Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Quarta, 17 Mai 2017 13:42 Escrito por  CNBB
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Foto: reprodução site CNBB
Cerca de 76.000 crianças e adolescentes podem ter sofrido algum tipo de violência física, psicológica ou negligência em 2016. Os números são relativos às denúncias feitas ao Disque-Denúncia, Disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça e Cidadania do Governo Federal. Embora esse número represente uma queda de 4,23% em relação aos dados de 2015, quando foram registradas pelo Disque 100 um total de 80.473 denúncias, não há muito o que comemorar nesse dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Segundo a representante da Pastoral do Menor Nacional, Márcia Maria de Souza Miranda, de Tefé, AM, e também membro da Comissão Especial para o Enfrentamento do Tráfico Humano da CNBB, nomeada em março de 2017, é visível o aumento da exploração de crianças e adolescentes. “Temos que lamentar a omissão da família. A maioria dos casos acontece dentro das próprias famílias e é  silenciada”, disse.

 

Para a representante da Pastoral do Menor, é necessário mais esclarecimento. “As pastorais da Igreja, as escolas e os agentes de saúde podem desempenhar um papel importante no combate à violência e exploração de crianças e adolescentes, atuando na prevenção e denúncia”, disse.

 

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem 3 milhões de crianças e adolescentes. 46% deles vivem em domicílios com renda per capta até meio salário mínimo. Esse fator de vulnerabilidade incide diretamente sobre o problema, aumentando os dados de violação de direitos. Conforme a ONG Childhood Brasil, dentre os principais fatores de violência contra crianças estão fatores como pobreza, exclusão, desigualdade social, questões ligadas à raça, gênero e etnia.

 

Como denunciar?

Para denunciar qualquer caso de violência sexual infantil, é necessário procurar o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligar para o Disque-Denúncia Nacional, o Disque 100, vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

 

O serviço funciona de segunda a sábado, das 7h às 23h30, e tem parceria com a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e os conselhos tutelares, enviando as denúncias e solicitando providências.

 

A data

No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado. Os agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a partir da aprovação da Lei Federal 9.970/2000.

Fonte: CNBB

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Quarta, 17 Mai 2017 17:24

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Quarta, 17 Mai 2017 13:42 Escrito por  CNBB
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Foto: reprodução site CNBB
Cerca de 76.000 crianças e adolescentes podem ter sofrido algum tipo de violência física, psicológica ou negligência em 2016. Os números são relativos às denúncias feitas ao Disque-Denúncia, Disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça e Cidadania do Governo Federal. Embora esse número represente uma queda de 4,23% em relação aos dados de 2015, quando foram registradas pelo Disque 100 um total de 80.473 denúncias, não há muito o que comemorar nesse dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Segundo a representante da Pastoral do Menor Nacional, Márcia Maria de Souza Miranda, de Tefé, AM, e também membro da Comissão Especial para o Enfrentamento do Tráfico Humano da CNBB, nomeada em março de 2017, é visível o aumento da exploração de crianças e adolescentes. “Temos que lamentar a omissão da família. A maioria dos casos acontece dentro das próprias famílias e é  silenciada”, disse.

 

Para a representante da Pastoral do Menor, é necessário mais esclarecimento. “As pastorais da Igreja, as escolas e os agentes de saúde podem desempenhar um papel importante no combate à violência e exploração de crianças e adolescentes, atuando na prevenção e denúncia”, disse.

 

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem 3 milhões de crianças e adolescentes. 46% deles vivem em domicílios com renda per capta até meio salário mínimo. Esse fator de vulnerabilidade incide diretamente sobre o problema, aumentando os dados de violação de direitos. Conforme a ONG Childhood Brasil, dentre os principais fatores de violência contra crianças estão fatores como pobreza, exclusão, desigualdade social, questões ligadas à raça, gênero e etnia.

 

Como denunciar?

Para denunciar qualquer caso de violência sexual infantil, é necessário procurar o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligar para o Disque-Denúncia Nacional, o Disque 100, vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

 

O serviço funciona de segunda a sábado, das 7h às 23h30, e tem parceria com a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e os conselhos tutelares, enviando as denúncias e solicitando providências.

 

A data

No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado. Os agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a partir da aprovação da Lei Federal 9.970/2000.

Fonte: CNBB

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Quarta, 17 Mai 2017 17:24

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.