Etiópia: país sofre com doenças, ataques de gafanhotos e conflitos sociais

Quarta, 05 Agosto 2020 12:05 Escrito por  Agência Info Salesiana
Distribuição de alimentos e água potável, de itens sanitários e campanhas de conscientização para prevenir o contágio da Covid-19 são os principais pontos do projeto dos salesianos para ajudar as famílias mais vulneráveis.


A situação atual da Etiópia certamente não é das mais simples: o país sofre com uma emergência sanitária, alimentar e social que piora a cada dia. Os contágios por Covid-19 estão aumentando e o problema se agrava com os focos ativos de outras doenças como cólera, sarampo e malária. Além disso, uma segunda onda de invasão de gafanhotos está destruindo hectares de plantações, enquanto os conflitos entre as comunidades de Oromo e a polícia dificultam a imposição de medidas para a prevenção dos contágios.

A Organização Mundial da Saúde apontou a Etiópia como um dos 13 países africanos com alto risco de propagação da epidemia: os hospitais não estão suficientemente equipados e há falta de médicos e de testes. Além disso, a campanha de conscientização dirigida à população para divulgar as medidas de prevenção dos contágios, se limitou basicamente aos centros habitados, deixando de lado as numerosas áreas periféricas.

Diversos observadores internacionais, como "Human Rights Watch", denunciaram a impossibilidade de milhões de etíopes em acessar as informações básicas para a contenção dos vírus, como higienização das mãos e distanciamento social ou o bloqueio das comunicações telefônicas e da internet. O bloqueio foi realizado pelo governo para favorecer as operações do exército contra os confrontos populares entre a polícia e a comunidade de Oromo, que ocorreram no início de julho na capital Adis Abeba, após o misterioso assassinato de Hachalu Hundessa, famosa cantora e porta voz da comunidade. Os tumultos já provocaram mais de 200 mortes e diversos feridos.

Como se isso não bastasse, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura estima que cerca de 30 mil hectares de terra já estão infestados por gafanhotos.

Os Filhos de Dom Bosco chegaram à Etiópia em 1975 e estão presentes em 14 áreas de cinco regiões: Tigray, Oromia, Adis Abeba, Gambella e a Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul.

Durante esses 45 anos de presença na Etiópia, os missionários salesianos construíram muitas escolas e centros juvenis, cuidando da alfabetização e da educação de milhares de crianças que vivem situações difíceis, além de lutarem contra o tráfico de seres humanos, uma vez que a Etiópia é um país de trânsito migratório no Chifre da África.

Devido à complexa situação, em um país em que mais de 60 milhões de pessoas - cerca de 60% da população – sobrevivem de trabalhos diários, os salesianos resolveram iniciar um único projeto de apoio à população, em particular às famílias dos alunos dos 16 centros de formação profissional e das escolas salesianas que se encontram fechados devido à emergência sanitária.

Distribuição de alimentos e água potável, de itens sanitários e campanhas de conscientização sobre boas práticas para prevenir o contágio são os três pontos principais do projeto para ajudar as famílias mais vulneráveis.


Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quarta, 05 Agosto 2020 12:32

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Etiópia: país sofre com doenças, ataques de gafanhotos e conflitos sociais

Quarta, 05 Agosto 2020 12:05 Escrito por  Agência Info Salesiana
Distribuição de alimentos e água potável, de itens sanitários e campanhas de conscientização para prevenir o contágio da Covid-19 são os principais pontos do projeto dos salesianos para ajudar as famílias mais vulneráveis.


A situação atual da Etiópia certamente não é das mais simples: o país sofre com uma emergência sanitária, alimentar e social que piora a cada dia. Os contágios por Covid-19 estão aumentando e o problema se agrava com os focos ativos de outras doenças como cólera, sarampo e malária. Além disso, uma segunda onda de invasão de gafanhotos está destruindo hectares de plantações, enquanto os conflitos entre as comunidades de Oromo e a polícia dificultam a imposição de medidas para a prevenção dos contágios.

A Organização Mundial da Saúde apontou a Etiópia como um dos 13 países africanos com alto risco de propagação da epidemia: os hospitais não estão suficientemente equipados e há falta de médicos e de testes. Além disso, a campanha de conscientização dirigida à população para divulgar as medidas de prevenção dos contágios, se limitou basicamente aos centros habitados, deixando de lado as numerosas áreas periféricas.

Diversos observadores internacionais, como "Human Rights Watch", denunciaram a impossibilidade de milhões de etíopes em acessar as informações básicas para a contenção dos vírus, como higienização das mãos e distanciamento social ou o bloqueio das comunicações telefônicas e da internet. O bloqueio foi realizado pelo governo para favorecer as operações do exército contra os confrontos populares entre a polícia e a comunidade de Oromo, que ocorreram no início de julho na capital Adis Abeba, após o misterioso assassinato de Hachalu Hundessa, famosa cantora e porta voz da comunidade. Os tumultos já provocaram mais de 200 mortes e diversos feridos.

Como se isso não bastasse, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura estima que cerca de 30 mil hectares de terra já estão infestados por gafanhotos.

Os Filhos de Dom Bosco chegaram à Etiópia em 1975 e estão presentes em 14 áreas de cinco regiões: Tigray, Oromia, Adis Abeba, Gambella e a Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul.

Durante esses 45 anos de presença na Etiópia, os missionários salesianos construíram muitas escolas e centros juvenis, cuidando da alfabetização e da educação de milhares de crianças que vivem situações difíceis, além de lutarem contra o tráfico de seres humanos, uma vez que a Etiópia é um país de trânsito migratório no Chifre da África.

Devido à complexa situação, em um país em que mais de 60 milhões de pessoas - cerca de 60% da população – sobrevivem de trabalhos diários, os salesianos resolveram iniciar um único projeto de apoio à população, em particular às famílias dos alunos dos 16 centros de formação profissional e das escolas salesianas que se encontram fechados devido à emergência sanitária.

Distribuição de alimentos e água potável, de itens sanitários e campanhas de conscientização sobre boas práticas para prevenir o contágio são os três pontos principais do projeto para ajudar as famílias mais vulneráveis.


Fonte: Agência Info Salesiana

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