Jovens coordenadores da JMS relatam experiência missionária no Amazonas

Terça, 29 Janeiro 2019 08:20 Escrito por  Vinícius Melo - Acontece ISJB
Expedição Juvenil Missionária ao norte do país contou com momentos de muitas dificuldades e fé  

No dia 8 de janeiro chegavam ao estado do Amazonas os jovens missionários, Celso Dias Bertazo Júnior, coordenador da JMS Vitória-ES, e Miguel Alvarenga Ribeiro, coordenador da JMS Campos dos Goitacazes-RJ, onde ficariam até o dia 25 do mesmo mês. Acompanhados por outras oito pessoas, entre elas o Pe. Reginaldo Cordeiro, vice- inspetor e delegado para Animação Missionária da Inspetoria de Manaus, eles partiram para Maturacá, cidade localizada na região norte do estado. A missão que possibilitou aos jovens uma experiência significativa e formativa, aconteceu por meio do contato direto com alguns povos indígenas na região do Rio Negro. Ela ainda teve a função de incentivar e promover o Voluntariado Missionário Salesiano entre as inspetorias do Brasil (SDB).

 

Primeira experiência em expedições fora do estado, para a maioria dos participantes, a missão em Maturacá propiciou aos jovens momentos de muita superação. Segundo Miguel Alvarenga, eles não sabiam da dimensão das dificuldades que enfrentariam. “A realidade no Amazonas é bem difícil, isso a gente já havia sido informado nas reuniões pré-missões, mas como jovens a gente não acreditava que seria isso tudo. ” Entretanto, apesar dos percalços, como um atoleiro, as viagens de voadeira (um tipo de barco motorizado) e de 29 horas em um barco expresso, ele completou dizendo que o que não faltou foi força de vontade para superar essas barreiras. “O que nos ajudava a não desistir era a memória dos outros salesianos que passaram por ali. Hoje nós estamos em 2019, então ir a missão de Maturacá foi muito mais fácil que há 90 anos atrás. Ali, tudo pelo reino valeria, e realmente valeu. Foi muito bom passar por isso e a gente entregava como sacrífico, o carro atolava, mas a gente estava ali, ajudava, rezava, e com certeza a presença de Deus foi forte também naqueles momentos. ” Dificuldades que não foram encontradas na comunicação com a tribo indígena local. De acordo com Celso Dias, os moradores mais velhos se comunicavam muito bem em português e, ao saberem que os visitantes eram salesianos, os receberam com muita alegria.

 

Após os 18 dias no norte do país realizando essa missão, os jovens Miguel e Celso contaram o que eles vão trazer de lá para aplicar nas obras em que participam. O coordenador da JMS Campos dos Goytacazes destacou o entusiasmo juvenil, a força de querer mudar o mundo e os “momentos de família” que ele vivenciou durante os dias em que passaram juntos. Já Celso, enfatizou que o que fica dessa experiência é a superação. “De certa forma nada é impossível, a força de vontade e a dedicação de cada pessoa é o que importa para que as coisas aconteçam, o que a pessoa realmente precisa é ter fé e ciência que Deus pode tudo”.

 

Ambos voltam para casa com projetos distintos para o resto do ano. Miguel pretende, ao lado dos integrantes da JMS, continuar alguns projetos, como o Feriado Missionário, que segundo ele foi um sucesso no ano passado. Ele também revelou um sonho pessoal que tem para esse ano. “Eu tenho um grande sonho de fazer o voluntariado, seja em Angola ou para outra realidade que precise, mas meu coração clama... acho que Angola. ” Por outro lado, Celso disse que pretende focar um pouco mais na vida pessoal esse ano. Recém-saído da faculdade, o coordenador da JMS Vitória-ES pretende ir em busca de novas formações e crescer profissionalmente. Mas nem por isso ele deixará a JMS de lado, ele afirmou que o maior desafio que terá dentro do grupo é criar uma maior movimentação. “Vitória é uma área bem atípica, com a presença dos coordenadores de pastorais acaba que os adolescentes são muito presos aos coordenadores da pastoral, o que é algo que, de certa forma é algo bom, por ter um profissional por trás dos adolescentes, que é responsável por eles, mas ao mesmo tempo acaba que tem coisas que são dificultadas, como realizar uma atividade onde é necessário a participação dos coordenadores de pastorais. É... acho que isso é a primeira coisa que eu tenho que encontrar o balanço perfeito, para que os próximos projetos sejam sim realizados com força total, dizendo assim.”

 

A Missão Juvenil, realizada no Amazonas, não foi a primeira na região. A presença salesiana nas missões indígenas é centenária. Localizadas a quase 900 km da capital Manaus, na região do médio e alto Rio Negro, os salesianos contam com cino presenças missionárias. Para chegar nelas é necessário utilizar um transporte via fluvial ou aéreo.

