Uganda: coronavírus causa isolamento e escassez de alimentos aos refugiados

Quinta, 04 Junho 2020 16:23 Escrito por  Agência Info Salesiana
A emergência do coronavírus não é diferente das demais crises: no final das contas, os que mais sofrem são sempre os mais pobres.


Os refugiados estão longe de suas terras natais e sobrevivem graças ao que lhes é dado, sonhando com a paz e a volta para casa. Eles não nasceram pobres e não viviam na pobreza: estudaram, receberam educação... Mas a guerra os levou a precisar fugir para salvar suas vidas, levando apenas as roupas do corpo. Esta é a situação dos mais de 55 mil refugiados que residem no assentamento de Palabek, no Norte de Uganda.

Os salesianos, com cinco missionários, são a única instituição que vive com eles dentro do acampamento. Se o coronavírus chegasse ao local seria uma catástrofe, uma vez que não há recursos médicos para curar a doença. Por esse motivo, desde o início foram tomadas medidas como o confinamento e a proibição de reuniões, além de reorganizar a distribuição de alimentos.

Economistas e analistas globais preveem que milhões de pessoas poderão perder seus empregos e outras formas de segurança por causa desta crise, mas os refugiados já estão sofrendo as consequências da pandemia. Em abril, eles receberam apenas 70% de suas já magras porções mensais de alimentos por pessoa: nove quilos de farinha de milho, seis quilos de feijão, cerca de meio litro de óleo e alguns gramas de sal.

Diante desta situação, na qual a maioria das crianças do assentamento está subnutrida e muitas das mães sofrem de estresse, os salesianos decidiram intervir. A solução encontrada foi cultivar alimentos como cereais, vegetais, sementes de girassol. "Este é um momento no qual precisamos ser muito criativos e inovadores com os refugiados na agricultura. Preparamos hortas e pomares, alugamos terras dos ugandenses e estamos começando a criar aves, porcos e cabras", explicam os missionários.

Com as chuvas, o de que os refugiados mais precisam agora é de sementes e de simples ferramentas manuais.

Como os refugiados dispõem de apenas 30 metros quadrados por casa, com um pequeno jardim anexo, os salesianos os dividiram em grupos e alugaram, para eles, terras dos vizinhos ugandenses. Quando foi preciso, eles também araram a terra.

Com a Escola técnica fechada, um grupo de refugiados aprendeu a costurar máscaras, serviço que permite arrecadar pequenas entradas para ajudar as famílias, além de contribuir para a segurança da comunidade. Nas duas primeiras semanas de atividades, eles já haviam confeccionado 1.500 máscaras de tecido para os refugiados.

Os Salesianos de Palabek são gratos pela ajuda recebida dos ambientes salesianos de todo o mundo. Mas agora precisam de apoio para comprar sementes e ferramentas para continuar ajudando os refugiados.


Fonte: Agência Info Salesiana

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Uganda: coronavírus causa isolamento e escassez de alimentos aos refugiados

Quinta, 04 Junho 2020 16:23 Escrito por  Agência Info Salesiana
A emergência do coronavírus não é diferente das demais crises: no final das contas, os que mais sofrem são sempre os mais pobres.


Os refugiados estão longe de suas terras natais e sobrevivem graças ao que lhes é dado, sonhando com a paz e a volta para casa. Eles não nasceram pobres e não viviam na pobreza: estudaram, receberam educação... Mas a guerra os levou a precisar fugir para salvar suas vidas, levando apenas as roupas do corpo. Esta é a situação dos mais de 55 mil refugiados que residem no assentamento de Palabek, no Norte de Uganda.

Os salesianos, com cinco missionários, são a única instituição que vive com eles dentro do acampamento. Se o coronavírus chegasse ao local seria uma catástrofe, uma vez que não há recursos médicos para curar a doença. Por esse motivo, desde o início foram tomadas medidas como o confinamento e a proibição de reuniões, além de reorganizar a distribuição de alimentos.

Economistas e analistas globais preveem que milhões de pessoas poderão perder seus empregos e outras formas de segurança por causa desta crise, mas os refugiados já estão sofrendo as consequências da pandemia. Em abril, eles receberam apenas 70% de suas já magras porções mensais de alimentos por pessoa: nove quilos de farinha de milho, seis quilos de feijão, cerca de meio litro de óleo e alguns gramas de sal.

Diante desta situação, na qual a maioria das crianças do assentamento está subnutrida e muitas das mães sofrem de estresse, os salesianos decidiram intervir. A solução encontrada foi cultivar alimentos como cereais, vegetais, sementes de girassol. "Este é um momento no qual precisamos ser muito criativos e inovadores com os refugiados na agricultura. Preparamos hortas e pomares, alugamos terras dos ugandenses e estamos começando a criar aves, porcos e cabras", explicam os missionários.

Com as chuvas, o de que os refugiados mais precisam agora é de sementes e de simples ferramentas manuais.

Como os refugiados dispõem de apenas 30 metros quadrados por casa, com um pequeno jardim anexo, os salesianos os dividiram em grupos e alugaram, para eles, terras dos vizinhos ugandenses. Quando foi preciso, eles também araram a terra.

Com a Escola técnica fechada, um grupo de refugiados aprendeu a costurar máscaras, serviço que permite arrecadar pequenas entradas para ajudar as famílias, além de contribuir para a segurança da comunidade. Nas duas primeiras semanas de atividades, eles já haviam confeccionado 1.500 máscaras de tecido para os refugiados.

Os Salesianos de Palabek são gratos pela ajuda recebida dos ambientes salesianos de todo o mundo. Mas agora precisam de apoio para comprar sementes e ferramentas para continuar ajudando os refugiados.


Fonte: Agência Info Salesiana

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