Internacionais
“Proteger”, defender, “guardar” bem cada pessoa e toda a criação, com grande respeito, amor e ternura: esta a mensagem central da homilia do Papa Francisco na Missa de início do seu ministério petrino, na manhã de 19 de março, na Praça de São Pedro, na festa de São José, patrono da Igreja universal. “Uma coincidência densa de significado” – observou o Papa, que recordou ser esse o nome do seu “venerado Predecessor”: “acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e reconhecimento”. Toda a homilia se concentrou no modo como são José viveu a sua missão de proteger e defender Jesus. “Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.” Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus…no templo de Jerusalém, ele acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria… nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida… assim como também na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus… … José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja… numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu… Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! – sublinhou o Papa. “Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.” Proteger e “guardar” como José – advertiu Papa Francisco, é também “viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus”. Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então tem lugar a destruição, o coração fica ressequido… “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.”   Papa Francisco insistiu: “cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura” São José é homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Neste contexto, o Papa fez uma referência – a única – ao “início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro”, que – reconheceu – “inclui também um poder… Jesus deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata?”  “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Só quem serve com amor é capaz de proteger.” A concluir. Papa Francisco referiu ainda a segunda Leitura, em que São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar». Hoje, em dia, perante tantas nuvens escuras, há muita necessidade de esperança! “Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!”  “Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém!”
Terça, 19 Março 2013 14:48

O Papa Francisco e os Salesianos

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  À medida que se passam os dias, emergem mais e mais episódios e aspectos da figura do Papa Francisco. Muitos deles se ligam ao mundo salesiano. Além da especial devoção a Nossa Sra. Auxiliadora – manifestada todo o dia 24 de cada mês, no Santuário mariano do Bairro Almagro, de Buenos Aires – há outros mais. O novo Papa é também um ex-aluno salesiano.   Em 1949, Jorge Mario Bergoglio frequentou, junto com o irmão menor, o colégio salesiano ‘Wilfrid Barón’, de Ramos Mejía, na classe de 6°B. Recebeu, como prova o elenco dos premiados daquele ano, também o 1º Prêmio de Comportamento e de Religião e Evangelho.   Uma acurada biografia, publicada pelo jornal argentino ‘La Nación’, conta que, além disso, o novo Papa, na idade de 17 anos, teve como Diretor espiritual o P. Enrico Pozzoli SDB, da comunidade salesiana de Almagro, sacerdote que, antes de levar o carisma de Dom Bosco até à Terra do Fogo, deixou nele um sinal indelével. Foi o P. Pozzoli que sugeriu ao jovem Bergoglio viajar até as montanhas de Tandil para recuperar os seus pulmões; foi com ele que o futuro Papa definiu a sua admissão ao seminário de Villa Devoto; e a ele é dedicada uma lembrança no prefácio do primeiro livro escrito pelo Cardeal Bergoglio – Meditações para os religiosos – devido à “forte incidência” que o salesiano exerceu em sua vida, e ao seu “exemplo de serviço eclesial e de consagração religiosa”.   Em Tandil, aos 18 anos, Bergoglio encontrou Roberto Musante, dois anos mais velho, que voltaria a reencontrar em outras ocasiões mais complexas, como quando Bergoglio, no período da ditadura, acolheu três seminaristas do bispo Enrique Angelelli.   Em Tandil, relembra o P. Musante, os dois puderam conhecer-se e falar, não obstante Bergoglio “ficasse antes silencioso e humilde”. Os dois jovens seguiram ao depois caminhos vocacionais diversos. Hoje o P. Musante, feito salesiano, encontra-se em Angola, onde toma conta e educa centenas de jovens no bairro da Lixeira. Bergoglio. ao invés, escolheu seguir Santo Inácio de Loyola.
Quase 1500 pessoas se reuniram no dia 10 de março, na matriz Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, para acompanhar a celebração de Ordenação Diaconal dos, agora, diáconos Permanentes: Aluisio Macedo Rosa (Paróquia Imaculada Conceição); Augusto Rota e José Joanir Alves de Oliveira (Paróquia Nossa Senhor Auxiliadora); e Valdinei Antonio Miranda (Paróquia Senhor Bom Jesus).   A celebração foi presidida por Dom Sergio Arthur Braschi, bispo da Diocese de Ponta Grossa, padres diocesanos e seculares, padres salesianos, diáconos permanentes e candidatos ao diaconato, além das irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria e fiéis. Após a celebração, que durou quase três horas, os novos diáconos recepcionaram os familiares e amigos no salão paroquial da matriz Auxiliadora.   Da Inspetoria Salesiana São Pio X estavam presentes os padres Leo Kieling, José Rodolpho Hess e João Pedro da Silva Peres, além dos padres Ademir Ricardo Cwendrych, Hermínio Tambosi  e Jaime Kniess.   A celebração foi organizada pelas mulheres dos quatro diáconos e marcou a primeira Ordenação de diácono Permanente da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos pontos marcantes da celebração foi a hora do canto da ladainha, durante a qual os diáconos ficaram prostrados de rosto no chão.   Ao término da celebração, os filhos dos diáconos trouxeram objetos que simbolizavam um ponto marcante da vida de seus pais, e suas mulheres junto às mulheres dos diáconos presentes homenagearam Maria Santíssima, que está à frente da caminhada da Família Diaconal da Diocese de Ponta Grossa.   Inspetoria Salesiana São Pio X
Após a eleição do Papa Francisco, o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, transmite à Congregação e à Família Salesiana (FS) uma nova mensagem, que confirma a grande ligação dos Filhos de Dom Bosco com o sucessor de Pedro.   "Tive a graça de estar na Praça de São Pedro repleta por milhares e milhares de pessoas, especialmente de jovens, no momento em que ouvimos a tão esperada mensagem:   “Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio qui sibi nomen imposuit   FRANCISCUM”.   Embora não mencionado entre os “papáveis” – e isto num primeiro momento causou uma certa perplexidade naqueles que não o conheciam –, o acolhimento ao novo sucessor de Pedro não se fez esperar: e a resposta foi um longo aplauso, expressão de uma grande alegria, acompanhada pelas primeiras aclamações: ‘Francesco, Francesco, Francesco, .... ’   Foi mais uma vez o Espírito Santo a guiar os cardeais na eleição do Homem que Deus mesmo havia escolhido para vigário de Cristo.   Unido a todos vós, caros irmãos e irmãs, membros todos da Família Salesiana e jovens, rendo graças e louvores a Deus pelo grandíssimo presente que Ele nos deu na pessoa do cardeal Jorge Mario Bergoglio, Jesuíta, arcebispo de Buenos Aires, que tive a graça de conhecer e com ele tratar pessoalmente na Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano em Aparecida e, posteriormente, por ocasião da beatificação de Zeferino Namuncurá.   A escolha do nome, Francisco, é significativa, porque de certo modo contém alguns dos traços mais característicos da sua pessoa – a simplicidade, a pobreza, a autenticidade – e, ao mesmo tempo, se torna programática porque realça elementos que devem hoje definir o semblante da Igreja e o seu relacionamento com o mundo.   Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito. Convido-vos agora a invocar sobre ele a abundância dos dons do Espírito, a fim de que tenha a Luz com que discernir quanto Deus espera da Sua Igreja hoje, e encontre a energia para o concretizar.   Com espírito de fé, de grande estima e de devoção, acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização.   Padre Pascual Chávez Villanueva SDB Reitor-mor   InfoANS
Quinta, 07 Março 2013 15:29

