Vaticano reconhece o martírio de nove salesianos poloneses

Sexta, 24 Outubro 2025 12:13 Escrito por  Com informações Canção Nova e Agência Info Salesiana
A aprovação dos novos mártires ocorreu durante uma audiência com o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, nesta sexta-feira, 24 de outubro.


O Papa Leão XIV autorizou, nesta sexta-feira, 24 de outubro, a promulgação dos decretos relativos ao martírio de nove salesianos poloneses, mortos por ódio à fé entre 1941 e 1942, nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, e de dois sacerdotes diocesanos da antiga Tchecoslováquia, assassinados entre 1951 e 1952 em consequência da perseguição à Igreja Católica pelo regime comunista que passou a controlar o país após a Segunda Guerra Mundial.

 

Durante o período nazista, todos eles realizaram seu ministério na Polônia, engajados em atividades pastorais ou de ensino; oito deles pertenciam à Província de "São Jacinto" de Cracóvia da diocese de Cracóvia e foram presos, torturados e mortos no campo de concentração de Auschwitz; Franciszek Miska pertencia à Província de "Santo Alberto de Piła" da diocese de Włocławek, morreu na Alemanha no campo de concentração de Dachau.

 

 

Conheça cada um deles

 

1. Padre Ignacy Antonowicz, 51 anos, professor e diretor do Estudantado Teológico Salesiano de Cracóvia. Faleceu em Auschwitz, no dia 21 de Julho de 1941, em consequência de maus-tratos.

 

2. Padre Karol Golda, 27 anos, o mais jovem do grupo, professor de Teologia no Instituto Salesiano de Oświęcim (cidade conhecida pelo nome alemão de Auschwitz). Foi fuzilado em 14 de maio de 1942 em Auschwitz, porque tinha ouvido confissões de dois soldados alemães.

 

3. Padre Włodzimierz Szembek, 59 anos, que entrou na vida religiosa em idade madura e foi ordenado sacerdote aos 51 anos, vigário paroquial em Skawa. Faleceu em Auschwitz em 7 de setembro de 1942 em consequência de maus-tratos.

 

4. Em 27 de junho de 1941, foi assassinado em Auschwitz, o padre Franciszek Harazim, de 56 anos. Era diretor do ginásio de Oświęcim e professor de Teologia no seminário maior salesiano de Cracóvia.

 

5. Padre Ludwig Mroczek, de 36 anos, era empenhado em atividades pastorais em várias paróquias, a última em Czestochowa. Morreu em Auschwitz em 5 de janeiro de 1942 como resultado de tortura.

 

6. Padre Jan Świerc, 74 anos, o mais velho e líder do grupo. Era diretor do Estudantado Teológico Salesiano e pároco de Cracóvia. Foi assassinado em 21 de julho de 1941 em Auschwitz.

 

7. Padre Ignacy Dobiasz, de 71 anos, confessor e colaborador paroquial em Cracóvia. Morreu em Auschwitz em 27 de junho de 1941 por causa de maus-tratos e trabalho desumano.

 

8. Padre Kazimierz Wojciechowski, de 37 anos. Era professor de música e matemática, diretor do oratório e da Associação da Juventude Católica em Cracóvia, morto em Auschwitz em 27 de junho de 1941.

 

9. Padre Franciszek Miska, 43 anos, natural da Alta Silésia, pároco e diretor do Instituto Salesiano de Ląd, que a Gestapo transformou em prisão para os sacerdotes das dioceses de Włocławek e Gniezno-Poznań. Morreu de fome em 30 de maio de 1941 no campo de concentração de Dachau.

Vidas virtuosas

Para todos os Servos de Deus está provada a aceitação heroica do martírio. Naquele clima de perseguição à Igreja, eles estavam conscientes de que estavam em perigo. Outros padres já haviam sido presos e mortos.

Embora a família e os amigos os tivessem aconselhado a deixar o país, eles permaneceram próximos dos fiéis e, especialmente, dos jovens, que continuaram a seguir com prudência e serenidade.

Durante a prisão e até no momento da morte, depois de abusos de todos os tipos, eles mantiveram a fé, abandonando-se no Senhor. Nenhum deles mostrou ressentimento em relação aos torturadores e, em alguns casos, palavras de perdão foram ditas a eles. O martírio foi o ápice de suas vidas virtuosas vividas a serviço de Deus e na fidelidade ao carisma salesiano.

"Para a Congregação Salesiana, para toda a Família Salesiana, para a Igreja de Deus na Polônia, é uma notícia que enche o coração de alegria neste Ano Santo da Esperança", recorda o postulador geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, padre Cameroni.

