Do sequestro à libertação de padre Tom Uzhunnalil

Sexta, 15 Setembro 2017 12:22 Escrito por  Info ANS
O Salesiano missionário padre Tom Uzhunnalil, sequestrado no Iêmen em março de 2016, foi libertado no dia 12 de setembro passado. A libertação e a sua entrega se deram através de um agente humanitário, em comunicação e conexão com o Sultanato de Omã, e graças também ao empenho pessoal do Papa Francisco, que se serviu de toda a sua influência.  

Inicialmente acolhido em Muscat, em Omã, no mesmo dia, o Salesiano aterrissou no aeroporto de Ciampino (Roma) e, de lá, foi levado à comunidade salesiana no Vaticano, onde atualmente é hóspede à espera de retornar à Índia.

 

Padre Tom fora sequestrado por um comando de homens armados em 4 de março de 2016, durante um ataque à casa das Missionárias da Caridade, em Áden, no Iêmen, no qual morreram 16 pessoas, entre as quais 4 religiosas.

 

Imediatamente após o sequestro – nunca declarado abertamente, nem reivindicado por alguma sigla terrorista ou militar – muitos se mobilizaram pelo padre Tom: durante todo o período da sua prisão foram inúmeros os apelos, as vigílias e iniciativas de oração e manifestações de proximidade, primeira de todas, a do Papa Francisco, que no dia 10 de abril de 2016, depois da récita do Regina Coeli, fez um apelo pela sua libertação.

 

Papel de primeiro plano em toda a situação tiveram o Ministro do Exterior indiano, hon. Sushma Swaraj; o Vigário Apostólico da Arábia Meridional, Dom Paul Hinder; a Conferência dos Bispos da Índia, guiada pelo seu Presidente, Card. Baselios Cleemis Thottunkal, e pelos bispos do Estado de Kerala que pressionaram várias vezes o governo indiano; e os Salesianos da Inspetoria de Bangalore – responsável da missão no Iêmen.

 

Entretanto, sobre a sorte do missionário indiano, por muito tempo não se tiveram notícias certas. Na proximidade da Páscoa de 2016, começaram também a se difundir notícias falsas sobre a vontade dos sequestradores de matá-lo crucificando-o na Sexta-feira Santa, vozes que encontraram grande eco nas redes sociais.

 

Mais adiante, em julho de 2016, na página do Facebook do padre Tom apareceram fotografias que pareciam retratá-lo em mau estado de saúde, vendado e espancado. A autenticidade daquelas fotos, porém, foi logo posta em dúvida pelos seus irmãos da Inspetoria de Bangalore e, em pouco tempo, a página Facebook foi fechada.

 

No período do sequestro, os sequestradores difundiram dois vídeos, em dezembro de 2016 e maio de 2017, nos quais o padre Tom dizia ter sido “esquecido” por todos e pedia ao Papa e aos católicos do mundo que apressassem a sua libertação.

 

Há alguns meses, a Congregação Salesiana foi informada sobre os contatos que se estavam estabelecendo com os sequestradores e ficou em contato constante com as autoridades empenhadas na sua libertação, mas sempre sem ter outras informações.

 

Fonte: Info ANS

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Segunda, 30 Outubro 2017 19:10

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Do sequestro à libertação de padre Tom Uzhunnalil

Sexta, 15 Setembro 2017 12:22 Escrito por  Info ANS
O Salesiano missionário padre Tom Uzhunnalil, sequestrado no Iêmen em março de 2016, foi libertado no dia 12 de setembro passado. A libertação e a sua entrega se deram através de um agente humanitário, em comunicação e conexão com o Sultanato de Omã, e graças também ao empenho pessoal do Papa Francisco, que se serviu de toda a sua influência.  

Inicialmente acolhido em Muscat, em Omã, no mesmo dia, o Salesiano aterrissou no aeroporto de Ciampino (Roma) e, de lá, foi levado à comunidade salesiana no Vaticano, onde atualmente é hóspede à espera de retornar à Índia.

 

Padre Tom fora sequestrado por um comando de homens armados em 4 de março de 2016, durante um ataque à casa das Missionárias da Caridade, em Áden, no Iêmen, no qual morreram 16 pessoas, entre as quais 4 religiosas.

 

Imediatamente após o sequestro – nunca declarado abertamente, nem reivindicado por alguma sigla terrorista ou militar – muitos se mobilizaram pelo padre Tom: durante todo o período da sua prisão foram inúmeros os apelos, as vigílias e iniciativas de oração e manifestações de proximidade, primeira de todas, a do Papa Francisco, que no dia 10 de abril de 2016, depois da récita do Regina Coeli, fez um apelo pela sua libertação.

 

Papel de primeiro plano em toda a situação tiveram o Ministro do Exterior indiano, hon. Sushma Swaraj; o Vigário Apostólico da Arábia Meridional, Dom Paul Hinder; a Conferência dos Bispos da Índia, guiada pelo seu Presidente, Card. Baselios Cleemis Thottunkal, e pelos bispos do Estado de Kerala que pressionaram várias vezes o governo indiano; e os Salesianos da Inspetoria de Bangalore – responsável da missão no Iêmen.

 

Entretanto, sobre a sorte do missionário indiano, por muito tempo não se tiveram notícias certas. Na proximidade da Páscoa de 2016, começaram também a se difundir notícias falsas sobre a vontade dos sequestradores de matá-lo crucificando-o na Sexta-feira Santa, vozes que encontraram grande eco nas redes sociais.

 

Mais adiante, em julho de 2016, na página do Facebook do padre Tom apareceram fotografias que pareciam retratá-lo em mau estado de saúde, vendado e espancado. A autenticidade daquelas fotos, porém, foi logo posta em dúvida pelos seus irmãos da Inspetoria de Bangalore e, em pouco tempo, a página Facebook foi fechada.

 

No período do sequestro, os sequestradores difundiram dois vídeos, em dezembro de 2016 e maio de 2017, nos quais o padre Tom dizia ter sido “esquecido” por todos e pedia ao Papa e aos católicos do mundo que apressassem a sua libertação.

 

Há alguns meses, a Congregação Salesiana foi informada sobre os contatos que se estavam estabelecendo com os sequestradores e ficou em contato constante com as autoridades empenhadas na sua libertação, mas sempre sem ter outras informações.

 

Fonte: Info ANS

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Segunda, 30 Outubro 2017 19:10

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.