A Sé Vacante

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A cadeira de Pedro está vazia. Seu último ocupante, nosso querido Bento XVI, às 20 horas do dia 28 de fevereiro, encerrou seu pontificado e recolheu-se ao palácio apostólico de Castelgandolfo, nas vizinhanças de Roma, para meditar e rezar pela Igreja. Esta decisão do Pontífice havia sido tomada após sua viagem ao México e a Cuba.... “depois de ter repetidas vezes examinado a própria consciência diante de Deus” – conscientia mea iterum atque iterum coram Deo explorata. Explicou que pela idade avançada, suas forças não são mais apropriadas “para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho”.   No final do Concistório de 11 de fevereiro, o Santo Padre leu em latim um texto escrito de próprio punho: “Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pelas mãos dos Senhores Cardeais em 19 de abril de 2005. Assim a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado por quem de direito o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice. Agradeço de coração o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso de meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. ” Aos fiéis reunidos na audiência geral das quartas-feiras, ele repetiu: “Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e examinado minha consciência diante de Deus, bem ciente da gravidade de tal ato, mas igualmente ciente de já não ser mais capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o qual jamais lhe deixará faltar orientação e solicitude. Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força  que me proporcionam o amor da Igreja e a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa.” E acrescentou: “Eu sempre soube que naquela barca está o Senhor, e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua, é Dele.” Na despedida aos cardeais, na manhã do dia da renúncia, ele afirmou: “Entre vós, no Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa, ao qual desde hoje prometo minha incondicional reverência e obediência.” Palavras de um santo Pontífice.   Um sentimento de profunda gratidão e reconhecimento de suas virtudes e dotes pessoais  como Sumo Pontífice foi o que marcou a avalanche de mensagens de afeto e gratidão vindas a Roma de todas as partes do planeta. Só para citar algumas: a carta escrita pelos Cardeais a Bento XVI, assinada e entregue a ele pelo Decano do Sacro Colégio Card. Sodano, os episcopados do mundo inteiro, entre os quais a nossa CNBB. Fora da Igreja Católica: a mensagem do arcebispo ortodoxo  de Constantinopla, Bartolomeu, e do metropolita Hilarion de Moscou; o secretário-geral do Conselho Mundial das Igrejas Fykse, o rabino-chefe de Israel, Metzger, o grão imã, do Islam sunita, o presidente israelita Shimon Peres; o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente dos Estados Unidos e sua mulher, o rei Juan Carlos, ressaltando a relação especial do Papa com a Espanha. O jornal do Vaticano fala, por último, de vários países da América Latina, sem citar especificamente algum.   Nosso reitor-mor, padre Pascual Chávez, dirigiu emocionada mensagem a toda a Família Salesiana, da qual distinguimos o seguinte trecho: “Ainda que profundamente surpresos pela decisão do Santo Padre de apresentar sua renúncia de continuar na guia da Barca de Pedro e na confirmação de seus irmãos na fé, por meio do anúncio do Evangelho, seu testemunho de vida, seu sofrimento e sua oração – nos tornam edificados  por este gesto exemplar e profético. Sua decisão é fruto de oração e sinal exemplar de obediência a Deus! Trata-se mais uma vez de um traço característico seu: a humildade que o torna livre perante Deus e os homens, e mostra claramente seu sentido de responsabilidade. Enquanto – como teria feito Dom Bosco – exprimimos ao Santo Padre toda nossa gratidão pela generosidade com que serviu à Igreja e fez sentir sua paternidade relativamente à nossa Família, o acompanharemos nesta nova fase de sua vida com nosso grande afeto e nossa oração.”   Os oito anos do pontificado do grande papa, teólogo esclarecido e pastor humilde - desde a eleição - marcam de dor e glória a bimilenar história da Igreja de Jesus.   Dom Edvaldo G. Amaral é  arcebispo emérito de Maceió, AL
Durante a reunião do Conselho Permanente, na tarde desta quarta-feira, dia 06 de março, o bispo auxiliar de Aparecida, SP, Dom Darci José Nicioli, apresentou aos bispos o projeto da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A proposta foi elaborada em conjunto pela Arquidiocese de Aparecida e Santuário Nacional, a pedido do cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.   A programação, que já começou e deverá se estender até o ano de 2017, busca promover a evangelização e reavivar o sentimento de corpo eclesial no país, pela devoção a Nossa Senhora Aparecida, a partir do Santuário e das Igrejas Particulares. “Nosso povo tem grande devoção à Mãe de Deus. A oportunidade deste jubileu deve favorecer o agir missionário, o kerigma e o aprofundamento da fé”, afirmou Dom Darci.   A temática das novenas oficiais da Padroeira do Brasil, entre 2012 e 2015, são os mistérios do rosário. Em 2016, a proposta é de que seja refletido “Os rostos do Brasil – O Brasil se encontra em Aparecida”. No ano de 2017, em sintonia com o Santuário de Fátima – que celebra os 100 anos das aparições de Maria – as cerimônias ganharão caráter internacional.   Também há o desejo de se realizar uma peregrinação com a imagem da padroeira do Brasil pelas capitais do país, e uma conferência teológica sobre Nossa Senhora em Aparecida, no ano de 2017. “300 anos de bênçãos: esse será o lema das comemorações!”, afirmou Dom Darci. O projeto está aberto a sugestões e será oficialmente apresentado ao episcopado brasileiro na próxima Assembleia Geral dos Bispos, em abril.   CNBB
Quarta, 20 Fevereiro 2013 14:46

