Beit Gemal, com o seu “lugar santo” - que conserva a memória do primeiro túmulo do Protomártir diácono Santo Estêvão e o túmulo do venerável Simão Srugi, SDB, de Nazaré - é sobretudo a meta de muitas centenas de judeus que especialmente aos sábados visitam esse Santuário e têm a possibilidade de um encontro com os Salesianos que de boa vontade os acolhem e respondem, em sua língua, às perguntas que fazem sobre Santo Estêvão, sobre Jesus, sobre Dom Bosco, sobre a Vida Consagrada; assuntos que para eles constituem aquele mundo um tanto indecifrável que se chama Igreja Católica, ou Cristianismo.
Sim, Beit Gemal é um ponto de encontro e de diálogo, simples se quiser, não acadêmico, mas pequena parte daquele diálogo entre a Igreja e o Hebraísmo que a Santa Sé não se cansa de encorajar, como se deu também recentemente com a difusão, no dia 10 de dezembro de 2015, das “Reflexões sobre questões teológicas atinentes às relações católico-hebraicas”, sobre o tema “Por que os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Rm 11,29).
“Este importante ministério de diálogo hebreu\cristão, que se realiza em Beit Gemal, é um precioso espaço de reflexão para a Terra Santa, confirma o padre Stefano Martoglio, conselheiro geral para a região salesiana do Oriente Médio. Um lugar em que se cultiva a memória dos santos, no túmulo de Santo Estêvão, e a Palavra de Deus. Um testemunho de paz e de convivência, importante para uma terra tão feraz em fermentos e divisões. A beleza do lugar muito ajuda a recolher-se e a distender as almas”.
“No diálogo hebreu-cristão há um liame único e peculiar, em virtude das raízes hebraicas do cristianismo: judeus e cristãos devem portanto sentir-se irmãos”, confirmou, no último domingo, 17 de janeiro, o Papa Francisco ao visitar à sinagoga de Roma.