Testemunhas de Deus entre os mais carentes

Quinta, 13 Outubro 2016 10:30 Escrito por  Com informações InfoANS
Em outubro, Mês das Missões, destacamos cinco entre os muitos exemplos da presença missionária salesiana em todo o mundo.

No domingo, 25 de setembro, na Basílica de Maria Auxiliadora de Turim, Itália, os 46 membros da 147ª Expedição Missionária Salesiana receberam o crucifixo missionário das mãos do reitor-mor dos Salesianos, padre Ángel Fernández Artime, e da madre geral das Filhas de Maria Auxiliadora, irmã Yvonne Reungoat. “Somos herdeiros de uma tradição mais que centenária da nossa Família Salesiana. Sejam anunciadores corajosos da incomensurável misericórdia e gratuidade de Deus, manifestando-a, principalmente, entre os mais pobres e necessitados”, conclamou o reitor-mor. A Santa Missa foi presidida pelo reitor-mor e concelebrada por numerosos sacerdotes salesianos. Também participaram do momento diversos ramos da Família Salesiana.

O grupo de missionários deste ano é composto por 18 salesianos, 19 FMA, oito voluntárias e um voluntário, enviados a testemunhar a misericórdia de Deus aos irmãos em missão ad gentes – fora de seus países de origem.

O envio missionário, realizado anualmente, repete o gesto de Dom Bosco quando, no dia 11 de novembro de 1875, encaminhou os primeiros salesianos à Patagônia, na Argentina. Atualmente, são centenas os missionários e as missionárias da Família Salesiana que, em todas as partes do mundo, levam sua presença educativa e solidária, especialmente às crianças, aos adolescentes e aos jovens mais carentes. A seguir, destacamos apenas cinco depoimentos de missionários, um em cada continente, que representam essa dimensão do carisma salesiano.

 

África

Salesiano dedica a sua vida aos angolanos

Andrés Randisi, 74 anos, vive em Angola há 29. Oriundo da Argentina, desde muito cedo decidiu ser missionário salesiano, dedicando toda a sua vida a educar, oferecendo todos os seus dotes para um melhor porvir para milhares de jovens, primeiro na Argentina, depois na África devastada pelas guerras e pela pobreza. Voltou à Argentina, desta vez para estar ao lado de sua mãe, de 95 anos, que está doente.

Andrés reside em Kalulo, aldeia onde chegou faz pouco mais de um ano, depois de trabalhar em outros povoados de Angola. “Há muitos pássaros e matas, bananais e cafezais. Terra muito rica a de Angola”, assegura. Foi colônia portuguesa até 1975. Embora ali se fale português, nas aldeias predomina o ‘kinbundu’. “Os primeiros 15 anos foram difíceis, sobretudo, por causa da guerra. Éramos dez missionários salesianos ao começarem as obras. Todos estrangeiros. Hoje, somos 125, sendo que 25 vêm de fora e os demais, do lugar e fruto do trabalho: seguem nossos passos e isto é uma bênção de Deus”, conta.

Andrés garante que nunca se arrependeu da vida que escolheu, ainda que o medo às vezes o tivesse feito duvidar, inclusive quando quase perdeu a vida por ter contraído malária cerebral e teve de ficar 30 dias internado. Quando está em Kalulo, Andrés se levanta bem cedo, celebra a Santa Missa e logo inicia a manhã educando, na escola.

O missionário salesiano lembra-se de alguns momentos tristes que teve de atravessar: enterrar os mortos da guerra, porque o povo fugia das vilas; e, quando em uma aldeia que fora incendiada em um combate, deparar-se, depois de dois dias, com uma menina de 7 anos gravemente queimada, agonizante... Puderam resgatá-la, medicá-la, levá-la para um hospital de queimados em outra cidade, onde se recuperou depois de vários meses. “Apenas dois dos momentos duros que me tocaram viver”, garante. Uma vez que sua mãe se restabeleça, voltará para seguir cultivando a esperança de um mundo melhor por entre os seus jovens angolanos.

 

América

Voluntariado jovem no México

Eu me chamo Ana Inés Izquierdo Donato, sou uruguaia, animadora do oratório e ex-aluna salesiana. Em janeiro de 2014 cheguei ao México para fazer seis meses de voluntariado no Instituto para o Melhoramento das Comunidades Indígenas (IMCI) de Matagallinas, na Serra Mixe, no Estado de Oaxaca.

