Dom Gabriel Escobar: "Não à lei da selva"

Quarta, 06 Julho 2016 12:16 Escrito por  InfoANS
“Não é possível, em pleno século XXI, ter de viver segundo a ‘lei da selva’, onde cada qual faz a sua justiça”. Foi o que denunciou, no dia 3 de julho, o bispo salesiano do Chaco Paraguaio, dom Gabriel Escobar, fazendo ao mesmo tempo um apelo generalizado ao equilíbrio; e pedindo às autoridades maior atenção aos cidadãos perante abusos e violências.

Dom Escobar Ayala lançou o seu apelo depois de ter contado, durante a celebração Eucarística dominical, o caso de uma adolescente, de 14 anos, indígena da etnia ‘Tomaraho’, que na madrugada de 25 de junho vagava pelo bairro São Brás, de Fuerte Olimpo, depois de ter sido brutalmente assaltada na rua. A violência dos agressores foi tal que quase a desfiguraram porque procurava resistir à violência sexual.

A partir do episódio, o vigário apostólico voltou a denunciar mais uma vez o clima de abuso e violência que reina na região, imputando-o principalmente à falta de ação das autoridades locais.

 

Segundo o salesiano, nem a ‘Procuradoria’, nem a polícia deram a mínima importância a tão grave acontecimento: teve-se de esperar que a mãe e a irmã da vítima fossem denunciar o ocorrido.

A crítica dirigiu-se também aos médicos do hospital regional, que não teriam redigido um relatório claro sobre o ocorrido: “Recuso-me a crer que tal negligência das autoridades esteja conjugada ao fato de que a vítima é uma pessoa humilde e sobretudo indígena”, sublinhou o prelado, lembrando que também a mãe e as irmãs da vítima da violência foram, por sua vez, publicamente agredidas dentro do hospital pelos parentes dos presumidos responsáveis, a fim de que retirassem a denúncia.

Não é a primeira vez que dom Escobar Ayala denuncia a situação de abandono  por parte do Estado e das autoridades locais, da região do alto Paraguai, onde a população está privada dos serviços mais elementares e exposta a todos os abusos de poder e violência, também por parte daqueles que deveriam fazer respeitar os direitos da população.

 

InfoANS, ABC e Fides

 

 

 

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Última modificação em Quarta, 06 Julho 2016 15:47

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Dom Gabriel Escobar: "Não à lei da selva"

Quarta, 06 Julho 2016 12:16 Escrito por  InfoANS
“Não é possível, em pleno século XXI, ter de viver segundo a ‘lei da selva’, onde cada qual faz a sua justiça”. Foi o que denunciou, no dia 3 de julho, o bispo salesiano do Chaco Paraguaio, dom Gabriel Escobar, fazendo ao mesmo tempo um apelo generalizado ao equilíbrio; e pedindo às autoridades maior atenção aos cidadãos perante abusos e violências.

Dom Escobar Ayala lançou o seu apelo depois de ter contado, durante a celebração Eucarística dominical, o caso de uma adolescente, de 14 anos, indígena da etnia ‘Tomaraho’, que na madrugada de 25 de junho vagava pelo bairro São Brás, de Fuerte Olimpo, depois de ter sido brutalmente assaltada na rua. A violência dos agressores foi tal que quase a desfiguraram porque procurava resistir à violência sexual.

A partir do episódio, o vigário apostólico voltou a denunciar mais uma vez o clima de abuso e violência que reina na região, imputando-o principalmente à falta de ação das autoridades locais.

 

Segundo o salesiano, nem a ‘Procuradoria’, nem a polícia deram a mínima importância a tão grave acontecimento: teve-se de esperar que a mãe e a irmã da vítima fossem denunciar o ocorrido.

A crítica dirigiu-se também aos médicos do hospital regional, que não teriam redigido um relatório claro sobre o ocorrido: “Recuso-me a crer que tal negligência das autoridades esteja conjugada ao fato de que a vítima é uma pessoa humilde e sobretudo indígena”, sublinhou o prelado, lembrando que também a mãe e as irmãs da vítima da violência foram, por sua vez, publicamente agredidas dentro do hospital pelos parentes dos presumidos responsáveis, a fim de que retirassem a denúncia.

Não é a primeira vez que dom Escobar Ayala denuncia a situação de abandono  por parte do Estado e das autoridades locais, da região do alto Paraguai, onde a população está privada dos serviços mais elementares e exposta a todos os abusos de poder e violência, também por parte daqueles que deveriam fazer respeitar os direitos da população.

 

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