídas na comemoração pela vitória e no consolo pela derrota, e esse espírito de equipe o aluno leva para o resto da vida”, completa.

 

“A vida é marcada pela competição e o esporte é uma excelente forma de preparar os futuros adultos para ela, ensinando-os a se organizar, a tomar atitudes e decisões”, acrescenta o professor de Natação, Durval Barbosa da Silva Filho. Para ele, o aprendizado adquirido durante os jogos, de que não se ganha e nem se perde sempre, é uma conquista do aluno. “A medalha ganha pode até ficar jogada em um canto, mas o aprendizado ninguém pode tirar”, diz.

 

Alto rendimento

 

O primeiro propósito dos Jogos Salesianos é fazer do esporte uma ferramenta educacional, com o intuito de desenvolver competências técnicas, cognitivas e sociais para ampliar o processo de crescimento individual e coletivo dos alunos. No entanto, a competição tem ajudado significativamente na revelação de atletas de alto rendimento para o estado, alguns com carreira de muito sucesso em âmbito nacional.

 

Um desses atletas é o ex-jogador de basquete Francisco Tardivo Delben, 32 anos, que tem no currículo quatro títulos paulistas e um título brasileiro. “Quem me ensinou a jogar basquete foram os meus professores do Colégio Dom Bosco e, graças a esse esporte, viajei pelo Brasil inteiro e para parte da América do Sul. Como empresário que também sou hoje entendo a importância dos preceitos esportivos que aprendi, como o trabalho em equipe e o respeito à opinião do outro”, menciona.

 

Também foi o basquete que o levou há anos, à Espanha, onde defende o BVM2012, time baseado na cidade de Mieres, na região das Astúrias. Antes disso, ele jogava pelo Unitri/Uberlândia, no Novo Basquete Brasil (NBB), principal liga do esporte no país. “Minha identificação com o esporte surgiu com meu irmão que jogava e hoje é professor de basquete no Colégio Dom Bosco. Os jogos sempre estimularam a minha competitividade e o espírito de equipe para sempre conseguir melhores resultados”, descreve.

 

Aos 21 anos, Pedro Henrique Braga é atacante do time profissional de futebol do Guarani, de Campinas, SP, e também começou a carreira nos Jogos Salesianos em Campo Grande. Mesmo já atuando como profissional, ele conta que um dos momentos mais marcantes de sua vida foi correr com a tocha na abertura dos jogos, durante o terceiro ano do ensino médio. “Aquele momento representou a realização de um sonho de criança. Devo aos Jogos Salesianos a minha disciplina, espírito de equipe, paciência e autocontrole”, complementa.

 

“Muitos talentos são desperdiçados no Brasil porque a maioria das crianças não tem a oportunidade de participar de competições esportivas”, avalia o professor de handebol Marcelo Miranda, atual presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte). “Os Jogos Salesianos têm um papel inclusivo, fazendo surgir muitos talentos que de outra forma não seriam revelados. Nesse aspecto, o profissional de Educação Física é fundamental ao pinçar esses talentos e levá-los ao treinamento”, salienta.

 

Colégio Salesiano Dom Bosco – Campo Grande

 

 

 

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Última modificação em Sábado, 14 Mai 2016 00:25

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Jogos Salesianos chegam à 48ª edição

Quinta, 12 Mai 2016 14:44 Escrito por  Colégio Salesiano Dom Bosco – Campo Grande
Uma das mais tradicionais competições esportivas do Mato Grosso do Sul, a 48ª edição dos Jogos Salesianos do Colégio Dom Bosco, começou nesta quarta-feira, 11 de maio, proporcionando a prática de esportes coletivos e individuais a 2.000 estudantes da educação infantil ao ensino médio. Com tantos anos de história e grande número de profissionais e pais envolvidos, além dos próprios estudantes-atletas, a competição busca incentivar a prática do esporte e a integração entre crianças, jovens e adolescentes.

Além da prática esportiva, a iniciativa é marcada pela preocupação social. Durante os jogos, ocorre a Campanha da Solidariedade, que envolve todos os alunos da instituição na arrecadação de alimentos e agasalhos. De acordo com o professor Lúdio Silva, coordenador do ensino médio da escola, já chegaram a ser arrecadadas 20 toneladas de donativos em uma única edição dos jogos, que em seguida foram entregues a instituições de caridade assistidas pelos salesianos em Campo Grande.