Arquidiocese de Natal sedia o lançamento da CF 2013

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No ano em que  a Jornada Mundial da Juventude é realizada no Brasil a Campanha da Fraternidade (CF) de 2013 vem com o tema: Fraternidade e Juventude e o lema: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8) e se propõe a olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades, para entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas, além de fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios.   Nos dias 14 e 15 de fevereiro, a terra berço da Campanha da Fraternidade, recebeu autoridades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o núncio apostólico no Brasil (representante do papa), Dom Giovanni D’Aniello, além de vários bispos da região Nordeste. No dia 14, toda a programação realizou-se em Nísia Floresta, RN, onde os bispos visitaram tanto o município como a comunidade Timbó. Já no dia 15 a programação foi em Natal, no Centro de Convenções, Via Costeira, onde foi realizado um seminário com a temática: “Igreja: fundamento de fraternidade”.   Cerca de 2.000 pessoas participaram do seminário; entre grupos, caravanas juvenis, não só de Natal, mas de cidades do Interior e estados vizinhos. A solenidade foi iniciada com o lançamento do Documentário dos 50 anos de CF e continuou com a programação durante todo o dia, com palestras que abordaram aspectos históricos da CF. Dunga, missionário da Canção Nova, foi um dos palestrantes do dia e abordou o tema da Campanha deste ano “Fraternidade e Juventude”. Em sua fala Dunga disse que a nossa igreja precisa acolher melhor os jovens, principalmente os que virão para a JMJ2013 No período da tarde padre Fábio de Melo falou sobre o lema da Campanha 2013: “Eis-me aqui, envia-me”. Após a palestra, ele realizou um show com sua banda, no encerramento celebrativo da programação, levando a todos muita emoção e fé.   Concelebração   Às 19h, do dia 15, ocorreu a Concelebração de abertura da Campanha da Fraternidade 2013 na Catedral Metropolitana de Natal. Logo no início os jovens da Pastoral da Juventude realizaram uma apresentação retratando a realidade dos jovens nos dias de hoje, trazendo um momento de reflexão para todos.   O celebrante, Dom Leonardo Steiner, disse em sua homilia, que somos todos aprendizes e fazedores da vontade do Pai, que somos protagonistas da civilização do amor e disse ainda: “Vivam com Jesus, Testemunhem o Jesus!” e incentivou todos a falarem: “Eis-me aqui, envia-me!”. Após a celebração todos continuaram na catedral para participar da vigília e adoração, que contou com a presença da cantora Eliana Ribeiro, da Comunidade Canção Nova.     Vários jovens participaram do momento inicial da vigília, trazendo para o altar, como oferta, o que representa a juventude católica. A palavra de Deus foi a primeira a entrar, com muita alegria, demonstrando que a juventude se firma cada vez mais na escritura bíblica, em seguida trouxeram as réplicas dos símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, em seguida entraram trazendo os símbolos de cada movimento, grupos de jovens, grupos de oração em que a juventude está inserida na cidade. Por fim, e mais importante, entrou o Santíssimo Sacramento, que ficou exposto no Altar para ser adorado diante de tantos jovens que, com muito fervor, clamavam por misericórdia, pela paz do mundo inteiro, pelo amor fraterno entre as nações e tantos outros motivos que existem.   Coletiva   Ao mesmo tempo em que as palestras eram realizadas no salão nobre do Centro de Convenções, em uma sala reservada, houve uma coletiva de imprensa com Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, e também com Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão para a Juventude da CNBB e bispo auxiliar de Campo Grande, MS.   Assista à entrevista realizada com Dom Eduardo Pinheiro na Vigilia de lançamento da Campanha da Fraternidade.     Dom Leonardo Steiner, explicou que o objetivo geral da campanha é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz..   O presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, destacou que a renovação da Igreja Católica está intrinsecamente ligada à juventude. “Temos que perceber o jovem cada vez mais engajado no processo de renovação da igreja. É bom pensarmos o jovem como presente, no sentido de dom, mas também como presente, no sentido temporal, pois o jovem não é o futuro e, sim, o presente da sociedade”.   Carta de Dom Giovan D’ Aniello   O vigário-geral da Arquidiocese de Natal, padre Edilson Nobre, durante a solenidade de lançamento da CF leu uma carta enviada pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’aniello, em razão dos 50 anos da CF. Na carta, Dom Giovani agradece pelo convite de participar do lançamento e  fala sobre este momento em que vivemos. “Além de ser um momento comemorativo, será também de revisão da Campanha da Fraternidade, frisando a necessidade de um aprimoramento do conteúdo da Campanha para que esta possa ser sempre mais um “forte poder de evangelização”.   O vigário-geral falou também sobre a importância da participação dos jovens na JMJ como testemunhas vivas do Cristo. “Esse tema é para ser refletido e meditado: fazer discípulos e chamar outras pessoas para a comunhão e o convívio com o Senhor. Esse mandato, essa missão já esta anunciada nos Evangelhos. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem convive com o Senhor”.   História   A Campanha da fraternidade foi uma das primeiras ações realizadas pela Arquidiocese de Natal que rapidamente se expandiu e hoje é realizada, anualmente, por todas as Dioceses e Arquidioceses do Brasil. A primeira Campanha foi realizada no município de Nísia Floresta, na comunidade rural Timbó, no dia 8 de abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales.   Niely Silva  
Terça, 12 Fevereiro 2013 13:45