Faço parte do Vides Uruguai. No meu país, trabalhei num bairro periférico da capital, onde desenvolvemos atividades para as mulheres, oficinas com o objetivo de realizar pequenas receitas econômicas. Pouco a pouco maturei o desejo de fazer voluntariado internacional. Então, comecei a receber uma formação a distância e, ao mesmo tempo, o acompanhamento formativo com o Vides Uruguai

Terminado o período formativo foi-me proposto o serviço de voluntariado em Oaxaca. Chegando à Serra Mixe, à casa de Dom Bosco, pus-me a escutar o que diziam as FMA, os Salesianos, os jovens e, sobretudo, as crianças. As minhas melhores mestras foram exatamente as crianças. Falaram-me de sua cultura, de suas tradições, do seu modo de perceber e interpretar a vida. Ensinaram-me também a me aproximar mais de Deus. As crianças, com as quais fiz o trabalho voluntário, deixaram-me entrar em suas vidas o que foi verdadeiramente um grande dom. Sinto que cresci muito do ponto de vista humano. Graças a algumas delas pude compreender de novo, reaprender e assimilar de outro modo o a afirmação de Dom Bosco: “Para mim basta que sejais jovens, para que vos ame”.

O apoio das Irmãs, com o seu acompanhamento, fez-me conhecer sob outros aspectos o Instituto das FMA. Partilhar com elas, aprender o trabalho educativo pelo seu exemplo no cotidiano, foi uma experiência muito enriquecedora. Eu acredito que, como voluntários, devemos estar dispostos a dar o melhor de nós mesmos, a não poupar esforços naquilo que nos pedem as pessoas que vivem conosco. Como voluntários somos chamados a nos doar, a ser o reflexo de um Deus que ama cada pessoa.

 

Europa

Ucrânia: presença missionária entre os pobres

Odessa sempre foi uma cidade importante para negócios, graças ao seu porto, que é um importante ponto de ancoragem. A cidade é diferente do restante da Ucrânia. No centro de Odessa, na costa, existem hotéis, ruas elegantes e negócios de luxo. Mas também em Odessa há uma vasta e pobre região residencial, que contrasta muito com a área do centro. A maior parte das pessoas vive em blocos de casas, com balcões quase destruídos, grudadas umas às outras, tendo ao lado moradias miseráveis feitas de lata.

Em um dos edifícios semidestruídos vivem os Salesianos. Desde 1999, os missionários estão em um prédio que conta com capela, oratório, escola maternal, escola elementar, internato. Ultimamente alguns locais foram revitalizados e bem equipados. Apesar disso, todo o edifício precisa ser reestruturado. A prioridade atualmente é o isolamento térmico, também para reduzir os custos do aquecimento, fator muito importante, sobretudo, pela situação econômica instável na Ucrânia, o que causa o aumento dos preços do gás e da eletricidade.

O diretor da comunidade de Odessa, o padre polonês Miguel Wocial, diz que atualmente as condições de vida dos missionários são muito difíceis por causa do frio e da umidade, piorando durante o inverno e nos dias de chuva. As paredes ficam recobertas de fungos, o que pode influenciar na saúde das crianças que frequentam as escolas maternal e elementar. A reestruturação das paredes permitirá melhorar sua condição de vida, facilitar o trabalho e o estudo para os que utilizam o edifício (cerca de 600 pessoas por ano).

O dinheiro economizado em eletricidade e aquecimento também poderá ser usado para realizar as atividades da missão salesiana em Odessa, cujo principal objetivo é sempre abrir aos jovens possibilidades de crescimento espiritual, pessoal e de promoção social.

 

Ásia

Salesianos ao lado dos jovens sírios

Partir para um ‘acampamento escolar’ e não poder voltar para casa, porque nesse meio tempo a sua cidade está, novamente, sob conflitos, é uma situação quase surreal se não fosse tragicamente verdadeira. Foi o que viveram, em agosto, crianças e adolescentes de Alepo, na Síria, que foram acompanhados pelos salesianos à Obra de Kafroun, no norte do país, e depois permaneceram, por dias, presos ali, enquanto os seus familiares enfrentavam foguetes e bombas, o corte de luz e de água.

“Eu, com o padre Buratti e os meninos do campo de férias, estamos em Kafroun, a cerca de 40 km dos limites com o Líbano. Infelizmente estamos aqui bloqueados: devíamos voltar terça-feira, 9 de agosto, mas não pudemos, porque Aleppo virou, pela enésima vez, uma cidade sitiada”, contou na época o padre Pier Jabloyan, SDB.