 

Por: Com informações Canção Nova e Agência Info Salesiana

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Última modificação em Sexta, 24 Outubro 2025 12:27

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Vaticano reconhece o martírio de nove salesianos poloneses

Sexta, 24 Outubro 2025 12:13 Escrito por  Com informações Canção Nova e Agência Info Salesiana
A aprovação dos novos mártires ocorreu durante uma audiência com o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, nesta sexta-feira, 24 de outubro.


O Papa Leão XIV autorizou, nesta sexta-feira, 24 de outubro, a promulgação dos decretos relativos ao martírio de nove salesianos poloneses, mortos por ódio à fé entre 1941 e 1942, nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, e de dois sacerdotes diocesanos da antiga Tchecoslováquia, assassinados entre 1951 e 1952 em consequência da perseguição à Igreja Católica pelo regime comunista que passou a controlar o país após a Segunda Guerra Mundial.

 

Durante o período nazista, todos eles realizaram seu ministério na Polônia, engajados em atividades pastorais ou de ensino; oito deles pertenciam à Província de "São Jacinto" de Cracóvia da diocese de Cracóvia e foram presos, torturados e mortos no campo de concentração de Auschwitz; Franciszek Miska pertencia à Província de "Santo Alberto de Piła" da diocese de Włocławek, morreu na Alemanha no campo de concentração de Dachau.

 

 

Conheça cada um deles

 

1. Padre Ignacy Antonowicz, 51 anos, professor e diretor do Estudantado Teológico Salesiano de Cracóvia. Faleceu em Auschwitz, no dia 21 de Julho de 1941, em consequência de maus-tratos.

 

2. Padre Karol Golda, 27 anos, o mais jovem do grupo, professor de Teologia no Instituto Salesiano de Oświęcim (cidade conhecida pelo nome alemão de Auschwitz). Foi fuzilado em 14 de maio de 1942 em Auschwitz, porque tinha ouvido confissões de dois soldados alemães.

 

3. Padre Włodzimierz Szembek, 59 anos, que entrou na vida religiosa em idade madura e foi ordenado sacerdote aos 51 anos, vigário paroquial em Skawa. Faleceu em Auschwitz em 7 de setembro de 1942 em consequência de maus-tratos.

 

4. Em 27 de junho de 1941, foi assassinado em Auschwitz, o padre Franciszek Harazim, de 56 anos. Era diretor do ginásio de Oświęcim e professor de Teologia no seminário maior salesiano de Cracóvia.

 

5. Padre Ludwig Mroczek, de 36 anos, era empenhado em atividades pastorais em várias paróquias, a última em Czestochowa. Morreu em Auschwitz em 5 de janeiro de 1942 como resultado de tortura.

 

6. Padre Jan Świerc, 74 anos, o mais velho e líder do grupo. Era diretor do Estudantado Teológico Salesiano e pároco de Cracóvia. Foi assassinado em 21 de julho de 1941 em Auschwitz.

 

7. Padre Ignacy Dobiasz, de 71 anos, confessor e colaborador paroquial em Cracóvia. Morreu em Auschwitz em 27 de junho de 1941 por causa de maus-tratos e trabalho desumano.

 

8. Padre Kazimierz Wojciechowski, de 37 anos. Era professor de música e matemática, diretor do oratório e da Associação da Juventude Católica em Cracóvia, morto em Auschwitz em 27 de junho de 1941.

 

9. Padre Franciszek Miska, 43 anos, natural da Alta Silésia, pároco e diretor do Instituto Salesiano de Ląd, que a Gestapo transformou em prisão para os sacerdotes das dioceses de Włocławek e Gniezno-Poznań. Morreu de fome em 30 de maio de 1941 no campo de concentração de Dachau.

Vidas virtuosas

Para todos os Servos de Deus está provada a aceitação heroica do martírio. Naquele clima de perseguição à Igreja, eles estavam conscientes de que estavam em perigo. Outros padres já haviam sido presos e mortos.

Embora a família e os amigos os tivessem aconselhado a deixar o país, eles permaneceram próximos dos fiéis e, especialmente, dos jovens, que continuaram a seguir com prudência e serenidade.

Durante a prisão e até no momento da morte, depois de abusos de todos os tipos, eles mantiveram a fé, abandonando-se no Senhor. Nenhum deles mostrou ressentimento em relação aos torturadores e, em alguns casos, palavras de perdão foram ditas a eles. O martírio foi o ápice de suas vidas virtuosas vividas a serviço de Deus e na fidelidade ao carisma salesiano.

"Para a Congregação Salesiana, para toda a Família Salesiana, para a Igreja de Deus na Polônia, é uma notícia que enche o coração de alegria neste Ano Santo da Esperança", recorda o postulador geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, padre Cameroni.

 

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