Laura, flor dos Andes

Terça, 21 Janeiro 2020 17:05 Escrito por  Ir. Cristina Schorck, FMA
Ir. Cristina Schorck, FMA, escreveu essa poesia por ocasião da inauguração da Biblioteca Laura Vicuña do Colégio Auxiliadora de Campos Novos, SC. Publicamos neste mês em que é celebrada a memória da Beata Laura Vicuña, em 22 de janeiro, para que os leitores possam conhecer mais sobre sua história e exemplo de vida.  

Menina do meu continente

Laura Vicuña aqui te honramos

Modelo de aluna salesiana

Teu nome cantamos

 

Nascida no Chile

Na Argentina veio morar

Depois da morte triste do pai

A coragem da mãe vamos relembrar

 

Dona Mercedes mulher forte

Tinha duas filhas para sozinha criar

Com Júlia Amanda e Laura bem pequena ainda

A cordilheira dos Andes teve que atravessar

 

Chegando à Argentina

Um bom colégio encontrou

As duas meninas acolhidas foram

Pelo Auxiliadora Laura se encantou

 

Mas a pobre mulher sozinha

Em uma fazenda foi trabalhar

Mal sabia ela que a tristeza

Ali iria encontrar

 

Manoel Moura era o dono

Desta fazenda sem par

Lugar de domar cavalos e muita fartura

Mas para o amor não tinha lugar

 

Cruel homem a faz muito sofrer

E Laura mais crescidinha percebe

A tristeza da mãe aflita

Que com Manoel amor nenhum consegue

 

No colégio Laura se dedica

É uma aluna por todas estimada

Merceditas é sua grande amiga

Pelas Irmãs é muito amada

 

É feliz no grupo das Filhas de Maria

Para a 1ª Eucaristia se prepara também

Mantém o coração unido a Jesus

Ele é o amigo que tudo sustém

 

Nunca passar indiferente

Perto de ninguém é o seu lema

Sou contente por ser filha de Maria

Quem está com Jesus nada tema

 

Escuta atenta uma professora

Que lhe dá aulas de religião

E então compreende o perigo que a mãe corre

Se Manoel continuar a ser seu patrão

 

A doce menina aflita

Conta às Irmãs sua tristeza

O carrasco Manoel Moura

É pura rudez e frieza

 

E depois de uma grande enchente

Que o colégio quase destruiu

Laura passa um tempo na fazenda

Ali a dor a seguiu

 

Durante uma festa para amigos

Manoel com a menina quer dançar

A pobrezinha nega uma valsa

E grande foi o seu penar

 

No rosto recebe uma bofetada

Os amigos riem do ocorrido

A mãe chora por ela e pela filha

Manoel não se comporta como bom marido

 

Laura cai muito doente

As Irmãs estão ao seu lado

Por toda a lei manda que chamem a mãe

Para livrá-la do cruel desalmado.

 

A menina fez uma grande oferta

Aceitou Jesus sua oração

“Quero morrer por amor a mamãe”

Para livrá-la da cruel aflição

 

Deixar Manoel era a condição

Para viver com dignidade

A mãe chora e concorda

Laura alcançou sua finalidade

 

Agora vai para o céu

E se despede da mãe e de cada religiosa

Todas choram por sua partida

Nunca se viu flor tão mimosa

 

Ao redor de ti, pequena Laura,

Nos cerramos em fileiras

Tua pureza é como lírio

E para nós é como bandeira

 

Caminhaste entre espinhos

Florescente na piedade

Teu heroico sacrifício

Nos chama à santidade

 

À Mãe Auxiliadora

Te entregaste já criança

O amor que lhe tiveste

Nos dê luz, paz e confiança.

 

Ó lírio dos Andes

A tua virtude, criança tão pura

Nos lembra Jesus que a toda criança

Sempre abraçava com ternura

 

Teu exemplo hoje e sempre

Brique entre os alunos salesianos

Estás conosco Laura ainda hoje

Tua virtude entre os anos.