Cinquenta anos de fraternidade

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  Há 50 anos, sob os ventos renovadores do Concílio Vaticano II e atendendo ao clamor por maior justiça social, nascia no Brasil a Campanha da Fraternidade.   Em 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, tem início a Campanha da Fraternidade 2013. Além da grande relevância do tema proposto para o momento atual – Fraternidade e Juventude –, a CF 2013 tem também uma importância histórica: são celebrados os 50 anos desta ação evangelizadora e social promovida pela Igreja no Brasil. A origem da Campanha da Fraternidade está na Arquidiocese de Natal. Por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales, foi realizada na Quaresma de 1962 uma campanha de solidariedade em favor das obras sociais da Igreja, em especial no município de Nísia Floresta, RN. A proposta do bispo aos cristãos, feita em entrevista às emissoras de rádio locais, era simples e precisa: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever, um dever elementar do cristão”. No ano seguinte, já sob a influência das reflexões realizadas no Concílio Vaticano II, que propunham uma nova atitude da Igreja e dos católicos diante da realidade social, a campanha foi adotada por 19 dioceses do Nordeste. E em 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumiu a Campanha da Fraternidade como ação em âmbito nacional.  
Terça, 12 Fevereiro 2013 13:30

Um ano para acolher a juventude com fé e esperança

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  A Igreja Católica no Brasil tem uma história de trabalho com e para a juventude. Mas este ano de 2013 será marcado por uma maior aproximação da Igreja com os jovens e pela oportunidade de colaborar para que “os jovens se tornem agentes de um mundo novo”. É o que afirma nesta entrevista ao Boletim Salesianoo padre Luiz Carlos Dias, responsável pela Campanha da Fraternidade no Secretariado Geral da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).   Boletim Salesiano – Qual é a importância de uma Campanha da Fraternidade com o tema juventude nesse momento? Pe. Luiz Carlos Dias – Nesse ano a Igreja tem a oportunidade de se aproximar da juventude com uma ação evangelizadora eficaz, pois tem encontrado dificuldade nesse trabalho. No entanto, os jovens estão entre as opções preferenciais da Igreja, que em passado recente desenvolveu projetos marcantes com a juventude, como: a Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JIC, JOC, JUC), os encontros de jovens, as PJs etc. No atual contexto, os jovens precisam ser acolhidos, compreendidos e auxiliados, pois algumas instituições, até pouco tempo importantes para os jovens, encontram-se fragilizadas. A família está fragmentada; a escola nem sempre forma, se contenta mais em informar; as políticas públicas ainda não atendem as grandes necessidades dos jovens e temos uma grande massa em difíceis situações sociais, vítimas de violências e mortes. Enfim, muitos são os desafios no trabalho com os jovens, mas o Senhor providenciou este ano para que nossos olhares se voltem para a juventude e possamos contribuir para que eles, com a sua fé e a esperança que os caracteriza, possam ter as condições necessárias para viver e edificar um mundo novo.  
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:52

