Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:25

Santos salesianos do calendário litúrgico

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  O postulador geral da Família Salesiana, padre Pierluigi Cameroni, apresenta as ocorrências litúrgicas dos santos salesianos do mês de fevereiro, com a lembrança dos Salesianos defuntos, repetindo a ação realizada no mês de janeiro. Leia abaixo sobre as figuras de santidade salesiana que o calendário litúrgico traz em fevereiro. 1° de fevereiro: salesianos defuntos A lembrança dos salesianos defuntos une, na “caridade que não passa”, aqueles que são ainda peregrinos com aqueles que já descansam no Senhor. É na fé do Senhor Ressuscitado que vivemos esta comemoração, que se faz ação de graças, memória viva, custódia de uma preciosa herança carismática. Ser com eles discípulos de Dom Bosco e partilhar o mesmo projeto evangélico das Constituições é para nós estímulo e auxílio na caminhada de santificação e no propósito decidido e eficaz, de continuar firmes na vocação até a morte.   7 de fevereiro: beato Pio IX   O papa com o qual Dom Bosco teve de tratar durante a maior parte da sua vida foi o beato Pio IX, que foi papa entre os anos de 1846 a 1878. O amor de Dom Bosco pelo Papa nascia de uma profunda visão de fé. É típica a sua insistência com os meninos: “Não griteis “Viva Pio IX”; gritai antes  “Viva o Papa!”. As verdades da fé que Pio IX com força reafirmou foram fundamentalmente três: a proclamação da Imaculada Conceição de Maria (1854); a centralidade da pessoa de Cristo no documento conhecido como Sílabo (1864); a missão do Papa como supremo mestre da fé (1870 – Concílio Vaticano I). São verdades especialmente atuais, porque estão na base do reconhecimento da dignidade da pessoa humana, feita à imagem e semelhança de Deus.   9 de fevereiro: beata irmã Eusébia Palomino   A fé dessa Filha de Maria Auxiliadora (FMA) é gigantesca e transparece de modo especial no eficacíssimo apostolado desenvolvido sobretudo nos anos de Valverde del Camino (Espanha) com um empenho formidável na catequese, colhendo a presença de Deus na natureza e celebrando-lhe o amor providencial; na difusão da prática do Rosário das Chagas; e em um amor filial a Maria, inspirando-se no Tratado da verdadeira devoção, de São Luís Grignon de Monfort. Sentia-se um como “Cristóvão Colombo” da fé e da evangelização, que sulca os mares para a salvação das Gentes: “Comovia-me ao ver aquele herói zarpar daquela costa e levar, a terras desconhecidas, operários do evangelho, para difundir a Semente evangélica e estender o Reino de Jesus Cristo por sobre toda a terra. Naquele momento sentia-me como de fogo e nada me teria custado pôr-me em uma pequena barca e ir-me àquelas terras em busca de ovelhas de Cristo”. A vida e o testemunho da irmã  Eusébia foram uma verdadeira semente, florescida em vigorosa árvore, em cujos ramos tantos encontraram e encontram descanso e vigor.   25 de fevereiro: festa dos Santos Luís Versíglia e Calisto Caravário   No dia do seu martírio, celebramos a festa dos protomártires salesianos que realizaram a visão profética de Dom Bosco, que, sonhando os seus filhos empenhados no Extremo Oriente, vaticinou frutos maravilhosos,  mas também falou de “cálices cheios de sangue”. Os dois Mártires Salesianos deram a sua vida pela salvação e a integridade moral do próximo, colocando-se na defesa de três jovens alunas da missão: eles defenderam com o seu sangue a opção responsável da castidade, operada naquelas jovens, em perigo de cair nas mãos de quem não as teriam respeitado. A oferta suprema da vida amadureceu na cotidianidade de uma existência vivida na presença de Deus e no sacrifício generoso de si. O padre Calisto, partindo de Timor para a China, repetiu mais de uma vez aos seus colegas: “Vamos, preparemo-nos para morrer mártires na China”. E uma vez em sua nova missão, apesar de enfraquecido pelas febres e cansado pela viagem, pôs-se logo a trabalhar, empenhando-se na assistência aos meninos. Dom Versíglia manifestou o seu grande espírito de fé sobretudo no desenvolvimento da missão a ele confiada. Perante as dificuldades, a falta de meios e a exiguidade de forças, exclamava: “Deus está conosco, temos a Virgem Auxiliadora e temos além disso um grande tesouro e uma inexaurível riqueza: o espírito de Dom Bosco”.   Na seção de sdb.org dedicada à santidade estão disponíveis outras informações e subsídios sobre os santos salesianos.   Leia também: Santos salesianos do calendário litúrgico   InfoANS  
Quinta, 31 Janeiro 2013 18:09