 

Professores, pais, ex-alunos e atletas fazem questão de destacar o sucesso da competição em tornar a prática esportiva um poderoso instrumento educacional, essencial na formação de estudantes de todas as idades e níveis. Uma delas é a professora Fabiane de Oliveira Macedo, ex-aluna e ex-atleta do Colégio Dom Bosco e atual coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), mãe de dois adolescentes que hoje participam dos jogos.

 

“Como atleta, fui campeã nos jogos nos anos de 1991, 92 e 93. Vivi os jogos como aluna, vivo ainda hoje como professora, mas é como mãe que eu mais vejo a sua importância para a comunidade”, destaca Fabiane. “A cada ano eu percebo que os jogos contribuem muito para a formação das crianças e adolescentes que competem, porque é nessas ocasiões que os profissionais envolvidos aplicam conceitos relativos à moral, à disciplina, ao cumprimento de regras, aos valores humanos enfim”, prossegue.

 

Para a professora, além da competitividade envolvida, os Jogos Salesianos proporcionam aos estudantes assumir a sua essência em termos de idade e de desenvolvimento do caráter. Na mesma linha, o ex-professor de Educação Física do Colégio Dom Bosco, Domingos Sávio, observa que as equipes formadas para os jogos resultam em amizades cultivadas mesmo depois de deixarem a escola. “Essas amizades são construídas na comemoração pela vitória e no consolo pela derrota, e esse espírito de equipe o aluno leva para o resto da vida”, completa.

 

“A vida é marcada pela competição e o esporte é uma excelente forma de preparar os futuros adultos para ela, ensinando-os a se organizar, a tomar atitudes e decisões”, acrescenta o professor de Natação, Durval Barbosa da Silva Filho. Para ele, o aprendizado adquirido durante os jogos, de que não se ganha e nem se perde sempre, é uma conquista do aluno. “A medalha ganha pode até ficar jogada em um canto, mas o aprendizado ninguém pode tirar”, diz.

 

Alto rendimento

 

O primeiro propósito dos Jogos Salesianos é fazer do esporte uma ferramenta educacional, com o intuito de desenvolver competências técnicas, cognitivas e sociais para ampliar o processo de crescimento individual e coletivo dos alunos. No entanto, a competição tem ajudado significativamente na revelação de atletas de alto rendimento para o estado, alguns com carreira de muito sucesso em âmbito nacional.

 

Um desses atletas é o ex-jogador de basquete Francisco Tardivo Delben, 32 anos, que tem no currículo quatro títulos paulistas e um título brasileiro. “Quem me ensinou a jogar basquete foram os meus professores do Colégio Dom Bosco e, graças a esse esporte, viajei pelo Brasil inteiro e para parte da América do Sul. Como empresário que também sou hoje entendo a importância dos preceitos esportivos que aprendi, como o trabalho em equipe e o respeito à opinião do outro”, menciona.

 

Também foi o basquete que o levou há anos, à Espanha, onde defende o BVM2012, time baseado na cidade de Mieres, na região das Astúrias. Antes disso, ele jogava pelo Unitri/Uberlândia, no Novo Basquete Brasil (NBB), principal liga do esporte no país. “Minha identificação com o esporte surgiu com meu irmão que jogava e hoje é professor de basquete no Colégio Dom Bosco. Os jogos sempre estimularam a minha competitividade e o espírito de equipe para sempre conseguir melhores resultados”, descreve.

 

Aos 21 anos, Pedro Henrique Braga é atacante do time profissional de futebol do Guarani, de Campinas, SP, e também começou a carreira nos Jogos Salesianos em Campo Grande. Mesmo já atuando como profissional, ele conta que um dos momentos mais marcantes de sua vida foi correr com a tocha na abertura dos jogos, durante o terceiro ano do ensino médio. “Aquele momento representou a realização de um sonho de criança. Devo aos Jogos Salesianos a minha disciplina, espírito de equipe, paciência e autocontrole”, complementa.

 

“Muitos talentos são desperdiçados no Brasil porque a maioria das crianças não tem a oportunidade de participar de competições esportivas”, avalia o professor de handebol Marcelo Miranda, atual presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte). “Os Jogos Salesianos têm um papel inclusivo, fazendo surgir muitos talentos que de outra forma não seriam revelados. Nesse aspecto, o profissional de Educação Física é fundamental ao pinçar esses talentos e levá-los ao treinamento”, salienta.

 

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