Biblioteca dos Papas disponibiliza documentos online

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O Vaticano colocou à disposição dos internautas nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos por meio da rede, informou o jornal “Corriere della Será”.   Os códigos, de enorme valor, estavam na Biblioteca Vaticana, protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos - digitalizados com tecnologia da NASA e organizados em um banco de dados -, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.   Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos causada pelas prolongadas consultas por parte dos especialistas.   O projeto começou a mostrar seus resultados nesta quarta-feira, dia 30, por meio do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em abril de 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.   Os textos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.   A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias.   ANEC  
Internacionais
“Proteger”, defender, “guardar” bem cada pessoa e toda a criação, com grande respeito, amor e ternura: esta a mensagem central da homilia do Papa Francisco na Missa de início do seu ministério petrino, na manhã de 19 de março, na Praça de São Pedro, na festa de São José, patrono da Igreja universal. “Uma coincidência densa de significado” – observou o Papa, que recordou ser esse o nome do seu “venerado Predecessor”: “acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e reconhecimento”. Toda a homilia se concentrou no modo como são José viveu a sua missão de proteger e defender Jesus. “Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.” Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus…no templo de Jerusalém, ele acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria… nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida… assim como também na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus… … José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja… numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu… Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! – sublinhou o Papa. “Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.” Proteger e “guardar” como José – advertiu Papa Francisco, é também “viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus”. Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então tem lugar a destruição, o coração fica ressequido… “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.”   Papa Francisco insistiu: “cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura” São José é homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Neste contexto, o Papa fez uma referência – a única – ao “início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro”, que – reconheceu – “inclui também um poder… Jesus deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata?”  “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Só quem serve com amor é capaz de proteger.” A concluir. Papa Francisco referiu ainda a segunda Leitura, em que São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar». Hoje, em dia, perante tantas nuvens escuras, há muita necessidade de esperança! “Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!”  “Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém!”
Terça, 19 Março 2013 14:48

O Papa Francisco e os Salesianos

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  À medida que se passam os dias, emergem mais e mais episódios e aspectos da figura do Papa Francisco. Muitos deles se ligam ao mundo salesiano. Além da especial devoção a Nossa Sra. Auxiliadora – manifestada todo o dia 24 de cada mês, no Santuário mariano do Bairro Almagro, de Buenos Aires – há outros mais. O novo Papa é também um ex-aluno salesiano.   Em 1949, Jorge Mario Bergoglio frequentou, junto com o irmão menor, o colégio salesiano ‘Wilfrid Barón’, de Ramos Mejía, na classe de 6°B. Recebeu, como prova o elenco dos premiados daquele ano, também o 1º Prêmio de Comportamento e de Religião e Evangelho.   Uma acurada biografia, publicada pelo jornal argentino ‘La Nación’, conta que, além disso, o novo Papa, na idade de 17 anos, teve como Diretor espiritual o P. Enrico Pozzoli SDB, da comunidade salesiana de Almagro, sacerdote que, antes de levar o carisma de Dom Bosco até à Terra do Fogo, deixou nele um sinal indelével. Foi o P. Pozzoli que sugeriu ao jovem Bergoglio viajar até as montanhas de Tandil para recuperar os seus pulmões; foi com ele que o futuro Papa definiu a sua admissão ao seminário de Villa Devoto; e a ele é dedicada uma lembrança no prefácio do primeiro livro escrito pelo Cardeal Bergoglio – Meditações para os religiosos – devido à “forte incidência” que o salesiano exerceu em sua vida, e ao seu “exemplo de serviço eclesial e de consagração religiosa”.   Em Tandil, aos 18 anos, Bergoglio encontrou Roberto Musante, dois anos mais velho, que voltaria a reencontrar em outras ocasiões mais complexas, como quando Bergoglio, no período da ditadura, acolheu três seminaristas do bispo Enrique Angelelli.   Em Tandil, relembra o P. Musante, os dois puderam conhecer-se e falar, não obstante Bergoglio “ficasse antes silencioso e humilde”. Os dois jovens seguiram ao depois caminhos vocacionais diversos. Hoje o P. Musante, feito salesiano, encontra-se em Angola, onde toma conta e educa centenas de jovens no bairro da Lixeira. Bergoglio. ao invés, escolheu seguir Santo Inácio de Loyola.
Quase 1500 pessoas se reuniram no dia 10 de março, na matriz Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, para acompanhar a celebração de Ordenação Diaconal dos, agora, diáconos Permanentes: Aluisio Macedo Rosa (Paróquia Imaculada Conceição); Augusto Rota e José Joanir Alves de Oliveira (Paróquia Nossa Senhor Auxiliadora); e Valdinei Antonio Miranda (Paróquia Senhor Bom Jesus).   A celebração foi presidida por Dom Sergio Arthur Braschi, bispo da Diocese de Ponta Grossa, padres diocesanos e seculares, padres salesianos, diáconos permanentes e candidatos ao diaconato, além das irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria e fiéis. Após a celebração, que durou quase três horas, os novos diáconos recepcionaram os familiares e amigos no salão paroquial da matriz Auxiliadora.   Da Inspetoria Salesiana São Pio X estavam presentes os padres Leo Kieling, José Rodolpho Hess e João Pedro da Silva Peres, além dos padres Ademir Ricardo Cwendrych, Hermínio Tambosi  e Jaime Kniess.   A celebração foi organizada pelas mulheres dos quatro diáconos e marcou a primeira Ordenação de diácono Permanente da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos pontos marcantes da celebração foi a hora do canto da ladainha, durante a qual os diáconos ficaram prostrados de rosto no chão.   Ao término da celebração, os filhos dos diáconos trouxeram objetos que simbolizavam um ponto marcante da vida de seus pais, e suas mulheres junto às mulheres dos diáconos presentes homenagearam Maria Santíssima, que está à frente da caminhada da Família Diaconal da Diocese de Ponta Grossa.   Inspetoria Salesiana São Pio X
Após a eleição do Papa Francisco, o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, transmite à Congregação e à Família Salesiana (FS) uma nova mensagem, que confirma a grande ligação dos Filhos de Dom Bosco com o sucessor de Pedro.   "Tive a graça de estar na Praça de São Pedro repleta por milhares e milhares de pessoas, especialmente de jovens, no momento em que ouvimos a tão esperada mensagem:   “Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio qui sibi nomen imposuit   FRANCISCUM”.   Embora não mencionado entre os “papáveis” – e isto num primeiro momento causou uma certa perplexidade naqueles que não o conheciam –, o acolhimento ao novo sucessor de Pedro não se fez esperar: e a resposta foi um longo aplauso, expressão de uma grande alegria, acompanhada pelas primeiras aclamações: ‘Francesco, Francesco, Francesco, .... ’   Foi mais uma vez o Espírito Santo a guiar os cardeais na eleição do Homem que Deus mesmo havia escolhido para vigário de Cristo.   Unido a todos vós, caros irmãos e irmãs, membros todos da Família Salesiana e jovens, rendo graças e louvores a Deus pelo grandíssimo presente que Ele nos deu na pessoa do cardeal Jorge Mario Bergoglio, Jesuíta, arcebispo de Buenos Aires, que tive a graça de conhecer e com ele tratar pessoalmente na Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano em Aparecida e, posteriormente, por ocasião da beatificação de Zeferino Namuncurá.   A escolha do nome, Francisco, é significativa, porque de certo modo contém alguns dos traços mais característicos da sua pessoa – a simplicidade, a pobreza, a autenticidade – e, ao mesmo tempo, se torna programática porque realça elementos que devem hoje definir o semblante da Igreja e o seu relacionamento com o mundo.   Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito. Convido-vos agora a invocar sobre ele a abundância dos dons do Espírito, a fim de que tenha a Luz com que discernir quanto Deus espera da Sua Igreja hoje, e encontre a energia para o concretizar.   Com espírito de fé, de grande estima e de devoção, acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização.   Padre Pascual Chávez Villanueva SDB Reitor-mor   InfoANS
Quinta, 07 Março 2013 15:29

