Camarões: detentos aprendem a fazer sabão

Sexta, 09 Setembro 2022 14:56 Escrito por  Agência Info Salesiana
A iniciativa foi idealizada pelo Salesiano Artur Bartol, missionário em Camarões há vários anos. O intuito é que os detentos tenham um meio de sustento quando voltarem à liberdade.


Padre Bartol se dedica ao trabalho pastoral em uma paróquia, ao desenvolvimento de projetos e à educação de crianças e jovens; além disso é capelão da prisão da cidade de Ebolowa. Ali, os detentos vivem em celas superlotadas, possuem muitas necessidades e recebem pouca comida e atenção das autoridades.

Acompanhamento e ajuda são características distintivas do carisma salesiano, herdado do próprio Dom Bosco, que as empregava com os internos da prisão La Generala, em Turim, na Itália. O padre Bartol, por sua vez, ensina os internos a fazer sabão líquido, para que tenham um meio de sustento quando voltarem à liberdade.

Condenados por crimes e delitos diversos, vão de roubo a homicídio, os detentos do presídio vivem em condições muito difíceis. Por isso, qualquer gesto ou atividade que saia da rotina representa um estímulo para eles, que demonstram gratidão por isso.

Os Salesianos que trabalham na prisão não os julgam por seu passado, mas os acompanham no presente e no futuro, ajudando-os e apresentando a beleza do Evangelho.

Portanto, para que possam ganhar a vida honestamente quando saírem da prisão, o padre Bartol apresentou-lhes a arte de fazer sabão, ensinando a produzir o produto em pó e líquido.

“É assim que ajudamos os prisioneiros. Ensinando-os a fazer sabão para que, depois de cumprirem a pena, possam produzi-lo para vender e ganhar a vida com dignidade”, explica o Salesiano.

 

As prisões em Camarões

Em Camarões, assim como ocorre em muitas outras prisões africanas, os presos convivem na mesma cela, independente de seus crimes, sentenças ou idade e em número muito maior do que as mesmas comportam. Essas condições de superlotação, calor e escassez de água e alimentos, torna a vida dos internos difícil e os expõem a doenças.

Ciente disso, o padre Bartol busca, desde o início, não apenas acompanhar os prisioneiros, mas também ajudá-los. Com sua atitude, ele conquistou a confiança dos presos e conseguiu realizar as atividades com eles.

“Organizamos não apenas os cursos de produção de sabão, mas também de alfabetização, porque nem todos sabiam ler e escrever. Durante as férias, ou nos feriados, também organizamos torneios esportivos”, conta o missionário polonês.

Para o projeto de produção de sabão, o padre Bartol solicitou a ajuda de um profissional do setor para organizar um curso completo dentro do presídio. Eles primeiramente explicaram a parte teórica para os internos e depois criaram um laboratório para a parte prática. Os prisioneiros recebem cadernos para anotar as receitas e as proporções para fazer o sabão são medidas em copos, na falta de balanças para conferir os pesos.

Os produtos prontos são embalados e vendidos em recipientes que levam adesivos com os dizeres: “Sabão produzido na prisão de Ebolowa, sob a direção de Dom Bosco”. Com a renda obtida, é possível comprar novos materiais e novos insumos para continuar a produção. Trata-se de um projeto simples, mas muito concreto para os internos, recompensado pela satisfação de vê-los ativos, hoje, mas orientados para um futuro de verdadeira liberdade.


Fonte: Agência Info Salesiana

 

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Última modificação em Sexta, 09 Setembro 2022 15:01

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Camarões: detentos aprendem a fazer sabão

Sexta, 09 Setembro 2022 14:56 Escrito por  Agência Info Salesiana
A iniciativa foi idealizada pelo Salesiano Artur Bartol, missionário em Camarões há vários anos. O intuito é que os detentos tenham um meio de sustento quando voltarem à liberdade.


Padre Bartol se dedica ao trabalho pastoral em uma paróquia, ao desenvolvimento de projetos e à educação de crianças e jovens; além disso é capelão da prisão da cidade de Ebolowa. Ali, os detentos vivem em celas superlotadas, possuem muitas necessidades e recebem pouca comida e atenção das autoridades.

Acompanhamento e ajuda são características distintivas do carisma salesiano, herdado do próprio Dom Bosco, que as empregava com os internos da prisão La Generala, em Turim, na Itália. O padre Bartol, por sua vez, ensina os internos a fazer sabão líquido, para que tenham um meio de sustento quando voltarem à liberdade.

Condenados por crimes e delitos diversos, vão de roubo a homicídio, os detentos do presídio vivem em condições muito difíceis. Por isso, qualquer gesto ou atividade que saia da rotina representa um estímulo para eles, que demonstram gratidão por isso.

Os Salesianos que trabalham na prisão não os julgam por seu passado, mas os acompanham no presente e no futuro, ajudando-os e apresentando a beleza do Evangelho.

Portanto, para que possam ganhar a vida honestamente quando saírem da prisão, o padre Bartol apresentou-lhes a arte de fazer sabão, ensinando a produzir o produto em pó e líquido.

“É assim que ajudamos os prisioneiros. Ensinando-os a fazer sabão para que, depois de cumprirem a pena, possam produzi-lo para vender e ganhar a vida com dignidade”, explica o Salesiano.

 

As prisões em Camarões

Em Camarões, assim como ocorre em muitas outras prisões africanas, os presos convivem na mesma cela, independente de seus crimes, sentenças ou idade e em número muito maior do que as mesmas comportam. Essas condições de superlotação, calor e escassez de água e alimentos, torna a vida dos internos difícil e os expõem a doenças.

Ciente disso, o padre Bartol busca, desde o início, não apenas acompanhar os prisioneiros, mas também ajudá-los. Com sua atitude, ele conquistou a confiança dos presos e conseguiu realizar as atividades com eles.

“Organizamos não apenas os cursos de produção de sabão, mas também de alfabetização, porque nem todos sabiam ler e escrever. Durante as férias, ou nos feriados, também organizamos torneios esportivos”, conta o missionário polonês.

Para o projeto de produção de sabão, o padre Bartol solicitou a ajuda de um profissional do setor para organizar um curso completo dentro do presídio. Eles primeiramente explicaram a parte teórica para os internos e depois criaram um laboratório para a parte prática. Os prisioneiros recebem cadernos para anotar as receitas e as proporções para fazer o sabão são medidas em copos, na falta de balanças para conferir os pesos.

Os produtos prontos são embalados e vendidos em recipientes que levam adesivos com os dizeres: “Sabão produzido na prisão de Ebolowa, sob a direção de Dom Bosco”. Com a renda obtida, é possível comprar novos materiais e novos insumos para continuar a produção. Trata-se de um projeto simples, mas muito concreto para os internos, recompensado pela satisfação de vê-los ativos, hoje, mas orientados para um futuro de verdadeira liberdade.


Fonte: Agência Info Salesiana

 

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