Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral

Quinta, 01 Setembro 2016 11:46 Escrito por  Zenit e InfoANS
Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral InfoANS
Após quase duas semanas do nascimento do novo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, o Papa Francisco institui oficialmente o ‘Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral’, pelo Moto Próprio «Humanam progressionem», nomeando-lhe como prefeito o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

Trata-se do outro maxiorganismo, fruto do estudo do conselho dos nove cardeais (C9, criado há cerca de três anos), que englobará os seguintes conselhos pontifícios: Justiça e Paz, Cor Unum, Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Pastoral para os Agentes de Saúde. O recém-nascido Dicastério começará seu trabalho em 1° de janeiro de 2017, data em que os já citados quatro conselhos cessarão as suas funções e automaticamente serão suprimidos.

 

No novo Dicastério figura uma seção totalmente dedicada aos migrantes “colocada ‘ad tempus’ diretamente sob a guia do Sumo Pontífice”, como se lê no art. 1 §4 dos Estatutos. É uma decisão inédita que remonta diretamente aos tempos da reforma da Cúria Romana desejada pelo Papa Bv. Paulo VI, quando o Sumo Pontífice mantinha para si as prefeituras do Santo Ofício (atual Congregação para a Doutrina da Fé) e a Congregação para os Bispos.

 

Uma nota da Sala de Imprensa vaticana sublinha que tal seção quer, sobretudo, “expressar de maneira especial a solicitude do Papa para com os refugiados e  migrantes”, o qual fez da acolhida e vizinhança aos refugiados um dos pontos chave do seu Pontificado. “Não pode haver hoje um serviço ao desenvolvimento humano integral sem uma especial atenção ao fenômeno migratório”, que atualmente investe a Europa e especialmente a Itália.

 

“Em todo o seu ser e o seu agir, a Igreja é chamada a promover o desenvolvimento integral do homem à luz do Evangelho”, diz o Motu Proprio, aprovado – junto com o Estatuto 'ad experimentum' – pelo Papa Francisco, no dia 17 de agosto, por proposta do C9. “Tal desenvolvimento se realiza mediante o cuidado pelos bens incomensuráveis da justiça, da paz e da proteção da natureza” , explica o texto. Finalidade do novo Dicastério é “atuar a solicitude da Santa Sé nos mencionados âmbitos, como também naqueles que se referem à saúde e às obras de caridade”.

 

"Ele será especialmente competente nas questões que se referem às migrações, aos necessitados, doentes,  excluídos, marginalizados e às vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, aos detentos,  desempregados e às vítimas de qualquer forma de escravidão e tortura”. Todos esses temas que deverão ser aprofundados “no sulco da Doutrina social da Igreja”, como sublinham os Estatutos. Para tal fim, o organismo “mantém relações com as Conferências Episcopais oferecendo sua colaboração, a fim de que sejam promovidos os valores concernentes à justiça, à paz, ‘nec non’ ao cuidado pela natureza”.

Além daquela para os migrantes, estão no organograma do novo Dicastério a Comissão para a Caridade, a Comissão para a Ecologia e a Comissão para Agentes Sanitários, “as quais operam segundo suas normas” e são presididas pelo prefeito, ou seja, o cardeal Turkson, ex-presidente do Pontifício Conselho ‘Iustitia et Pax’.

 

Zenit e InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Quinta, 01 Setembro 2016 19:47

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Quinta, 01 Setembro 2016 11:46 Escrito por  Zenit e InfoANS
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Após quase duas semanas do nascimento do novo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, o Papa Francisco institui oficialmente o ‘Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral’, pelo Moto Próprio «Humanam progressionem», nomeando-lhe como prefeito o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

Trata-se do outro maxiorganismo, fruto do estudo do conselho dos nove cardeais (C9, criado há cerca de três anos), que englobará os seguintes conselhos pontifícios: Justiça e Paz, Cor Unum, Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Pastoral para os Agentes de Saúde. O recém-nascido Dicastério começará seu trabalho em 1° de janeiro de 2017, data em que os já citados quatro conselhos cessarão as suas funções e automaticamente serão suprimidos.

 

No novo Dicastério figura uma seção totalmente dedicada aos migrantes “colocada ‘ad tempus’ diretamente sob a guia do Sumo Pontífice”, como se lê no art. 1 §4 dos Estatutos. É uma decisão inédita que remonta diretamente aos tempos da reforma da Cúria Romana desejada pelo Papa Bv. Paulo VI, quando o Sumo Pontífice mantinha para si as prefeituras do Santo Ofício (atual Congregação para a Doutrina da Fé) e a Congregação para os Bispos.

 

Uma nota da Sala de Imprensa vaticana sublinha que tal seção quer, sobretudo, “expressar de maneira especial a solicitude do Papa para com os refugiados e  migrantes”, o qual fez da acolhida e vizinhança aos refugiados um dos pontos chave do seu Pontificado. “Não pode haver hoje um serviço ao desenvolvimento humano integral sem uma especial atenção ao fenômeno migratório”, que atualmente investe a Europa e especialmente a Itália.

 

“Em todo o seu ser e o seu agir, a Igreja é chamada a promover o desenvolvimento integral do homem à luz do Evangelho”, diz o Motu Proprio, aprovado – junto com o Estatuto 'ad experimentum' – pelo Papa Francisco, no dia 17 de agosto, por proposta do C9. “Tal desenvolvimento se realiza mediante o cuidado pelos bens incomensuráveis da justiça, da paz e da proteção da natureza” , explica o texto. Finalidade do novo Dicastério é “atuar a solicitude da Santa Sé nos mencionados âmbitos, como também naqueles que se referem à saúde e às obras de caridade”.

 

"Ele será especialmente competente nas questões que se referem às migrações, aos necessitados, doentes,  excluídos, marginalizados e às vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, aos detentos,  desempregados e às vítimas de qualquer forma de escravidão e tortura”. Todos esses temas que deverão ser aprofundados “no sulco da Doutrina social da Igreja”, como sublinham os Estatutos. Para tal fim, o organismo “mantém relações com as Conferências Episcopais oferecendo sua colaboração, a fim de que sejam promovidos os valores concernentes à justiça, à paz, ‘nec non’ ao cuidado pela natureza”.

Além daquela para os migrantes, estão no organograma do novo Dicastério a Comissão para a Caridade, a Comissão para a Ecologia e a Comissão para Agentes Sanitários, “as quais operam segundo suas normas” e são presididas pelo prefeito, ou seja, o cardeal Turkson, ex-presidente do Pontifício Conselho ‘Iustitia et Pax’.

 

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