A Sé Vacante

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A cadeira de Pedro está vazia. Seu último ocupante, nosso querido Bento XVI, às 20 horas do dia 28 de fevereiro, encerrou seu pontificado e recolheu-se ao palácio apostólico de Castelgandolfo, nas vizinhanças de Roma, para meditar e rezar pela Igreja. Esta decisão do Pontífice havia sido tomada após sua viagem ao México e a Cuba.... “depois de ter repetidas vezes examinado a própria consciência diante de Deus” – conscientia mea iterum atque iterum coram Deo explorata. Explicou que pela idade avançada, suas forças não são mais apropriadas “para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho”.   No final do Concistório de 11 de fevereiro, o Santo Padre leu em latim um texto escrito de próprio punho: “Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pelas mãos dos Senhores Cardeais em 19 de abril de 2005. Assim a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado por quem de direito o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice. Agradeço de coração o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso de meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. ” Aos fiéis reunidos na audiência geral das quartas-feiras, ele repetiu: “Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e examinado minha consciência diante de Deus, bem ciente da gravidade de tal ato, mas igualmente ciente de já não ser mais capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o qual jamais lhe deixará faltar orientação e solicitude. Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força  que me proporcionam o amor da Igreja e a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa.” E acrescentou: “Eu sempre soube que naquela barca está o Senhor, e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua, é Dele.” Na despedida aos cardeais, na manhã do dia da renúncia, ele afirmou: “Entre vós, no Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa, ao qual desde hoje prometo minha incondicional reverência e obediência.” Palavras de um santo Pontífice.   Um sentimento de profunda gratidão e reconhecimento de suas virtudes e dotes pessoais  como Sumo Pontífice foi o que marcou a avalanche de mensagens de afeto e gratidão vindas a Roma de todas as partes do planeta. Só para citar algumas: a carta escrita pelos Cardeais a Bento XVI, assinada e entregue a ele pelo Decano do Sacro Colégio Card. Sodano, os episcopados do mundo inteiro, entre os quais a nossa CNBB. Fora da Igreja Católica: a mensagem do arcebispo ortodoxo  de Constantinopla, Bartolomeu, e do metropolita Hilarion de Moscou; o secretário-geral do Conselho Mundial das Igrejas Fykse, o rabino-chefe de Israel, Metzger, o grão imã, do Islam sunita, o presidente israelita Shimon Peres; o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente dos Estados Unidos e sua mulher, o rei Juan Carlos, ressaltando a relação especial do Papa com a Espanha. O jornal do Vaticano fala, por último, de vários países da América Latina, sem citar especificamente algum.   Nosso reitor-mor, padre Pascual Chávez, dirigiu emocionada mensagem a toda a Família Salesiana, da qual distinguimos o seguinte trecho: “Ainda que profundamente surpresos pela decisão do Santo Padre de apresentar sua renúncia de continuar na guia da Barca de Pedro e na confirmação de seus irmãos na fé, por meio do anúncio do Evangelho, seu testemunho de vida, seu sofrimento e sua oração – nos tornam edificados  por este gesto exemplar e profético. Sua decisão é fruto de oração e sinal exemplar de obediência a Deus! Trata-se mais uma vez de um traço característico seu: a humildade que o torna livre perante Deus e os homens, e mostra claramente seu sentido de responsabilidade. Enquanto – como teria feito Dom Bosco – exprimimos ao Santo Padre toda nossa gratidão pela generosidade com que serviu à Igreja e fez sentir sua paternidade relativamente à nossa Família, o acompanharemos nesta nova fase de sua vida com nosso grande afeto e nossa oração.”   Os oito anos do pontificado do grande papa, teólogo esclarecido e pastor humilde - desde a eleição - marcam de dor e glória a bimilenar história da Igreja de Jesus.   Dom Edvaldo G. Amaral é  arcebispo emérito de Maceió, AL
Durante a reunião do Conselho Permanente, na tarde desta quarta-feira, dia 06 de março, o bispo auxiliar de Aparecida, SP, Dom Darci José Nicioli, apresentou aos bispos o projeto da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A proposta foi elaborada em conjunto pela Arquidiocese de Aparecida e Santuário Nacional, a pedido do cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.   A programação, que já começou e deverá se estender até o ano de 2017, busca promover a evangelização e reavivar o sentimento de corpo eclesial no país, pela devoção a Nossa Senhora Aparecida, a partir do Santuário e das Igrejas Particulares. “Nosso povo tem grande devoção à Mãe de Deus. A oportunidade deste jubileu deve favorecer o agir missionário, o kerigma e o aprofundamento da fé”, afirmou Dom Darci.   A temática das novenas oficiais da Padroeira do Brasil, entre 2012 e 2015, são os mistérios do rosário. Em 2016, a proposta é de que seja refletido “Os rostos do Brasil – O Brasil se encontra em Aparecida”. No ano de 2017, em sintonia com o Santuário de Fátima – que celebra os 100 anos das aparições de Maria – as cerimônias ganharão caráter internacional.   Também há o desejo de se realizar uma peregrinação com a imagem da padroeira do Brasil pelas capitais do país, e uma conferência teológica sobre Nossa Senhora em Aparecida, no ano de 2017. “300 anos de bênçãos: esse será o lema das comemorações!”, afirmou Dom Darci. O projeto está aberto a sugestões e será oficialmente apresentado ao episcopado brasileiro na próxima Assembleia Geral dos Bispos, em abril.   CNBB
Quarta, 20 Fevereiro 2013 14:46