A mágica de Dom Bosco

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Hoje se fala muito de comunicação moderna, marketing de relacionamento, de atividades lúdicas para aproximar as pessoas, o famoso “quebra-gelo”, de técnica de animação. Tudo isso é atual, mas Dom Bosco, no século XIX, de certa forma, usava o ilusionismo para chegar às pessoas. “Matar um pássaro, esmagá-lo e pô-lo a voar vivo e sadio era uma das brincadeiras que sabia fazer com frequência. Da mesma garrafa, tirava vinho branco e tinto, a pedido dos presentes. Um dia, enfrentou o desafio de fazer desaparecer um grande prato de ravióli preparado na cozinha e fazê-lo aparecer numa outra casa da vila” (MB I, p. 348). Esse era São João Bosco que, para educar, evangelizar e atrair a atenção dos jovens, principalmente os menos favorecidos, tinha uma didática diferenciada. Ele usava a arte do ilusionismo como forma de expressão de liberdade, de convite à amizade e de valorização da pessoa. A “mágica” foi a primeira demonstração de amor para com a juventude. O objetivo de João Bosco era fazer com que houvesse interesse por suas mensagens e, assim, os jovens fossem atraídos para a igreja, a escola ou para uma conversa edificadora. Ele tinha um espírito eminentemente contagiante, uma pedagogia dinâmica, em ação. E as pessoas se apaixonavam por ele e por suas ações. Isso devia acontecer sem que se quebrassem o encanto, a vivacidade e a espontaneidade próprios da “mágica”. Era um recurso para conquistar amigos. Tinha a capacidade de atrair, serviam para persuadir seus amigos a frequentarem as práticas de piedade e a encaminhá-los para um mundo de valores. Com a “mágica”, ele aguçava a curiosidade de todos.   Em todos os lugares, Dom Bosco era portador de uma alegria contagiante. Seus modos gentis e cordiais cativavam a todos. Nas ruas, nas praças, nos lugares onde podia, encontrava os jovens, todos disputavam sua presença, inclusive pelos belos espetáculos que sabia fazer. Isso era levado pela sua paixão de querer conquistar a confiança dos jovens e o desejo de, por meio do lúdico, comunicar valores.   Esse é o papel do bom educador, comunicador que deseja transmitir valores. Ele sabia muito bem qual o objetivo a ser alcançado. Hoje essas práticas poderão ser usadas em qualquer ambiente, seja em uma empresa, na escola, na sociedade em geral: usar de meios lúdicos e saudáveis para criar sinergia na equipe. Dom Bosco, como foi conhecido mais tarde, é um dos maiores líderes educadores, e podemos tê-lo como exemplo de liderança. Um líder que, ao relacionar-se diretamente com seus liderados, fale a linguagem deles, e mais, que esteja efetivamente com seus colaboradores. Padroeiro dos Ilusionistas São João Bosco é um dos santos mais populares da Igreja Católica e do mundo e, além de ser aclamado “Pai e Mestre da Juventude”, é também padroeiro dos ilusionistas. A homenagem surgiu de alguns “mágicos” da Espanha que, conhecendo as histórias dele com o ilusionismo, o aclamaram padroeiro universal dos ilusionistas. Na infância, João Bosco era considerado um “menino prodígio” da educação e, por meio das mágicas e das histórias narradas por sua mãe, mantinha os seus colegas afastados do mal. Para ganhar a estima e a confiança dos amigos, percorria mercados e feiras para observar “os jogos de prestidigitação e de habilidade”, descobrir truques e, em seguida, tornar-se capaz de realizá-los. Segundo a história, João Bosco até pagava mais caro para ter o direito de ficar bem na frente, a fim de observar melhor os espetáculos. Em casa, esforçava-se para conseguir o material necessário para praticar (MB I, p. 104-106). Sua especialidade consistia em fazer desaparecer objetos e trazê-los de volta. Muitas vezes, após ter enchido a garrafa de vinho, ao derramá-la no copo, dava-se conta de que era pura água. Quando queria beber água, deparava com o copo cheio de vinho [...]. João Bosco organizava brincadeiras com jogos de ilusionismo, e todos se divertiam (Ibidem). Nas casas de família e nas reuniões de jovens, havia disputa por sua presença. Portador de uma alegria contagiante, sua gentileza e cordialidade eram cativantes. Graças ao interesse de Dom Bosco pelos jogos de prestidigitação e de habilidade, em 31 de janeiro, data do falecimento do santo (1888), comemora-se o Dia do Ilusionista. REFERÊNCIAS BOSCO, Giovanni. (org. Eugenio Ceria). Epistolario. v. 1: de 1835 a 1868 (1955. p. XII-624); v. 2: de 1869 a 1875 (1956. p. IV-556): v. 3: de 1876 a 1880 (1958, p. IV-671); v. 4: de 1881 a 1888 (1959. pp. VI-647). Torino: SEI, 1955-1959.
  Com a realização do 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz, com sede em Cuiabá, MT, fecha o ciclo de estudos iniciado com seus educadores em 2010.     A Inspetoria Nossa Senhora da Paz (Inspaz), das Filhas de Maria Auxiliadora em Cuiabá, MT, levou a fundo a proposta de estudar a relação entre o sistema preventivo e os direitos humanos. Durante três anos, os educadores da inspetoria foram chamados a refletir sobre o tema, aprofundar-se no conhecimento sobre os fundamentos da pedagogia salesiana e repensar suas práticas educativas. O grande movimento que houve em torno do estudo do sistema preventivo foi feito processualmente, sendo iniciado em 2010, sob a gestão de irmã Francisca como inspetora, com uma série de estudos regionais. O processo teve continuidade, já com irmã Mariluce Dorilêo como inspetora, com a realização das oficinas e encontros em 2011, sendo finalizado com o 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos. Realizado dias 12 e 13 de outubro de 2012, o Congresso foi o ponto alto de integração dos educadores quanto à proposta de Dom Bosco e Madre Mazzarello para os jovens.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:46

Ação Fraterna Salesiana: 25 anos

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  Em 2013 comemoram-se os 25 anos da Ação Fraterna Salesiana, grupo formado por ex-salesianos da Inspetoria São Luiz Gonzaga, do Nordeste do Brasil, com sede no Recife, PE. A iniciativa da primeira reunião deste grupo partiu do padre Orsini Nuvens Linard, então inspetor, que em 1988 lançou a ideia junto a alguns ex-salesianos residentes na Capital. Assim realizou-se o primeiro encontro em Jaboatão Colônia, casa de formação salesiana das mais antigas do Nordeste.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:34

Educar como Dom Bosco

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  “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade” (Estreia 2013).   A Estreia, no contexto salesiano, tem uma importância solene. Criada por Dom Bosco, trata-se de um documento no qual são traçadas as diretrizes que pautarão as ações da Família Salesiana no ano que se inicia. A Estreia é apresentada no último dia do ano pelo Reitor-mor e endereçada a cada salesiano e salesiana, leigo, educador e aluno das escolas, obras sociais e instituições que seguem os passos de Dom Bosco, no Brasil e no mundo.  
Quarta, 02 Janeiro 2013 08:05