 

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Última modificação em Terça, 21 Janeiro 2020 17:21

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Laura, flor dos Andes

Terça, 21 Janeiro 2020 17:05 Escrito por  Ir. Cristina Schorck, FMA
Ir. Cristina Schorck, FMA, escreveu essa poesia por ocasião da inauguração da Biblioteca Laura Vicuña do Colégio Auxiliadora de Campos Novos, SC. Publicamos neste mês em que é celebrada a memória da Beata Laura Vicuña, em 22 de janeiro, para que os leitores possam conhecer mais sobre sua história e exemplo de vida.  

Menina do meu continente

Laura Vicuña aqui te honramos

Modelo de aluna salesiana

Teu nome cantamos

 

Nascida no Chile

Na Argentina veio morar

Depois da morte triste do pai

A coragem da mãe vamos relembrar

 

Dona Mercedes mulher forte

Tinha duas filhas para sozinha criar

Com Júlia Amanda e Laura bem pequena ainda

A cordilheira dos Andes teve que atravessar

 

Chegando à Argentina

Um bom colégio encontrou

As duas meninas acolhidas foram

Pelo Auxiliadora Laura se encantou

 

Mas a pobre mulher sozinha

Em uma fazenda foi trabalhar

Mal sabia ela que a tristeza

Ali iria encontrar

 

Manoel Moura era o dono

Desta fazenda sem par

Lugar de domar cavalos e muita fartura

Mas para o amor não tinha lugar

 

Cruel homem a faz muito sofrer

E Laura mais crescidinha percebe

A tristeza da mãe aflita

Que com Manoel amor nenhum consegue

 

No colégio Laura se dedica

É uma aluna por todas estimada

Merceditas é sua grande amiga

Pelas Irmãs é muito amada

 

É feliz no grupo das Filhas de Maria

Para a 1ª Eucaristia se prepara também

Mantém o coração unido a Jesus

Ele é o amigo que tudo sustém

 

Nunca passar indiferente

Perto de ninguém é o seu lema

Sou contente por ser filha de Maria

Quem está com Jesus nada tema

 

Escuta atenta uma professora

Que lhe dá aulas de religião

E então compreende o perigo que a mãe corre

Se Manoel continuar a ser seu patrão

 

A doce menina aflita

Conta às Irmãs sua tristeza

O carrasco Manoel Moura

É pura rudez e frieza

 

E depois de uma grande enchente

Que o colégio quase destruiu

Laura passa um tempo na fazenda

Ali a dor a seguiu

 

Durante uma festa para amigos

Manoel com a menina quer dançar

A pobrezinha nega uma valsa

E grande foi o seu penar

 

No rosto recebe uma bofetada

Os amigos riem do ocorrido

A mãe chora por ela e pela filha

Manoel não se comporta como bom marido

 

Laura cai muito doente

As Irmãs estão ao seu lado

Por toda a lei manda que chamem a mãe

Para livrá-la do cruel desalmado.

 

A menina fez uma grande oferta

Aceitou Jesus sua oração

“Quero morrer por amor a mamãe”

Para livrá-la da cruel aflição

 

Deixar Manoel era a condição

Para viver com dignidade

A mãe chora e concorda

Laura alcançou sua finalidade

 

Agora vai para o céu

E se despede da mãe e de cada religiosa

Todas choram por sua partida

Nunca se viu flor tão mimosa

 

Ao redor de ti, pequena Laura,

Nos cerramos em fileiras

Tua pureza é como lírio

E para nós é como bandeira

 

Caminhaste entre espinhos

Florescente na piedade

Teu heroico sacrifício

Nos chama à santidade

 

À Mãe Auxiliadora

Te entregaste já criança

O amor que lhe tiveste

Nos dê luz, paz e confiança.

 

Ó lírio dos Andes

A tua virtude, criança tão pura

Nos lembra Jesus que a toda criança

Sempre abraçava com ternura

 

Teu exemplo hoje e sempre

Brique entre os alunos salesianos

Estás conosco Laura ainda hoje

Tua virtude entre os anos.

 

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