Enquanto os jovens viviam esse afastamento forçado, o oratório salesiano em Alepo, sob a guia do padre Georges Fattal, continuava o seu serviço. O oratório é um ponto de referência para os cristãos sírios, como contava, em maio, o padre Alejandro Léon, missionário espanhol no Oriente Médio. “Nestes anos sofremos sobretudo pela perda de crianças e jovens do nosso oratório... Hoje, todos os cristãos que morrem são pessoas que conhecemos... e, para nós, é muito difícil acompanhar essas situações extremas”. Questionado sobre se o melhor não seria sair de Alepo, padre León foi categórico: “Enquanto houver cristãos, nós, Salesianos, ficaremos com eles; não temos qualquer dúvida. A nossa decisão é uma ação pessoal, livremente assumida por cada um dos irmãos”.

 

Oceania

A missão FMA na Oceania

A dma damihianimas (Revista das Filhas de Maria Auxiliadora), em sua edição de dezembro de 2015, pediu à Ir. Edna Mary Mac Donald, responsável pela presença FMA na região Sul Pacífico, que contasse sobre as FMA na Oceania.

“Chegamos à Austrália em 1954, portanto, temos mais de 60 anos de presença no Sul do Pacífico e estamos em três cidades: Adelaide, Sydney e Melbourne. Em 1982, fomos chamadas a Samoa e, mais recentemente, em 2007, estabelecemo-nos nas Ilhas Salomão. Hoje as FMA estão em quatro países independentes da Oceania: duas casas na Nova Guiné onde as populações são de origem melanesiana (estas comunidades pertencem à Inspetoria das Filippinas). A Inspetoria Região Sul Pacífico (South Pacific Region) compreende cinco casas na Austrália, duas em Samoa (populações de origem polinesiana) e uma nas Ilhas Salomão (população de origem melanesiana)”.

À pergunta sobre quais atividades as FMA desenvolvem para responder às necessidades do povo, irmã Enda Mary respondeu: “A prioridade são os jovens. Diversas são as atividades desenvolvidas pelas FMA para acolher os jovens mais pobres e abandonados: a promoção da cultura vocacional, a catequese em várias paróquias, a instrução e a educação formal, a assistência aos imigrantes. Além disso, as FMA animam um pensionato e promovem o desenvolvimento humano/cristão das mulheres. Junto aos leigos e aos jovens realizam os acampamentos de verão e de inverno, apoiam o associacionismo mariano e favorecem a colaboração com os Salesianos em diversos projetos”.

“O coração dos jovens e das pessoas em toda a Oceania é terreno bom para fazer germinar a palavra do Evangelho. A caridade pastoral e a inteligência pedagógica do Sistema Preventivo são os instrumentos que nos permitem, também aqui na Oceania, dar continuidade ao sonho de Dom Bosco e de Madre Mazzarello, produzindo os frutos evangélicos esperados de paz e justiça, de partilha e liberdade”, conclui.

 

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Testemunhas de Deus entre os mais carentes

Quinta, 13 Outubro 2016 10:30 Escrito por  Com informações InfoANS
Em outubro, Mês das Missões, destacamos cinco entre os muitos exemplos da presença missionária salesiana em todo o mundo.

No domingo, 25 de setembro, na Basílica de Maria Auxiliadora de Turim, Itália, os 46 membros da 147ª Expedição Missionária Salesiana receberam o crucifixo missionário das mãos do reitor-mor dos Salesianos, padre Ángel Fernández Artime, e da madre geral das Filhas de Maria Auxiliadora, irmã Yvonne Reungoat. “Somos herdeiros de uma tradição mais que centenária da nossa Família Salesiana. Sejam anunciadores corajosos da incomensurável misericórdia e gratuidade de Deus, manifestando-a, principalmente, entre os mais pobres e necessitados”, conclamou o reitor-mor. A Santa Missa foi presidida pelo reitor-mor e concelebrada por numerosos sacerdotes salesianos. Também participaram do momento diversos ramos da Família Salesiana.

O grupo de missionários deste ano é composto por 18 salesianos, 19 FMA, oito voluntárias e um voluntário, enviados a testemunhar a misericórdia de Deus aos irmãos em missão ad gentes – fora de seus países de origem.

O envio missionário, realizado anualmente, repete o gesto de Dom Bosco quando, no dia 11 de novembro de 1875, encaminhou os primeiros salesianos à Patagônia, na Argentina. Atualmente, são centenas os missionários e as missionárias da Família Salesiana que, em todas as partes do mundo, levam sua presença educativa e solidária, especialmente às crianças, aos adolescentes e aos jovens mais carentes. A seguir, destacamos apenas cinco depoimentos de missionários, um em cada continente, que representam essa dimensão do carisma salesiano.

