Setembro amarelo: professora do UNISAL fala sobre a questão do suicídio

Quarta, 04 Setembro 2019 10:40 Escrito por  Nadini Brandão Takaki - UNISAL
A Psicóloga e professora do Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL, Nadini Brandão Takaki, da Unidade Americana, Campus Maria Auxiliadora, preparou um artigo reflexivo sobre o Setembro Amarelo, uma campanha nacional que sensibiliza a sociedade em relação ao suicídio, uma questão de saúde pública. Confira no Boletim Salesiano!


Você sabia que, em média, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo? No Brasil, o suicídio é a terceira causa de mortes em jovens do sexo masculino.

O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, portanto não podemos atribuir-lhe causas específicas ou fornecer respostas simplistas. Se o problema é complexo, não há soluções simples. Há uma série de elementos que precisam ser considerados e cuidados, como a presença de transtornos mentais, aspectos sociais, culturais, entre outros.

Sabemos que homens de 14 a 24 anos e acima dos 70 são a população mais vulnerável, e que indivíduos que já fizeram uma tentativa possuem o dobro de risco de realizar uma nova tentativa. No entanto, é importante saber que pessoas de diferentes classes sociais, idades e gêneros podem ser afetadas.

É por isso que a divulgação de informações corretas, feita de forma cuidadosa e responsável, com o envolvimento de toda a sociedade, é tão importante para a mudança deste quadro.

Existem diversos mitos e informações falsas que dificultam o auxílio às pessoas que se encontram em risco potencial para o suicídio. Frases como “quem quer se matar não avisa”; “é só para chamar atenção”, são um grande equívoco. A crença de que falar sobre o tema estimula as pessoas ao suicídio é parcialmente verdadeira, pois uma divulgação irresponsável pode ser um gatilho para uma tentativa, sim, mas falar sobre o assunto de forma cuidadosa é fundamental e pode salvar vidas.

Muitas vezes, os pensamentos sobre morte passam despercebidos. A pessoa pode não falar diretamente, mas pode se expressar de forma indireta dizendo, por exemplo: “tenho vontade sumir e não voltar mais”, “os outros ficariam melhor sem mim”, “eu sou um peso, seria melhor não existir”, etc.


Você deve prestar atenção aos seguintes sinais:

 

Mudanças drásticas de humor e comportamento

Diminuição do autocuidado (alimentação, higiene, etc)

Isolamento social

Deixar de fazer as coisas que gosta

Situações de ruptura (perdas, separações, desemprego, etc)

Desfazer-se de objetos de estima

Desespero, desamparo, desesperança

Automutilação

Abuso de drogas

O que fazer?

Não tenha medo de falar abertamente sobre o assunto

Escute, não julgue. Lembre-se que a pessoa que pensa em suicídio está sofrendo, ela não quer acabar com a vida e sim com sua dor.

Mesmo que a pessoa peça segredo, não aceite. Disponha-se a ajudá-la a procurar a ajuda especializada de um profissional de saúde mental (psicólogos e psiquiatras)

Restrinja o acesso dessa pessoa a meios letais

Verifique como está a rede de apoio dessa pessoa

Procure um CAPS

Ligue no CVV – 188

Caso se depare com uma pessoa prestes a fazer uma tentativa, chame os bombeiros ou a PM, eles são preparados para lidar com esse tipo de situação. Não tente resolver tudo sozinho!


Nadini Brandão Takaki - UNISAL

 

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Última modificação em Quarta, 04 Setembro 2019 14:24

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Quarta, 04 Setembro 2019 10:40 Escrito por  Nadini Brandão Takaki - UNISAL
A Psicóloga e professora do Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL, Nadini Brandão Takaki, da Unidade Americana, Campus Maria Auxiliadora, preparou um artigo reflexivo sobre o Setembro Amarelo, uma campanha nacional que sensibiliza a sociedade em relação ao suicídio, uma questão de saúde pública. Confira no Boletim Salesiano!


Você sabia que, em média, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo? No Brasil, o suicídio é a terceira causa de mortes em jovens do sexo masculino.

O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, portanto não podemos atribuir-lhe causas específicas ou fornecer respostas simplistas. Se o problema é complexo, não há soluções simples. Há uma série de elementos que precisam ser considerados e cuidados, como a presença de transtornos mentais, aspectos sociais, culturais, entre outros.

Sabemos que homens de 14 a 24 anos e acima dos 70 são a população mais vulnerável, e que indivíduos que já fizeram uma tentativa possuem o dobro de risco de realizar uma nova tentativa. No entanto, é importante saber que pessoas de diferentes classes sociais, idades e gêneros podem ser afetadas.

É por isso que a divulgação de informações corretas, feita de forma cuidadosa e responsável, com o envolvimento de toda a sociedade, é tão importante para a mudança deste quadro.

Existem diversos mitos e informações falsas que dificultam o auxílio às pessoas que se encontram em risco potencial para o suicídio. Frases como “quem quer se matar não avisa”; “é só para chamar atenção”, são um grande equívoco. A crença de que falar sobre o tema estimula as pessoas ao suicídio é parcialmente verdadeira, pois uma divulgação irresponsável pode ser um gatilho para uma tentativa, sim, mas falar sobre o assunto de forma cuidadosa é fundamental e pode salvar vidas.

Muitas vezes, os pensamentos sobre morte passam despercebidos. A pessoa pode não falar diretamente, mas pode se expressar de forma indireta dizendo, por exemplo: “tenho vontade sumir e não voltar mais”, “os outros ficariam melhor sem mim”, “eu sou um peso, seria melhor não existir”, etc.


Você deve prestar atenção aos seguintes sinais:

 

Mudanças drásticas de humor e comportamento

Diminuição do autocuidado (alimentação, higiene, etc)

Isolamento social

Deixar de fazer as coisas que gosta

Situações de ruptura (perdas, separações, desemprego, etc)

Desfazer-se de objetos de estima

Desespero, desamparo, desesperança

Automutilação

Abuso de drogas

O que fazer?

Não tenha medo de falar abertamente sobre o assunto

Escute, não julgue. Lembre-se que a pessoa que pensa em suicídio está sofrendo, ela não quer acabar com a vida e sim com sua dor.

Mesmo que a pessoa peça segredo, não aceite. Disponha-se a ajudá-la a procurar a ajuda especializada de um profissional de saúde mental (psicólogos e psiquiatras)

Restrinja o acesso dessa pessoa a meios letais

Verifique como está a rede de apoio dessa pessoa

Procure um CAPS

Ligue no CVV – 188

Caso se depare com uma pessoa prestes a fazer uma tentativa, chame os bombeiros ou a PM, eles são preparados para lidar com esse tipo de situação. Não tente resolver tudo sozinho!


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