Arquidiocese de Natal sedia o lançamento da CF 2013

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No ano em que  a Jornada Mundial da Juventude é realizada no Brasil a Campanha da Fraternidade (CF) de 2013 vem com o tema: Fraternidade e Juventude e o lema: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8) e se propõe a olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades, para entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas, além de fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios.   Nos dias 14 e 15 de fevereiro, a terra berço da Campanha da Fraternidade, recebeu autoridades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o núncio apostólico no Brasil (representante do papa), Dom Giovanni D’Aniello, além de vários bispos da região Nordeste. No dia 14, toda a programação realizou-se em Nísia Floresta, RN, onde os bispos visitaram tanto o município como a comunidade Timbó. Já no dia 15 a programação foi em Natal, no Centro de Convenções, Via Costeira, onde foi realizado um seminário com a temática: “Igreja: fundamento de fraternidade”.   Cerca de 2.000 pessoas participaram do seminário; entre grupos, caravanas juvenis, não só de Natal, mas de cidades do Interior e estados vizinhos. A solenidade foi iniciada com o lançamento do Documentário dos 50 anos de CF e continuou com a programação durante todo o dia, com palestras que abordaram aspectos históricos da CF. Dunga, missionário da Canção Nova, foi um dos palestrantes do dia e abordou o tema da Campanha deste ano “Fraternidade e Juventude”. Em sua fala Dunga disse que a nossa igreja precisa acolher melhor os jovens, principalmente os que virão para a JMJ2013 No período da tarde padre Fábio de Melo falou sobre o lema da Campanha 2013: “Eis-me aqui, envia-me”. Após a palestra, ele realizou um show com sua banda, no encerramento celebrativo da programação, levando a todos muita emoção e fé.   Concelebração   Às 19h, do dia 15, ocorreu a Concelebração de abertura da Campanha da Fraternidade 2013 na Catedral Metropolitana de Natal. Logo no início os jovens da Pastoral da Juventude realizaram uma apresentação retratando a realidade dos jovens nos dias de hoje, trazendo um momento de reflexão para todos.   O celebrante, Dom Leonardo Steiner, disse em sua homilia, que somos todos aprendizes e fazedores da vontade do Pai, que somos protagonistas da civilização do amor e disse ainda: “Vivam com Jesus, Testemunhem o Jesus!” e incentivou todos a falarem: “Eis-me aqui, envia-me!”. Após a celebração todos continuaram na catedral para participar da vigília e adoração, que contou com a presença da cantora Eliana Ribeiro, da Comunidade Canção Nova.     Vários jovens participaram do momento inicial da vigília, trazendo para o altar, como oferta, o que representa a juventude católica. A palavra de Deus foi a primeira a entrar, com muita alegria, demonstrando que a juventude se firma cada vez mais na escritura bíblica, em seguida trouxeram as réplicas dos símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, em seguida entraram trazendo os símbolos de cada movimento, grupos de jovens, grupos de oração em que a juventude está inserida na cidade. Por fim, e mais importante, entrou o Santíssimo Sacramento, que ficou exposto no Altar para ser adorado diante de tantos jovens que, com muito fervor, clamavam por misericórdia, pela paz do mundo inteiro, pelo amor fraterno entre as nações e tantos outros motivos que existem.   Coletiva   Ao mesmo tempo em que as palestras eram realizadas no salão nobre do Centro de Convenções, em uma sala reservada, houve uma coletiva de imprensa com Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, e também com Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão para a Juventude da CNBB e bispo auxiliar de Campo Grande, MS.   Assista à entrevista realizada com Dom Eduardo Pinheiro na Vigilia de lançamento da Campanha da Fraternidade.     Dom Leonardo Steiner, explicou que o objetivo geral da campanha é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz..   O presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, destacou que a renovação da Igreja Católica está intrinsecamente ligada à juventude. “Temos que perceber o jovem cada vez mais engajado no processo de renovação da igreja. É bom pensarmos o jovem como presente, no sentido de dom, mas também como presente, no sentido temporal, pois o jovem não é o futuro e, sim, o presente da sociedade”.   Carta de Dom Giovan D’ Aniello   O vigário-geral da Arquidiocese de Natal, padre Edilson Nobre, durante a solenidade de lançamento da CF leu uma carta enviada pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’aniello, em razão dos 50 anos da CF. Na carta, Dom Giovani agradece pelo convite de participar do lançamento e  fala sobre este momento em que vivemos. “Além de ser um momento comemorativo, será também de revisão da Campanha da Fraternidade, frisando a necessidade de um aprimoramento do conteúdo da Campanha para que esta possa ser sempre mais um “forte poder de evangelização”.   O vigário-geral falou também sobre a importância da participação dos jovens na JMJ como testemunhas vivas do Cristo. “Esse tema é para ser refletido e meditado: fazer discípulos e chamar outras pessoas para a comunhão e o convívio com o Senhor. Esse mandato, essa missão já esta anunciada nos Evangelhos. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem convive com o Senhor”.   História   A Campanha da fraternidade foi uma das primeiras ações realizadas pela Arquidiocese de Natal que rapidamente se expandiu e hoje é realizada, anualmente, por todas as Dioceses e Arquidioceses do Brasil. A primeira Campanha foi realizada no município de Nísia Floresta, na comunidade rural Timbó, no dia 8 de abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales.   Niely Silva  
Terça, 12 Fevereiro 2013 13:45