 

África

Salesiano dedica a sua vida aos angolanos

Andrés Randisi, 74 anos, vive em Angola há 29. Oriundo da Argentina, desde muito cedo decidiu ser missionário salesiano, dedicando toda a sua vida a educar, oferecendo todos os seus dotes para um melhor porvir para milhares de jovens, primeiro na Argentina, depois na África devastada pelas guerras e pela pobreza. Voltou à Argentina, desta vez para estar ao lado de sua mãe, de 95 anos, que está doente.

Andrés reside em Kalulo, aldeia onde chegou faz pouco mais de um ano, depois de trabalhar em outros povoados de Angola. “Há muitos pássaros e matas, bananais e cafezais. Terra muito rica a de Angola”, assegura. Foi colônia portuguesa até 1975. Embora ali se fale português, nas aldeias predomina o ‘kinbundu’. “Os primeiros 15 anos foram difíceis, sobretudo, por causa da guerra. Éramos dez missionários salesianos ao começarem as obras. Todos estrangeiros. Hoje, somos 125, sendo que 25 vêm de fora e os demais, do lugar e fruto do trabalho: seguem nossos passos e isto é uma bênção de Deus”, conta.

Andrés garante que nunca se arrependeu da vida que escolheu, ainda que o medo às vezes o tivesse feito duvidar, inclusive quando quase perdeu a vida por ter contraído malária cerebral e teve de ficar 30 dias internado. Quando está em Kalulo, Andrés se levanta bem cedo, celebra a Santa Missa e logo inicia a manhã educando, na escola.

O missionário salesiano lembra-se de alguns momentos tristes que teve de atravessar: enterrar os mortos da guerra, porque o povo fugia das vilas; e, quando em uma aldeia que fora incendiada em um combate, deparar-se, depois de dois dias, com uma menina de 7 anos gravemente queimada, agonizante... Puderam resgatá-la, medicá-la, levá-la para um hospital de queimados em outra cidade, onde se recuperou depois de vários meses. “Apenas dois dos momentos duros que me tocaram viver”, garante. Uma vez que sua mãe se restabeleça, voltará para seguir cultivando a esperança de um mundo melhor por entre os seus jovens angolanos.

 

América

Voluntariado jovem no México

Eu me chamo Ana Inés Izquierdo Donato, sou uruguaia, animadora do oratório e ex-aluna salesiana. Em janeiro de 2014 cheguei ao México para fazer seis meses de voluntariado no Instituto para o Melhoramento das Comunidades Indígenas (IMCI) de Matagallinas, na Serra Mixe, no Estado de Oaxaca.

Faço parte do Vides Uruguai. No meu país, trabalhei num bairro periférico da capital, onde desenvolvemos atividades para as mulheres, oficinas com o objetivo de realizar pequenas receitas econômicas. Pouco a pouco maturei o desejo de fazer voluntariado internacional. Então, comecei a receber uma formação a distância e, ao mesmo tempo, o acompanhamento formativo com o Vides Uruguai

Terminado o período formativo foi-me proposto o serviço de voluntariado em Oaxaca. Chegando à Serra Mixe, à casa de Dom Bosco, pus-me a escutar o que diziam as FMA, os Salesianos, os jovens e, sobretudo, as crianças. As minhas melhores mestras foram exatamente as crianças. Falaram-me de sua cultura, de suas tradições, do seu modo de perceber e interpretar a vida. Ensinaram-me também a me aproximar mais de Deus. As crianças, com as quais fiz o trabalho voluntário, deixaram-me entrar em suas vidas o que foi verdadeiramente um grande dom. Sinto que cresci muito do ponto de vista humano. Graças a algumas delas pude compreender de novo, reaprender e assimilar de outro modo o a afirmação de Dom Bosco: “Para mim basta que sejais jovens, para que vos ame”.

O apoio das Irmãs, com o seu acompanhamento, fez-me conhecer sob outros aspectos o Instituto das FMA. Partilhar com elas, aprender o trabalho educativo pelo seu exemplo no cotidiano, foi uma experiência muito enriquecedora. Eu acredito que, como voluntários, devemos estar dispostos a dar o melhor de nós mesmos, a não poupar esforços naquilo que nos pedem as pessoas que vivem conosco. Como voluntários somos chamados a nos doar, a ser o reflexo de um Deus que ama cada pessoa.