Estreia 2013: como Dom Bosco educador

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Respeitando a tradição, o Reitor-Mor lançou oficialmente a Estreia 2013 indo visitar a Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora no início da tarde de 31 de dezembro. A tradição iniciada em 1849 pelo mesmo Dom Bosco prossegue com um tema dedicado ao conhecimento e aprofundamento da sua pedagogia, que é o segundo tema da caminhada trienal de preparação à celebração do bicentenário de seu nascimento (1815-2015). Na solene simplicidade do clima de família, o P. Pascual Chávez reuniu-se no Auditorium da Casa Geral das FMA com a Madre Yvonne Reungoat, mais uma densa representação de FMA e alguns Membros da FS. A eles apresentou, brevemente, o tema e a estrutura da Estreia 2013 expressa no já conhecido lema: “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade”. O verdadeiro “presente” (de que advém a palavra ‘estreia’), entretanto, é o texto que o Reitor-Mor publica e oferece a toda a Família Salesiana. São páginas que devem ser lidas, estudadas, aprofundadas, pessoalmente e nos vários organismos de animação de cada grupo, local e territorial. “A nossa abordagem, também agora, não é só intelectual. De um lado, é certamente necessário o estudo profundo da Pedagogia Salesiana a fim atualizá-la segundo a sensibilidade e as exigências do nosso tempo. Hoje, os contextos sociais, econômicos, culturais, políticos, religiosos, nos quais estamos a viver a vocação e a realizar a missão salesiana, estão profundamente alterados. Por outro lado, para a fidelidade carismática ao nosso Pai, é igualmente necessário fazer nosso o conteúdo e o método da sua oferta educativa e pastoral. No contexto da sociedade de hoje, somos chamados a ser santos educadores como ele, entregando a nossa vida como ele, trabalhando com e pelos jovens”. A par de algumas reflexões sobre os princípios consolidados do Sistema Preventivo (Razão, Religião, Bondade (ou'Amorevolezza'), Bom cristão e honesto cidadão), o Reitor-Mor oferece grandes pontos de referência, e empenhos, à FS. É um autêntico percurso de conhecimento e avaliação, com estímulos para uma formação e programação mais eficientes. Intenso é o acento – como sugere o versículo que acompanha o lema: «Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos» (Fl 4,4) – sobre o Evangelho da alegria, que deve ser entendido não como um “sentimento efêmero, mas como uma energia interior, que resiste também às dificuldades da vida”. “O Evangelho da alegria caracteriza toda a história de Dom Bosco e é a alma das suas múltiplas obras. Captou Dom Bosco o desejo de felicidade presente nos jovens e demonstrou a sua alegria de viver, com expressões quais alegria, pátio, festa; mas jamais deixou de indicar a Deus como fonte da verdadeira alegria” – escreve o Reitor-Mor em seu comento. Para encerrar, o padre Pacual Chávez focaliza Mamãe Margarida, a Venerável Mãe de Dom Bosco: “Foi dela que Dom Bosco aprendeu aqueles valores e atitudes que praticou com os seus meninos e que, com o passar dos anos, deixou aos Salesianos, tornando-se a base da sua pedagogia”. Um modo simples e direto que lembra como a eficácia de uma boa pedagogia salesiana está intrinsecamente ligada ao educador que inevitavelmente, por assimilação vital, transmite os valores, em que acredita, a quem lhe está perto num continuado relacionamento e diálogo.  O texto integral da Estreia está à disposição no site < sdb.org > junto com seu videocomentário. O texto da Estreia encontra-se também nos Atos do Conselho Geral (ACG), n. 415.
Quarta, 12 Dezembro 2012 09:12

Quarto de Pe. Komórek é reaberto à visitação

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No dia 11 de cada mês é dedicado à oração e divulgação da Causa de Beatificação do Venerável P. Rodolfo Komórek, sacerdote salesiano que ficou conhecido como “padre santo” e tem mais de 12 mil graças atribuídas à sua intercessão. Após mais de uma década fechado, o quarto em que o sacerdote viveu seus últimos dias, será reaberto à visitação. O padre teve grande atuação na Paróquia Sagrada Família, localizada no Sanatório Vicentina Aranha, em São José dos Campos. No ambiente que fica em um pavilhão que outrora era utilizado para o isolamento de pacientes terminais, os devotos e visitantes encontrarão objetos pessoais como sua cama, um confessionário feito por ele, uma estola, um terço, fotos, radiografias de seu pulmão – P. Komórek morreu de tuberculose – além de relíquias dos ossos das pernas e pés do padre. Em preparação para a reabertura do quarto do P. Komórek,  um tríduo  foi realizado neste sábado, 8 de dezembro, com terço e missa na Capela Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Jacareí, com a programação se repetindo no dia seguinte. No dia 10 de dezembro a preparação prosseguiu com a reza do terço na Capela Relicário P. Rodolfo Komórek, em São José dos Campos, e o encerramento ocorreu no dia 11 de dezembro, com terço e missa na Capela Sagrado Coração de Jesus do Parque Vicentina Aranha, e a reabertura do quarto do P. Komórek em seguida.   Serviço O Parque Vicentina Aranha fica na Rua Engenheiro Prudente Meirelles de Moraes, 302, Vila Adyana, São José dos Campos – SP. O horário de visitação do quarto de P. Rodolfo Komorék é de segunda-feira a domingo das 8h às 18h. Para outras informações o telefone é o (12) 3911-7090.  História Rodolfo Komorek nasceu em Bielsko, na Silésia polonesa, então austríaca, no dia 11 de agosto de 1890. Foi o terceiro de sete filhos de João e Inês Goch, pais verdadeiramente cristãos. Aos 19 anos entrou no seminário, e ali era comparado a São Luís. Aos 24 anos foi ordenado sacerdote na diocese de Breslavia. Durante a primeira guerra mundial trabalhou como capelão militar no hospital e, a seu pedido, também na frente de batalha. Exerceu por três anos o ofício de pároco em Frystak, onde testemunhou a pobreza, a oração e o zelo apostólico. O seu confessionário estava sempre cheio. P. Rodolfo foi amado e respeitado por todos, sobretudo pelas crianças. Com 32 anos pediu para entrar na Congregação Salesiana e, em 1922, iniciou o noviciado. Aspirava ser missionário. Por isso, em outubro de 1924 foi destinado a São Feliciano, no Brasil, para cuidar da pastoral dos poloneses imigrantes e sem assistência religiosa. Distinguiu-se como evangelizador e confessor de exceção. Chamavam-no "o padre santo". Foi exemplar na vivência do voto de pobreza tão amado por Dom Bosco. Vivia em união com Deus na presença do Senhor. Diziam dele: "Nunca se viu  um homem rezar tanto". E ainda: "A sua genuflexão valia por uma pregação e a sua compostura quando estava ajoelhado no chão persuadia-nos do seu extraordinário espírito de piedade e de mortificação". Passou por várias paróquias e comunidades salesianas. Foi enviado como confessor ao estudantado salesiano de Lavrinhas, onde se distinguiu pela santidade. Dava 28 aulas por semana. A casa de saúde de São José dos Campos foi a última etapa dos seus 25 anos de missão. Vivia contente, nos últimos oito anos de vida, por consumir-se lentamente e oferecer a Deus, até o fim, o respiro de seus pulmões doentes de tuberculose. Assistia aos demais doentes exercendo durante o dia todo o ministério sacerdotal. Dormia sobre três tábuas. Passou os últimos dias em contínua oração. Queria que os remédios, já inúteis, fossem dados aos pobres que não conseguiam comprá-los. Não quis aceitar nem oxigênio nem água. Morreu aos 59 anos, no dia 11 de dezembro de 1949. Está sepultado em São José dos Campos, onde a sua profunda piedade – sobretudo o amor pela Eucaristia –, o seu serviço incansável ao próximo e o seu espírito de contínua penitência formaram e continuam a formar gerações de crentes (sdb.org).
  O 4º Congresso Mundial dos Salesianos Cooperadores reuniu cerca de 250 delegados, provenientes de todas as partes do mundo, nos dias 8 a 11 de novembro, em Roma, Itália.   Realizado nos dias 8 a 11 de novembro, em Roma, Itália, o 4º Congresso Mundial dos Salesianos Cooperadores representa um marco histórico. Os cerca de 250 delegados, representando as províncias dos SSCC em todas as partes do mundo, discutiram e aprovaram o Projeto de Vida Apostólica (PVA). Concluíram assim um processo que, nos últimos anos, envolveu toda a Associação na análise e reflexão sobre o papel do salesiano cooperador no carisma de Dom Bosco e no interior da Família Salesiana. O congresso também elegeu a nova coordenação mundial da Associação dos Salesianos Cooperadores, que pela primeira vez será exercida por uma mulher: a SC Noemi Bertola. O congresso refletiu a universalidade da Família Salesiana e teve vários momentos fortes de reflexão e partilha. Entre eles, destacam-se as falas do reitor-mor dos Salesianos, padre Pascual Chávez, que várias vezes incentivou a Congregação a “sair da sacristia” e exaltou a importância dos leigos na difusão do carisma salesiano: “Dom Bosco escolheu a educação baseada no amor como uma maneira de criar uma mudança real e duradoura. Homens e mulheres de diferentes culturas e raças se encontram no carisma de Dom Bosco, que na introdução do Regulamento escreveu: ‘Ser cooperador salesiano é uma maneira prática de se beneficiar da moralidade e da sociedade civil.’ A tarefa, agora, é trazer o significado dessas palavras para os dias de hoje.”  
  Evento esportivo salesiano realizado na Itália, em 1º de novembro, teve entidade social brasileira como beneficiária.   A quinta edição da Corrida dos Santos, realizada em Roma, Itália, dia 1º de novembro, apresentou muitas características salesianas: o esporte como meio de celebrar a vida, o clima de solidariedade e uma visão cristã do Dia de Todos os Santos. O primeiro evento do dia foi na Basílica de São Pedro, onde o padre salesiano Francesco Cereda, Conselheiro Geral para a Formação, celebrou a Eucaristia na Solenidade de Todos os Santos na presença de várias centenas de fiéis, atletas e jovens. “Assim como os santos, nós também estaremos sempre com Deus e o veremos como ele é, face a face”, explicou em sua homilia o padre Cereda. “Todos estamos caminhando na mesma direção. É importante ter em mente o sentido de nossa jornada, se não queremos nos perder na estrada, ser inconclusivos ou lutar em vão”, completou Em seguida, a atenção de todos foi para a Praça Pio XII, que fica entre a Praça São Pedro e a Via della Conciliazione. Do grande arco vermelho deram a largada, em momentos diferentes, as duas seções da Corrida dos Santos: a primeira, competitiva, com cerca de 3.100 atletas profissionais; e a amadora, com cerca de mil participantes entre crianças, jovens e famílias. O evento foi transmitido pelo Canal 5, a rede mais importante da televisão privada italiana.  
Quarta, 05 Dezembro 2012 16:00