Cinquenta anos de fraternidade

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  Há 50 anos, sob os ventos renovadores do Concílio Vaticano II e atendendo ao clamor por maior justiça social, nascia no Brasil a Campanha da Fraternidade.   Em 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, tem início a Campanha da Fraternidade 2013. Além da grande relevância do tema proposto para o momento atual – Fraternidade e Juventude –, a CF 2013 tem também uma importância histórica: são celebrados os 50 anos desta ação evangelizadora e social promovida pela Igreja no Brasil. A origem da Campanha da Fraternidade está na Arquidiocese de Natal. Por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales, foi realizada na Quaresma de 1962 uma campanha de solidariedade em favor das obras sociais da Igreja, em especial no município de Nísia Floresta, RN. A proposta do bispo aos cristãos, feita em entrevista às emissoras de rádio locais, era simples e precisa: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever, um dever elementar do cristão”. No ano seguinte, já sob a influência das reflexões realizadas no Concílio Vaticano II, que propunham uma nova atitude da Igreja e dos católicos diante da realidade social, a campanha foi adotada por 19 dioceses do Nordeste. E em 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumiu a Campanha da Fraternidade como ação em âmbito nacional.  
Terça, 12 Fevereiro 2013 13:30

Um ano para acolher a juventude com fé e esperança

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  A Igreja Católica no Brasil tem uma história de trabalho com e para a juventude. Mas este ano de 2013 será marcado por uma maior aproximação da Igreja com os jovens e pela oportunidade de colaborar para que “os jovens se tornem agentes de um mundo novo”. É o que afirma nesta entrevista ao Boletim Salesianoo padre Luiz Carlos Dias, responsável pela Campanha da Fraternidade no Secretariado Geral da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).   Boletim Salesiano – Qual é a importância de uma Campanha da Fraternidade com o tema juventude nesse momento? Pe. Luiz Carlos Dias – Nesse ano a Igreja tem a oportunidade de se aproximar da juventude com uma ação evangelizadora eficaz, pois tem encontrado dificuldade nesse trabalho. No entanto, os jovens estão entre as opções preferenciais da Igreja, que em passado recente desenvolveu projetos marcantes com a juventude, como: a Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JIC, JOC, JUC), os encontros de jovens, as PJs etc. No atual contexto, os jovens precisam ser acolhidos, compreendidos e auxiliados, pois algumas instituições, até pouco tempo importantes para os jovens, encontram-se fragilizadas. A família está fragmentada; a escola nem sempre forma, se contenta mais em informar; as políticas públicas ainda não atendem as grandes necessidades dos jovens e temos uma grande massa em difíceis situações sociais, vítimas de violências e mortes. Enfim, muitos são os desafios no trabalho com os jovens, mas o Senhor providenciou este ano para que nossos olhares se voltem para a juventude e possamos contribuir para que eles, com a sua fé e a esperança que os caracteriza, possam ter as condições necessárias para viver e edificar um mundo novo.  
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:52

Biblioteca dos Papas disponibiliza documentos online

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O Vaticano colocou à disposição dos internautas nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos por meio da rede, informou o jornal “Corriere della Será”.   Os códigos, de enorme valor, estavam na Biblioteca Vaticana, protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos - digitalizados com tecnologia da NASA e organizados em um banco de dados -, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.   Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos causada pelas prolongadas consultas por parte dos especialistas.   O projeto começou a mostrar seus resultados nesta quarta-feira, dia 30, por meio do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em abril de 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.   Os textos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.   A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias.   ANEC