Inspirado no ateliê de Madre Mazzarello, cofundadora da obra salesiana que ensinava o ofício da costura às meninas em Mornese, o projeto “Costura Criativa” traz pelo segundo ano consecutivo, uma proposta pedagógica leve, dinâmica e totalmente alinhada às metodologias ativas.
A oficina, conduzida pela professora de Artes, Adeilce Muniz, transforma a sala de aula em um circuito criativo onde cada etapa convida o estudante a aprender fazendo, desde a modelagem, passando pelo corte, costura e customização. “A atividade promove um circuito com os alunos, onde eles aprendem todas as etapas para confecção de uma ecobag”, explica a docente.
Segundo ela, o objetivo é permitir que os estudantes vivenciem o processo completo, conceito central da proposta original, ao mesmo tempo em que desenvolvem múltiplas competências.
Já o encantamento aparece rápido, sobretudo entre aqueles que nunca haviam sequer tocado em uma máquina de costura. “É uma experiência maravilhosa. Muitos deles nunca costuraram antes. Quando começam e veem do outro lado a costura saindo certinha, ficam encantados”, relata Adeilce.
A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental II, Priscila Sousa, reforça que todo o projeto é estruturado a partir da metodologia ativa de rotação por estações. Cada estação desenvolve uma habilidade específica: cálculo de tecido, recorte, aproveitamento de material, acabamento artístico, psicomotricidade envolvida na costura. Quando o aluno rotaciona, ele potencializa habilidades e identifica em qual delas deseja se aprofundar, mas pode passar por todas”, explica Priscila.
O projeto acontece no mês de novembro em sintonia com os 148 anos do envio das os primeiras Filhas de Maria Auxiliadora a América do Sul. Um marco significativo da história salesiana “Trazemos a oficina de costura como gesto simbólico, porém com uma abordagem muito mais ampla, envolvendo meninos e meninas, metodologias ativas e um olhar didático atualizado”, completa.
As ecobags produzidas pelos estudantes serão expostas na Feira de Africanidades ainda este mês, celebrando o processo criativo, o aprendizado coletivo e a tradição salesiana reinventada com protagonismo estudantil.
Por: Alysson Nogueira
