“Intolerância religiosa, veneno para a Ásia”

Segunda, 17 Outubro 2016 12:48 Escrito por  Vaticano News
“Intolerância religiosa, veneno para a Ásia” InfoANS
 “A liberdade de crer e seguir a própria consciência ao determinar a própria fé é um princípio sagrado que é hoje violado na Ásia, não somente nas sociedades teocráticas, mas também em países democráticos, onde se registram perseguições contra as minorias”: é o que disse o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangun, que participou na cidade birmanesa da apresentação do livro “On the brink” (à margem) do jesuíta Micheal Kelly, dedicado à realidade das minorias religiosas nos países asiáticos.

 Em nota enviada à Fides o cardeal explica: “A Ásia é a mãe das grandes religiões: hinduísmo, budismo, jainísmo, cristianismo, islamismo, hebraísmo. Mas hoje, a intolerância religiosa, veneno para a sociedade, ganha espaço em muitos países como Bangladesh, Sri Lanka, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Vietnã” e outras. “Em Mianmar, alguns monges reunidos nos grupos ‘969’ e ‘Ma Ba Tha’, com uma parodia do ensinamento budista, tiveram como alvo sobretudo os muçulmanos. Estes dois movimentos estão atualmente suspensos, mas continuam a existir no países extremistas que fomentam o ódio religioso. Eles conseguiram que passassem quatro leis emanadas contra as minorias, que criminalizam o amor e a liberdade de escolher uma religião. Por sorte, o novo governo administrou a situação com sabedoria, calando as alas extremistas”.

 

O cardeal observa que a Igreja em Mianmar “promove ativamente a paz, atividade de diálogo inter-religioso e plena colaboração na missão social”, recordando que, como afirma a Dignitatis humanae, “a pessoa tem direito à liberdade religiosa”, que inclui o direito de culto, de prática, de expressão e ensinamento. “A liberdade religiosa cria as condições para a democratização, a paz, o desenvolvimento e o respeito dos direitos humanos”, conclui o cardeal Bo.

 

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Última modificação em Segunda, 17 Outubro 2016 14:13

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 “A liberdade de crer e seguir a própria consciência ao determinar a própria fé é um princípio sagrado que é hoje violado na Ásia, não somente nas sociedades teocráticas, mas também em países democráticos, onde se registram perseguições contra as minorias”: é o que disse o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangun, que participou na cidade birmanesa da apresentação do livro “On the brink” (à margem) do jesuíta Micheal Kelly, dedicado à realidade das minorias religiosas nos países asiáticos.

 Em nota enviada à Fides o cardeal explica: “A Ásia é a mãe das grandes religiões: hinduísmo, budismo, jainísmo, cristianismo, islamismo, hebraísmo. Mas hoje, a intolerância religiosa, veneno para a sociedade, ganha espaço em muitos países como Bangladesh, Sri Lanka, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Vietnã” e outras. “Em Mianmar, alguns monges reunidos nos grupos ‘969’ e ‘Ma Ba Tha’, com uma parodia do ensinamento budista, tiveram como alvo sobretudo os muçulmanos. Estes dois movimentos estão atualmente suspensos, mas continuam a existir no países extremistas que fomentam o ódio religioso. Eles conseguiram que passassem quatro leis emanadas contra as minorias, que criminalizam o amor e a liberdade de escolher uma religião. Por sorte, o novo governo administrou a situação com sabedoria, calando as alas extremistas”.

 

O cardeal observa que a Igreja em Mianmar “promove ativamente a paz, atividade de diálogo inter-religioso e plena colaboração na missão social”, recordando que, como afirma a Dignitatis humanae, “a pessoa tem direito à liberdade religiosa”, que inclui o direito de culto, de prática, de expressão e ensinamento. “A liberdade religiosa cria as condições para a democratização, a paz, o desenvolvimento e o respeito dos direitos humanos”, conclui o cardeal Bo.

 

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