A Associação existe desde 1989 e dela nasceu o projeto Oratório Salesiano Padre Falcone, inaugurado em 8 de dezembro de 1999, celebrando o marco do nascimento da Congregação Salesiana. Situada no bairro periférico Serra Verde, a obra busca formar “bons cristãos e honestos cidadãos” e proporcionar o desenvolvimento humano e comunitário de crianças, adolescentes e jovens que convivem com sérios problemas, entre esses, drogas, alcoolismo, evasão escolar e baixa autoestima.
No espaço - coordenado e mantido pela Associação, em parceria com a Inspetoria São João Bosco -, são oferecidas inúmeras práticas, baseadas no Sistema Preventivo de Dom Bosco, como oficinas de teatro, dança e coral; esportes como a capoeira, o jiu-jitsu e o futebol; além de catequese, grupo de jovens, grupo de oração e clube de mães. Todas as oficinas são orientadas por voluntários jovens ou adolescentes, sendo a maioria formada dentro da própria obra com o carisma salesiano. As atividades são gratuitas e realizadas todos os dias da semana.
Infraestrutura
Atualmente, o oratório atende aproximadamente 300 crianças e adolescentes dos bairros da periferia que o circundam, sendo 180 cadastradas nas atividades diárias. São educandos de famílias em situação de vulnerabilidade social, que contam com um ambiente de qualidade onde são realizadas as reuniões, celebrações, capacitações, comemorações, aulas diversas, oficinas e salão de atividades do oratório. O espaço conta ainda com amplos banheiros, cantina e despensa. Para a parte esportiva, há três quadras de areia equipadas para esportes diversos, com alambrados e redes de proteção, em um total de 1.080 m2.
“Há mais um espaço de 360 m2que será preparado em um futuro próximo, para as crianças abaixo de 10 anos, com um parque infantil equipado com brinquedos diversos”, explica Marcos Flávio de Almeida, coordenador geral do oratório. No último ano, em 2016, foi construído o 2º andar do oratório, para o funcionamento de biblioteca, sala de computação, sala para o bazar e salão de reuniões.
Uma equipe de 14 voluntários e 12 monitores atua na obra, acompanhando os educandos nas diversas atividades socioeducativas e recreativas, além de uma funcionária, formada dentro do carisma salesiano, para a coordenação geral, e os Salesianos de Dom Bosco (SDB) que assessoram, participam, orientam e animam, testemunhando e vivenciando o carisma de Dom Bosco no pátio.
A manutenção da obra é feita por meio de doações mensais e espontâneas de ex-alunos e amigos de Dom Bosco, que de mãos dadas ajudam a dar formação às crianças e jovens atendidos.
Uma obra tipicamente salesiana
Uma grande porcentagem dos frequentadores do Oratório Salesiano Padre Falcone é composta por adolescentes que abandonaram os estudos e se envolveram com atos ilícitos. Essa realidade é fruto da situação precária à qual eles estão expostos e que os deixa sem perspectiva de uma vida digna. Por isso, o trabalho desenvolvido pelos ex-alunos na região, por meio do oratório, é de suma importância para que essas crianças e jovens tenham acesso a um ambiente de educação para os valores cristãos e humanos, capaz de transformar as suas vidas.
“O desenvolvimento de atividades culturais e esportivas dirigidas para crianças e adolescentes empobrecidos ajuda a formar pessoas comprometidas com a ética e com a cidadania”, afirma Marcos Flavio. Ex-aluno salesiano, ele estudou no Instituto Cel. Benjamim Ferreira Guimarães. Hoje é técnico em eletrônica e se dedica à obra social com o desejo de permitir que outros jovens vivenciem o que um dia ele pôde viver em uma casa salesiana. “A gratidão pela educação recebida me fez aprofundar e voltar, como os primeiros 12 antigos alunos que voltaram a Dom Bosco em 1870 com Carlos Gastini”, conta Almeida. “Inicialmente, o motivo era o saudosismo, o churrasco, a festa. E depois um apostolado, ciente que eu poderia ajudar como Dom Bosco queria, me unindo ao ‘vasto movimento de pessoas para a salvação da juventude’”, completa o ex-aluno.