Bem-aventurado Felipe Rinaldi

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    Terceiro sucessor de Dom Bosco e fundador do Instituto das Voluntárias de Dom Bosco.   Felipe Rinaldi nasceu em Lu Monferrato, na província de Alessandria, Itália, no dia 28 de maio de 1856, era o oitavo de nove filhos. Ainda criança, conheceu Dom Bosco em sua própria terra quando o Santo passeava ali com seus meninos.   Aos 10 anos, o pai mandou-o para o colégio de Mirabello, mas Felipe não quis ficar e, poucos meses depois, o deixou. Dom Bosco lhe escreveu e procurou convencê-lo a voltar, mas Felipe foi irredutível. Em 1874, Dom Bosco foi a Lu, tentou persuadi-lo a ir com ele para Turim, mas sem sucesso. Três anos mais tarde, finalmente, conseguiria convencê-lo e, aos 21 anos, Felipe começou em Sampierdarena o caminho para as vocações adultas.   Em 1880, depois do noviciado, emitiu os votos perpétuos nas mãos do próprio Dom Bosco. Graças à santa insistência do Fundador, em dezembro de 1882, Felipe respondeu ao chamado do Senhor e foi ordenado sacerdote. Depois de pouco tempo, Dom Bosco o nomeou diretor de Mathi, um colégio para vocações adultas, que mais tarde seria transferido para Turim.   A poucos dias da morte de Dom Bosco, padre Rinaldi quis confessar-se com ele. Antes de absolvê-lo, já quase sem forças, Dom Bosco lhe disse somente uma palavra: “Meditação”.   Em 1889, padre Miguel Rua o nomeou diretor de Barcelona: “Deverás resolver assuntos bastante delicados”, lhe disse. Em três anos, com a oração, a mansidão, uma presença paterna e animadora entre os jovens e na comunidade salesiana, levantou aquela obra. Foi nomeado inspetor da Espanha e de Portugal. Em nove anos, graças também à ajuda econômica da venerável Dorotéis Chopitea, padre Rinaldi fundou 16 casas.   Padre Rua, depois de uma visita, ficou impressionado e, em seguida, o nomeou prefeito geral da Congregação. Em seu novo encargo, padre Rinaldi continuou a trabalhar com zelo, sem jamais renunciar a seu ministério sacerdotal. Cumpriu sua missão de governo com prudência, caridade e inteligência.   Depois da morte do padre Rua, padre  Paulo Albera, segundo sucessor de Dom Bosco, o confirmou prefeito geral e nomeou seu vigário. Em 1921, foi eleito terceiro sucessor de Dom Bosco. Deu enorme importância às missões: fundou institutos missionários, revistas e associações. Durante seu reitorado partiram para todo o mundo mais de 1.800 salesianos. Fez muitas viagens pela Itália e pela Europa.   Instituiu a Associação dos Ex-alunos e fundou o Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco. Obteve de Pio XI a indulgencia do trabalho santificado. Mestre de vida espiritual, reanimou a vida interior dos salesianos, mostrando profunda intimidade com Deus e ilimitada confiança em Maria Auxiliadora. O grande salesiano, padre Francesia, disse: “Ao padre Rinaldi, só faltava a voz de Dom Bosco”. Morreu no dia 5 de dezembro de 1931, enquanto lia a vida do padre Rua.   João Paulo II declarou-o venerável em 3 de janeiro de 1987 e beatificou-o em 29 de abril de 1990   Extraído do livro: Santos na Família Salesiana, de Enrico Dal Covolo e Giorgio Mocci.   Inspetoria Salesiana do Amazonas
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:25