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Última modificação em Quarta, 13 Fevereiro 2019 13:25

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Jovens coordenadores da JMS relatam experiência missionária no Amazonas

Terça, 29 Janeiro 2019 08:20 Escrito por  Vinícius Melo - Acontece ISJB
Expedição Juvenil Missionária ao norte do país contou com momentos de muitas dificuldades e fé  

No dia 8 de janeiro chegavam ao estado do Amazonas os jovens missionários, Celso Dias Bertazo Júnior, coordenador da JMS Vitória-ES, e Miguel Alvarenga Ribeiro, coordenador da JMS Campos dos Goitacazes-RJ, onde ficariam até o dia 25 do mesmo mês. Acompanhados por outras oito pessoas, entre elas o Pe. Reginaldo Cordeiro, vice- inspetor e delegado para Animação Missionária da Inspetoria de Manaus, eles partiram para Maturacá, cidade localizada na região norte do estado. A missão que possibilitou aos jovens uma experiência significativa e formativa, aconteceu por meio do contato direto com alguns povos indígenas na região do Rio Negro. Ela ainda teve a função de incentivar e promover o Voluntariado Missionário Salesiano entre as inspetorias do Brasil (SDB).

 

Primeira experiência em expedições fora do estado, para a maioria dos participantes, a missão em Maturacá propiciou aos jovens momentos de muita superação. Segundo Miguel Alvarenga, eles não sabiam da dimensão das dificuldades que enfrentariam. “A realidade no Amazonas é bem difícil, isso a gente já havia sido informado nas reuniões pré-missões, mas como jovens a gente não acreditava que seria isso tudo. ” Entretanto, apesar dos percalços, como um atoleiro, as viagens de voadeira (um tipo de barco motorizado) e de 29 horas em um barco expresso, ele completou dizendo que o que não faltou foi força de vontade para superar essas barreiras. “O que nos ajudava a não desistir era a memória dos outros salesianos que passaram por ali. Hoje nós estamos em 2019, então ir a missão de Maturacá foi muito mais fácil que há 90 anos atrás. Ali, tudo pelo reino valeria, e realmente valeu. Foi muito bom passar por isso e a gente entregava como sacrífico, o carro atolava, mas a gente estava ali, ajudava, rezava, e com certeza a presença de Deus foi forte também naqueles momentos. ” Dificuldades que não foram encontradas na comunicação com a tribo indígena local. De acordo com Celso Dias, os moradores mais velhos se comunicavam muito bem em português e, ao saberem que os visitantes eram salesianos, os receberam com muita alegria.

 

Após os 18 dias no norte do país realizando essa missão, os jovens Miguel e Celso contaram o que eles vão trazer de lá para aplicar nas obras em que participam. O coordenador da JMS Campos dos Goytacazes destacou o entusiasmo juvenil, a força de querer mudar o mundo e os “momentos de família” que ele vivenciou durante os dias em que passaram juntos. Já Celso, enfatizou que o que fica dessa experiência é a superação. “De certa forma nada é impossível, a força de vontade e a dedicação de cada pessoa é o que importa para que as coisas aconteçam, o que a pessoa realmente precisa é ter fé e ciência que Deus pode tudo”.

 

Ambos voltam para casa com projetos distintos para o resto do ano. Miguel pretende, ao lado dos integrantes da JMS, continuar alguns projetos, como o Feriado Missionário, que segundo ele foi um sucesso no ano passado. Ele também revelou um sonho pessoal que tem para esse ano. “Eu tenho um grande sonho de fazer o voluntariado, seja em Angola ou para outra realidade que precise, mas meu coração clama... acho que Angola. ” Por outro lado, Celso disse que pretende focar um pouco mais na vida pessoal esse ano. Recém-saído da faculdade, o coordenador da JMS Vitória-ES pretende ir em busca de novas formações e crescer profissionalmente. Mas nem por isso ele deixará a JMS de lado, ele afirmou que o maior desafio que terá dentro do grupo é criar uma maior movimentação. “Vitória é uma área bem atípica, com a presença dos coordenadores de pastorais acaba que os adolescentes são muito presos aos coordenadores da pastoral, o que é algo que, de certa forma é algo bom, por ter um profissional por trás dos adolescentes, que é responsável por eles, mas ao mesmo tempo acaba que tem coisas que são dificultadas, como realizar uma atividade onde é necessário a participação dos coordenadores de pastorais. É... acho que isso é a primeira coisa que eu tenho que encontrar o balanço perfeito, para que os próximos projetos sejam sim realizados com força total, dizendo assim.”

 

A Missão Juvenil, realizada no Amazonas, não foi a primeira na região. A presença salesiana nas missões indígenas é centenária. Localizadas a quase 900 km da capital Manaus, na região do médio e alto Rio Negro, os salesianos contam com cino presenças missionárias. Para chegar nelas é necessário utilizar um transporte via fluvial ou aéreo.

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