Nicarágua: emboscada para o bispo salesiano dom Juan Abelardo Mata Guevara

Terça, 24 Julho 2018 12:10 Escrito por  ANS
No dia 15 de julho passado, no que pareceu ser um ataque dos paramilitares, o carro em que viajava o bispo salesiano dom Juan Abelardo Mata Guevara foi atingido por rajadas de projéteis disparados por um grupo armado reunido na estrada que liga a capital da Nicarágua, Manágua, à cidade de Masaya. O bispo e o seu motorista estão vivos por milagre, porque todos os vidros do carro e duas rodas ficaram destruídos por mais de uma dezena de tiros.  

“Muito provavelmente, esse foi um atentado que não deu certo”, afirma Paco de Coro. Que a Igreja, na Nicarágua, esteja sob a mira da repressão violenta que pôs em xeque o governo sandinista do presidente Daniel Ortega contra quem quer que se lhe oponha, parece ser um dado de fato. De mediadores a opositores, os bispos, os sacerdotes e os religiosos, empenhados nestes dias em prestar socorro às vítimas e aos refugiados, passaram a ocupar os primeiros lugares na “lista negra” das assim chamadas “Turbas”, grupos de paramilitares ligados ao governo que, junto com vários órgãos de comunicação, os definem como “traidores”.

 

O último grave ataque foi contra dom Juan Abelardo Mata Guevara, 72 anos, salesiano, bispo de Estelí, ex-presidente da Conferência Episcopal, membro da Comissão Episcopal encarregada de mediar o diálogo entre o governo e a sociedade civil. É uma das vozes mais críticas do governo do presidente Ortega.

 

Roberto Petray, seu assistente, disse que o bispo “foi interceptado pelos paramilitares que dispararam rajadas de balas contra o carro, quebrando os vidros e buscando atingí-lo”. Tendo saído ileso, o bispo buscou refúgio numa casa, onde se apresentaram agentes da Polícia Nacional, que o escoltaram até Manágua.

 

Fonte: ANS, Vatican Insider, Paco de Coro SDB

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Nicarágua: emboscada para o bispo salesiano dom Juan Abelardo Mata Guevara

Terça, 24 Julho 2018 12:10 Escrito por  ANS
No dia 15 de julho passado, no que pareceu ser um ataque dos paramilitares, o carro em que viajava o bispo salesiano dom Juan Abelardo Mata Guevara foi atingido por rajadas de projéteis disparados por um grupo armado reunido na estrada que liga a capital da Nicarágua, Manágua, à cidade de Masaya. O bispo e o seu motorista estão vivos por milagre, porque todos os vidros do carro e duas rodas ficaram destruídos por mais de uma dezena de tiros.  

“Muito provavelmente, esse foi um atentado que não deu certo”, afirma Paco de Coro. Que a Igreja, na Nicarágua, esteja sob a mira da repressão violenta que pôs em xeque o governo sandinista do presidente Daniel Ortega contra quem quer que se lhe oponha, parece ser um dado de fato. De mediadores a opositores, os bispos, os sacerdotes e os religiosos, empenhados nestes dias em prestar socorro às vítimas e aos refugiados, passaram a ocupar os primeiros lugares na “lista negra” das assim chamadas “Turbas”, grupos de paramilitares ligados ao governo que, junto com vários órgãos de comunicação, os definem como “traidores”.

 

O último grave ataque foi contra dom Juan Abelardo Mata Guevara, 72 anos, salesiano, bispo de Estelí, ex-presidente da Conferência Episcopal, membro da Comissão Episcopal encarregada de mediar o diálogo entre o governo e a sociedade civil. É uma das vozes mais críticas do governo do presidente Ortega.

 

Roberto Petray, seu assistente, disse que o bispo “foi interceptado pelos paramilitares que dispararam rajadas de balas contra o carro, quebrando os vidros e buscando atingí-lo”. Tendo saído ileso, o bispo buscou refúgio numa casa, onde se apresentaram agentes da Polícia Nacional, que o escoltaram até Manágua.

 

Fonte: ANS, Vatican Insider, Paco de Coro SDB

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