Santos salesianos do calendário litúrgico

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  O postulador geral da Família Salesiana, padre Pierluigi Cameroni, apresenta as ocorrências litúrgicas dos santos salesianos do mês de fevereiro, com a lembrança dos Salesianos defuntos, repetindo a ação realizada no mês de janeiro. Leia abaixo sobre as figuras de santidade salesiana que o calendário litúrgico traz em fevereiro. 1° de fevereiro: salesianos defuntos A lembrança dos salesianos defuntos une, na “caridade que não passa”, aqueles que são ainda peregrinos com aqueles que já descansam no Senhor. É na fé do Senhor Ressuscitado que vivemos esta comemoração, que se faz ação de graças, memória viva, custódia de uma preciosa herança carismática. Ser com eles discípulos de Dom Bosco e partilhar o mesmo projeto evangélico das Constituições é para nós estímulo e auxílio na caminhada de santificação e no propósito decidido e eficaz, de continuar firmes na vocação até a morte.   7 de fevereiro: beato Pio IX   O papa com o qual Dom Bosco teve de tratar durante a maior parte da sua vida foi o beato Pio IX, que foi papa entre os anos de 1846 a 1878. O amor de Dom Bosco pelo Papa nascia de uma profunda visão de fé. É típica a sua insistência com os meninos: “Não griteis “Viva Pio IX”; gritai antes  “Viva o Papa!”. As verdades da fé que Pio IX com força reafirmou foram fundamentalmente três: a proclamação da Imaculada Conceição de Maria (1854); a centralidade da pessoa de Cristo no documento conhecido como Sílabo (1864); a missão do Papa como supremo mestre da fé (1870 – Concílio Vaticano I). São verdades especialmente atuais, porque estão na base do reconhecimento da dignidade da pessoa humana, feita à imagem e semelhança de Deus.   9 de fevereiro: beata irmã Eusébia Palomino   A fé dessa Filha de Maria Auxiliadora (FMA) é gigantesca e transparece de modo especial no eficacíssimo apostolado desenvolvido sobretudo nos anos de Valverde del Camino (Espanha) com um empenho formidável na catequese, colhendo a presença de Deus na natureza e celebrando-lhe o amor providencial; na difusão da prática do Rosário das Chagas; e em um amor filial a Maria, inspirando-se no Tratado da verdadeira devoção, de São Luís Grignon de Monfort. Sentia-se um como “Cristóvão Colombo” da fé e da evangelização, que sulca os mares para a salvação das Gentes: “Comovia-me ao ver aquele herói zarpar daquela costa e levar, a terras desconhecidas, operários do evangelho, para difundir a Semente evangélica e estender o Reino de Jesus Cristo por sobre toda a terra. Naquele momento sentia-me como de fogo e nada me teria custado pôr-me em uma pequena barca e ir-me àquelas terras em busca de ovelhas de Cristo”. A vida e o testemunho da irmã  Eusébia foram uma verdadeira semente, florescida em vigorosa árvore, em cujos ramos tantos encontraram e encontram descanso e vigor.   25 de fevereiro: festa dos Santos Luís Versíglia e Calisto Caravário   No dia do seu martírio, celebramos a festa dos protomártires salesianos que realizaram a visão profética de Dom Bosco, que, sonhando os seus filhos empenhados no Extremo Oriente, vaticinou frutos maravilhosos,  mas também falou de “cálices cheios de sangue”. Os dois Mártires Salesianos deram a sua vida pela salvação e a integridade moral do próximo, colocando-se na defesa de três jovens alunas da missão: eles defenderam com o seu sangue a opção responsável da castidade, operada naquelas jovens, em perigo de cair nas mãos de quem não as teriam respeitado. A oferta suprema da vida amadureceu na cotidianidade de uma existência vivida na presença de Deus e no sacrifício generoso de si. O padre Calisto, partindo de Timor para a China, repetiu mais de uma vez aos seus colegas: “Vamos, preparemo-nos para morrer mártires na China”. E uma vez em sua nova missão, apesar de enfraquecido pelas febres e cansado pela viagem, pôs-se logo a trabalhar, empenhando-se na assistência aos meninos. Dom Versíglia manifestou o seu grande espírito de fé sobretudo no desenvolvimento da missão a ele confiada. Perante as dificuldades, a falta de meios e a exiguidade de forças, exclamava: “Deus está conosco, temos a Virgem Auxiliadora e temos além disso um grande tesouro e uma inexaurível riqueza: o espírito de Dom Bosco”.   Na seção de sdb.org dedicada à santidade estão disponíveis outras informações e subsídios sobre os santos salesianos.   Leia também: Santos salesianos do calendário litúrgico   InfoANS  
Quinta, 31 Janeiro 2013 18:09

A mágica de Dom Bosco

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Hoje se fala muito de comunicação moderna, marketing de relacionamento, de atividades lúdicas para aproximar as pessoas, o famoso “quebra-gelo”, de técnica de animação. Tudo isso é atual, mas Dom Bosco, no século XIX, de certa forma, usava o ilusionismo para chegar às pessoas. “Matar um pássaro, esmagá-lo e pô-lo a voar vivo e sadio era uma das brincadeiras que sabia fazer com frequência. Da mesma garrafa, tirava vinho branco e tinto, a pedido dos presentes. Um dia, enfrentou o desafio de fazer desaparecer um grande prato de ravióli preparado na cozinha e fazê-lo aparecer numa outra casa da vila” (MB I, p. 348). Esse era São João Bosco que, para educar, evangelizar e atrair a atenção dos jovens, principalmente os menos favorecidos, tinha uma didática diferenciada. Ele usava a arte do ilusionismo como forma de expressão de liberdade, de convite à amizade e de valorização da pessoa. A “mágica” foi a primeira demonstração de amor para com a juventude. O objetivo de João Bosco era fazer com que houvesse interesse por suas mensagens e, assim, os jovens fossem atraídos para a igreja, a escola ou para uma conversa edificadora. Ele tinha um espírito eminentemente contagiante, uma pedagogia dinâmica, em ação. E as pessoas se apaixonavam por ele e por suas ações. Isso devia acontecer sem que se quebrassem o encanto, a vivacidade e a espontaneidade próprios da “mágica”. Era um recurso para conquistar amigos. Tinha a capacidade de atrair, serviam para persuadir seus amigos a frequentarem as práticas de piedade e a encaminhá-los para um mundo de valores. Com a “mágica”, ele aguçava a curiosidade de todos.   Em todos os lugares, Dom Bosco era portador de uma alegria contagiante. Seus modos gentis e cordiais cativavam a todos. Nas ruas, nas praças, nos lugares onde podia, encontrava os jovens, todos disputavam sua presença, inclusive pelos belos espetáculos que sabia fazer. Isso era levado pela sua paixão de querer conquistar a confiança dos jovens e o desejo de, por meio do lúdico, comunicar valores.   Esse é o papel do bom educador, comunicador que deseja transmitir valores. Ele sabia muito bem qual o objetivo a ser alcançado. Hoje essas práticas poderão ser usadas em qualquer ambiente, seja em uma empresa, na escola, na sociedade em geral: usar de meios lúdicos e saudáveis para criar sinergia na equipe. Dom Bosco, como foi conhecido mais tarde, é um dos maiores líderes educadores, e podemos tê-lo como exemplo de liderança. Um líder que, ao relacionar-se diretamente com seus liderados, fale a linguagem deles, e mais, que esteja efetivamente com seus colaboradores. Padroeiro dos Ilusionistas São João Bosco é um dos santos mais populares da Igreja Católica e do mundo e, além de ser aclamado “Pai e Mestre da Juventude”, é também padroeiro dos ilusionistas. A homenagem surgiu de alguns “mágicos” da Espanha que, conhecendo as histórias dele com o ilusionismo, o aclamaram padroeiro universal dos ilusionistas. Na infância, João Bosco era considerado um “menino prodígio” da educação e, por meio das mágicas e das histórias narradas por sua mãe, mantinha os seus colegas afastados do mal. Para ganhar a estima e a confiança dos amigos, percorria mercados e feiras para observar “os jogos de prestidigitação e de habilidade”, descobrir truques e, em seguida, tornar-se capaz de realizá-los. Segundo a história, João Bosco até pagava mais caro para ter o direito de ficar bem na frente, a fim de observar melhor os espetáculos. Em casa, esforçava-se para conseguir o material necessário para praticar (MB I, p. 104-106). Sua especialidade consistia em fazer desaparecer objetos e trazê-los de volta. Muitas vezes, após ter enchido a garrafa de vinho, ao derramá-la no copo, dava-se conta de que era pura água. Quando queria beber água, deparava com o copo cheio de vinho [...]. João Bosco organizava brincadeiras com jogos de ilusionismo, e todos se divertiam (Ibidem). Nas casas de família e nas reuniões de jovens, havia disputa por sua presença. Portador de uma alegria contagiante, sua gentileza e cordialidade eram cativantes. Graças ao interesse de Dom Bosco pelos jogos de prestidigitação e de habilidade, em 31 de janeiro, data do falecimento do santo (1888), comemora-se o Dia do Ilusionista. REFERÊNCIAS BOSCO, Giovanni. (org. Eugenio Ceria). Epistolario. v. 1: de 1835 a 1868 (1955. p. XII-624); v. 2: de 1869 a 1875 (1956. p. IV-556): v. 3: de 1876 a 1880 (1958, p. IV-671); v. 4: de 1881 a 1888 (1959. pp. VI-647). Torino: SEI, 1955-1959.
  Com a realização do 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz, com sede em Cuiabá, MT, fecha o ciclo de estudos iniciado com seus educadores em 2010.     A Inspetoria Nossa Senhora da Paz (Inspaz), das Filhas de Maria Auxiliadora em Cuiabá, MT, levou a fundo a proposta de estudar a relação entre o sistema preventivo e os direitos humanos. Durante três anos, os educadores da inspetoria foram chamados a refletir sobre o tema, aprofundar-se no conhecimento sobre os fundamentos da pedagogia salesiana e repensar suas práticas educativas. O grande movimento que houve em torno do estudo do sistema preventivo foi feito processualmente, sendo iniciado em 2010, sob a gestão de irmã Francisca como inspetora, com uma série de estudos regionais. O processo teve continuidade, já com irmã Mariluce Dorilêo como inspetora, com a realização das oficinas e encontros em 2011, sendo finalizado com o 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos. Realizado dias 12 e 13 de outubro de 2012, o Congresso foi o ponto alto de integração dos educadores quanto à proposta de Dom Bosco e Madre Mazzarello para os jovens.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:46

Ação Fraterna Salesiana: 25 anos

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  Em 2013 comemoram-se os 25 anos da Ação Fraterna Salesiana, grupo formado por ex-salesianos da Inspetoria São Luiz Gonzaga, do Nordeste do Brasil, com sede no Recife, PE. A iniciativa da primeira reunião deste grupo partiu do padre Orsini Nuvens Linard, então inspetor, que em 1988 lançou a ideia junto a alguns ex-salesianos residentes na Capital. Assim realizou-se o primeiro encontro em Jaboatão Colônia, casa de formação salesiana das mais antigas do Nordeste.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:34

Educar como Dom Bosco

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  “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade” (Estreia 2013).   A Estreia, no contexto salesiano, tem uma importância solene. Criada por Dom Bosco, trata-se de um documento no qual são traçadas as diretrizes que pautarão as ações da Família Salesiana no ano que se inicia. A Estreia é apresentada no último dia do ano pelo Reitor-mor e endereçada a cada salesiano e salesiana, leigo, educador e aluno das escolas, obras sociais e instituições que seguem os passos de Dom Bosco, no Brasil e no mundo.  
Quarta, 02 Janeiro 2013 08:05

Estreia 2013: como Dom Bosco educador

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Respeitando a tradição, o Reitor-Mor lançou oficialmente a Estreia 2013 indo visitar a Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora no início da tarde de 31 de dezembro. A tradição iniciada em 1849 pelo mesmo Dom Bosco prossegue com um tema dedicado ao conhecimento e aprofundamento da sua pedagogia, que é o segundo tema da caminhada trienal de preparação à celebração do bicentenário de seu nascimento (1815-2015). Na solene simplicidade do clima de família, o P. Pascual Chávez reuniu-se no Auditorium da Casa Geral das FMA com a Madre Yvonne Reungoat, mais uma densa representação de FMA e alguns Membros da FS. A eles apresentou, brevemente, o tema e a estrutura da Estreia 2013 expressa no já conhecido lema: “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade”. O verdadeiro “presente” (de que advém a palavra ‘estreia’), entretanto, é o texto que o Reitor-Mor publica e oferece a toda a Família Salesiana. São páginas que devem ser lidas, estudadas, aprofundadas, pessoalmente e nos vários organismos de animação de cada grupo, local e territorial. “A nossa abordagem, também agora, não é só intelectual. De um lado, é certamente necessário o estudo profundo da Pedagogia Salesiana a fim atualizá-la segundo a sensibilidade e as exigências do nosso tempo. Hoje, os contextos sociais, econômicos, culturais, políticos, religiosos, nos quais estamos a viver a vocação e a realizar a missão salesiana, estão profundamente alterados. Por outro lado, para a fidelidade carismática ao nosso Pai, é igualmente necessário fazer nosso o conteúdo e o método da sua oferta educativa e pastoral. No contexto da sociedade de hoje, somos chamados a ser santos educadores como ele, entregando a nossa vida como ele, trabalhando com e pelos jovens”. A par de algumas reflexões sobre os princípios consolidados do Sistema Preventivo (Razão, Religião, Bondade (ou'Amorevolezza'), Bom cristão e honesto cidadão), o Reitor-Mor oferece grandes pontos de referência, e empenhos, à FS. É um autêntico percurso de conhecimento e avaliação, com estímulos para uma formação e programação mais eficientes. Intenso é o acento – como sugere o versículo que acompanha o lema: «Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos» (Fl 4,4) – sobre o Evangelho da alegria, que deve ser entendido não como um “sentimento efêmero, mas como uma energia interior, que resiste também às dificuldades da vida”. “O Evangelho da alegria caracteriza toda a história de Dom Bosco e é a alma das suas múltiplas obras. Captou Dom Bosco o desejo de felicidade presente nos jovens e demonstrou a sua alegria de viver, com expressões quais alegria, pátio, festa; mas jamais deixou de indicar a Deus como fonte da verdadeira alegria” – escreve o Reitor-Mor em seu comento. Para encerrar, o padre Pacual Chávez focaliza Mamãe Margarida, a Venerável Mãe de Dom Bosco: “Foi dela que Dom Bosco aprendeu aqueles valores e atitudes que praticou com os seus meninos e que, com o passar dos anos, deixou aos Salesianos, tornando-se a base da sua pedagogia”. Um modo simples e direto que lembra como a eficácia de uma boa pedagogia salesiana está intrinsecamente ligada ao educador que inevitavelmente, por assimilação vital, transmite os valores, em que acredita, a quem lhe está perto num continuado relacionamento e diálogo.  O texto integral da Estreia está à disposição no site < sdb.org > junto com seu videocomentário. O texto da Estreia encontra-se também nos Atos do Conselho Geral (ACG), n. 415.
Quarta, 12 Dezembro 2012 09:12

Quarto de Pe. Komórek é reaberto à visitação

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No dia 11 de cada mês é dedicado à oração e divulgação da Causa de Beatificação do Venerável P. Rodolfo Komórek, sacerdote salesiano que ficou conhecido como “padre santo” e tem mais de 12 mil graças atribuídas à sua intercessão. Após mais de uma década fechado, o quarto em que o sacerdote viveu seus últimos dias, será reaberto à visitação. O padre teve grande atuação na Paróquia Sagrada Família, localizada no Sanatório Vicentina Aranha, em São José dos Campos. No ambiente que fica em um pavilhão que outrora era utilizado para o isolamento de pacientes terminais, os devotos e visitantes encontrarão objetos pessoais como sua cama, um confessionário feito por ele, uma estola, um terço, fotos, radiografias de seu pulmão – P. Komórek morreu de tuberculose – além de relíquias dos ossos das pernas e pés do padre. Em preparação para a reabertura do quarto do P. Komórek,  um tríduo  foi realizado neste sábado, 8 de dezembro, com terço e missa na Capela Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Jacareí, com a programação se repetindo no dia seguinte. No dia 10 de dezembro a preparação prosseguiu com a reza do terço na Capela Relicário P. Rodolfo Komórek, em São José dos Campos, e o encerramento ocorreu no dia 11 de dezembro, com terço e missa na Capela Sagrado Coração de Jesus do Parque Vicentina Aranha, e a reabertura do quarto do P. Komórek em seguida.   Serviço O Parque Vicentina Aranha fica na Rua Engenheiro Prudente Meirelles de Moraes, 302, Vila Adyana, São José dos Campos – SP. O horário de visitação do quarto de P. Rodolfo Komorék é de segunda-feira a domingo das 8h às 18h. Para outras informações o telefone é o (12) 3911-7090.  História Rodolfo Komorek nasceu em Bielsko, na Silésia polonesa, então austríaca, no dia 11 de agosto de 1890. Foi o terceiro de sete filhos de João e Inês Goch, pais verdadeiramente cristãos. Aos 19 anos entrou no seminário, e ali era comparado a São Luís. Aos 24 anos foi ordenado sacerdote na diocese de Breslavia. Durante a primeira guerra mundial trabalhou como capelão militar no hospital e, a seu pedido, também na frente de batalha. Exerceu por três anos o ofício de pároco em Frystak, onde testemunhou a pobreza, a oração e o zelo apostólico. O seu confessionário estava sempre cheio. P. Rodolfo foi amado e respeitado por todos, sobretudo pelas crianças. Com 32 anos pediu para entrar na Congregação Salesiana e, em 1922, iniciou o noviciado. Aspirava ser missionário. Por isso, em outubro de 1924 foi destinado a São Feliciano, no Brasil, para cuidar da pastoral dos poloneses imigrantes e sem assistência religiosa. Distinguiu-se como evangelizador e confessor de exceção. Chamavam-no "o padre santo". Foi exemplar na vivência do voto de pobreza tão amado por Dom Bosco. Vivia em união com Deus na presença do Senhor. Diziam dele: "Nunca se viu  um homem rezar tanto". E ainda: "A sua genuflexão valia por uma pregação e a sua compostura quando estava ajoelhado no chão persuadia-nos do seu extraordinário espírito de piedade e de mortificação". Passou por várias paróquias e comunidades salesianas. Foi enviado como confessor ao estudantado salesiano de Lavrinhas, onde se distinguiu pela santidade. Dava 28 aulas por semana. A casa de saúde de São José dos Campos foi a última etapa dos seus 25 anos de missão. Vivia contente, nos últimos oito anos de vida, por consumir-se lentamente e oferecer a Deus, até o fim, o respiro de seus pulmões doentes de tuberculose. Assistia aos demais doentes exercendo durante o dia todo o ministério sacerdotal. Dormia sobre três tábuas. Passou os últimos dias em contínua oração. Queria que os remédios, já inúteis, fossem dados aos pobres que não conseguiam comprá-los. Não quis aceitar nem oxigênio nem água. Morreu aos 59 anos, no dia 11 de dezembro de 1949. Está sepultado em São José dos Campos, onde a sua profunda piedade – sobretudo o amor pela Eucaristia –, o seu serviço incansável ao próximo e o seu espírito de contínua penitência formaram e continuam a formar gerações de crentes (sdb.org).
  O 4º Congresso Mundial dos Salesianos Cooperadores reuniu cerca de 250 delegados, provenientes de todas as partes do mundo, nos dias 8 a 11 de novembro, em Roma, Itália.   Realizado nos dias 8 a 11 de novembro, em Roma, Itália, o 4º Congresso Mundial dos Salesianos Cooperadores representa um marco histórico. Os cerca de 250 delegados, representando as províncias dos SSCC em todas as partes do mundo, discutiram e aprovaram o Projeto de Vida Apostólica (PVA). Concluíram assim um processo que, nos últimos anos, envolveu toda a Associação na análise e reflexão sobre o papel do salesiano cooperador no carisma de Dom Bosco e no interior da Família Salesiana. O congresso também elegeu a nova coordenação mundial da Associação dos Salesianos Cooperadores, que pela primeira vez será exercida por uma mulher: a SC Noemi Bertola. O congresso refletiu a universalidade da Família Salesiana e teve vários momentos fortes de reflexão e partilha. Entre eles, destacam-se as falas do reitor-mor dos Salesianos, padre Pascual Chávez, que várias vezes incentivou a Congregação a “sair da sacristia” e exaltou a importância dos leigos na difusão do carisma salesiano: “Dom Bosco escolheu a educação baseada no amor como uma maneira de criar uma mudança real e duradoura. Homens e mulheres de diferentes culturas e raças se encontram no carisma de Dom Bosco, que na introdução do Regulamento escreveu: ‘Ser cooperador salesiano é uma maneira prática de se beneficiar da moralidade e da sociedade civil.’ A tarefa, agora, é trazer o significado dessas palavras para os dias de hoje.”  
  Evento esportivo salesiano realizado na Itália, em 1º de novembro, teve entidade social brasileira como beneficiária.   A quinta edição da Corrida dos Santos, realizada em Roma, Itália, dia 1º de novembro, apresentou muitas características salesianas: o esporte como meio de celebrar a vida, o clima de solidariedade e uma visão cristã do Dia de Todos os Santos. O primeiro evento do dia foi na Basílica de São Pedro, onde o padre salesiano Francesco Cereda, Conselheiro Geral para a Formação, celebrou a Eucaristia na Solenidade de Todos os Santos na presença de várias centenas de fiéis, atletas e jovens. “Assim como os santos, nós também estaremos sempre com Deus e o veremos como ele é, face a face”, explicou em sua homilia o padre Cereda. “Todos estamos caminhando na mesma direção. É importante ter em mente o sentido de nossa jornada, se não queremos nos perder na estrada, ser inconclusivos ou lutar em vão”, completou Em seguida, a atenção de todos foi para a Praça Pio XII, que fica entre a Praça São Pedro e a Via della Conciliazione. Do grande arco vermelho deram a largada, em momentos diferentes, as duas seções da Corrida dos Santos: a primeira, competitiva, com cerca de 3.100 atletas profissionais; e a amadora, com cerca de mil participantes entre crianças, jovens e famílias. O evento foi transmitido pelo Canal 5, a rede mais importante da televisão privada italiana.  
Quarta, 05 Dezembro 2012 16:00

Bem-aventurado Felipe Rinaldi

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    Terceiro sucessor de Dom Bosco e fundador do Instituto das Voluntárias de Dom Bosco.   Felipe Rinaldi nasceu em Lu Monferrato, na província de Alessandria, Itália, no dia 28 de maio de 1856, era o oitavo de nove filhos. Ainda criança, conheceu Dom Bosco em sua própria terra quando o Santo passeava ali com seus meninos.   Aos 10 anos, o pai mandou-o para o colégio de Mirabello, mas Felipe não quis ficar e, poucos meses depois, o deixou. Dom Bosco lhe escreveu e procurou convencê-lo a voltar, mas Felipe foi irredutível. Em 1874, Dom Bosco foi a Lu, tentou persuadi-lo a ir com ele para Turim, mas sem sucesso. Três anos mais tarde, finalmente, conseguiria convencê-lo e, aos 21 anos, Felipe começou em Sampierdarena o caminho para as vocações adultas.   Em 1880, depois do noviciado, emitiu os votos perpétuos nas mãos do próprio Dom Bosco. Graças à santa insistência do Fundador, em dezembro de 1882, Felipe respondeu ao chamado do Senhor e foi ordenado sacerdote. Depois de pouco tempo, Dom Bosco o nomeou diretor de Mathi, um colégio para vocações adultas, que mais tarde seria transferido para Turim.   A poucos dias da morte de Dom Bosco, padre Rinaldi quis confessar-se com ele. Antes de absolvê-lo, já quase sem forças, Dom Bosco lhe disse somente uma palavra: “Meditação”.   Em 1889, padre Miguel Rua o nomeou diretor de Barcelona: “Deverás resolver assuntos bastante delicados”, lhe disse. Em três anos, com a oração, a mansidão, uma presença paterna e animadora entre os jovens e na comunidade salesiana, levantou aquela obra. Foi nomeado inspetor da Espanha e de Portugal. Em nove anos, graças também à ajuda econômica da venerável Dorotéis Chopitea, padre Rinaldi fundou 16 casas.   Padre Rua, depois de uma visita, ficou impressionado e, em seguida, o nomeou prefeito geral da Congregação. Em seu novo encargo, padre Rinaldi continuou a trabalhar com zelo, sem jamais renunciar a seu ministério sacerdotal. Cumpriu sua missão de governo com prudência, caridade e inteligência.   Depois da morte do padre Rua, padre  Paulo Albera, segundo sucessor de Dom Bosco, o confirmou prefeito geral e nomeou seu vigário. Em 1921, foi eleito terceiro sucessor de Dom Bosco. Deu enorme importância às missões: fundou institutos missionários, revistas e associações. Durante seu reitorado partiram para todo o mundo mais de 1.800 salesianos. Fez muitas viagens pela Itália e pela Europa.   Instituiu a Associação dos Ex-alunos e fundou o Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco. Obteve de Pio XI a indulgencia do trabalho santificado. Mestre de vida espiritual, reanimou a vida interior dos salesianos, mostrando profunda intimidade com Deus e ilimitada confiança em Maria Auxiliadora. O grande salesiano, padre Francesia, disse: “Ao padre Rinaldi, só faltava a voz de Dom Bosco”. Morreu no dia 5 de dezembro de 1931, enquanto lia a vida do padre Rua.   João Paulo II declarou-o venerável em 3 de janeiro de 1987 e beatificou-o em 29 de abril de 1990   Extraído do livro: Santos na Família Salesiana, de Enrico Dal Covolo e Giorgio Mocci.   Inspetoria Salesiana do Amazonas