 

Europa

Ucrânia: presença missionária entre os pobres

Odessa sempre foi uma cidade importante para negócios, graças ao seu porto, que é um importante ponto de ancoragem. A cidade é diferente do restante da Ucrânia. No centro de Odessa, na costa, existem hotéis, ruas elegantes e negócios de luxo. Mas também em Odessa há uma vasta e pobre região residencial, que contrasta muito com a área do centro. A maior parte das pessoas vive em blocos de casas, com balcões quase destruídos, grudadas umas às outras, tendo ao lado moradias miseráveis feitas de lata.

Em um dos edifícios semidestruídos vivem os Salesianos. Desde 1999, os missionários estão em um prédio que conta com capela, oratório, escola maternal, escola elementar, internato. Ultimamente alguns locais foram revitalizados e bem equipados. Apesar disso, todo o edifício precisa ser reestruturado. A prioridade atualmente é o isolamento térmico, também para reduzir os custos do aquecimento, fator muito importante, sobretudo, pela situação econômica instável na Ucrânia, o que causa o aumento dos preços do gás e da eletricidade.

O diretor da comunidade de Odessa, o padre polonês Miguel Wocial, diz que atualmente as condições de vida dos missionários são muito difíceis por causa do frio e da umidade, piorando durante o inverno e nos dias de chuva. As paredes ficam recobertas de fungos, o que pode influenciar na saúde das crianças que frequentam as escolas maternal e elementar. A reestruturação das paredes permitirá melhorar sua condição de vida, facilitar o trabalho e o estudo para os que utilizam o edifício (cerca de 600 pessoas por ano).

O dinheiro economizado em eletricidade e aquecimento também poderá ser usado para realizar as atividades da missão salesiana em Odessa, cujo principal objetivo é sempre abrir aos jovens possibilidades de crescimento espiritual, pessoal e de promoção social.

 

Ásia

Salesianos ao lado dos jovens sírios

Partir para um ‘acampamento escolar’ e não poder voltar para casa, porque nesse meio tempo a sua cidade está, novamente, sob conflitos, é uma situação quase surreal se não fosse tragicamente verdadeira. Foi o que viveram, em agosto, crianças e adolescentes de Alepo, na Síria, que foram acompanhados pelos salesianos à Obra de Kafroun, no norte do país, e depois permaneceram, por dias, presos ali, enquanto os seus familiares enfrentavam foguetes e bombas, o corte de luz e de água.

“Eu, com o padre Buratti e os meninos do campo de férias, estamos em Kafroun, a cerca de 40 km dos limites com o Líbano. Infelizmente estamos aqui bloqueados: devíamos voltar terça-feira, 9 de agosto, mas não pudemos, porque Aleppo virou, pela enésima vez, uma cidade sitiada”, contou na época o padre Pier Jabloyan, SDB.

Enquanto os jovens viviam esse afastamento forçado, o oratório salesiano em Alepo, sob a guia do padre Georges Fattal, continuava o seu serviço. O oratório é um ponto de referência para os cristãos sírios, como contava, em maio, o padre Alejandro Léon, missionário espanhol no Oriente Médio. “Nestes anos sofremos sobretudo pela perda de crianças e jovens do nosso oratório... Hoje, todos os cristãos que morrem são pessoas que conhecemos... e, para nós, é muito difícil acompanhar essas situações extremas”. Questionado sobre se o melhor não seria sair de Alepo, padre León foi categórico: “Enquanto houver cristãos, nós, Salesianos, ficaremos com eles; não temos qualquer dúvida. A nossa decisão é uma ação pessoal, livremente assumida por cada um dos irmãos”.

 

Oceania

A missão FMA na Oceania

A dma damihianimas (Revista das Filhas de Maria Auxiliadora), em sua edição de dezembro de 2015, pediu à Ir. Edna Mary Mac Donald, responsável pela presença FMA na região Sul Pacífico, que contasse sobre as FMA na Oceania.

“Chegamos à Austrália em 1954, portanto, temos mais de 60 anos de presença no Sul do Pacífico e estamos em três cidades: Adelaide, Sydney e Melbourne. Em 1982, fomos chamadas a Samoa e, mais recentemente, em 2007, estabelecemo-nos nas Ilhas Salomão. Hoje as FMA estão em quatro países independentes da Oceania: duas casas na Nova Guiné onde as populações são de origem melanesiana (estas comunidades pertencem à Inspetoria das Filippinas). A Inspetoria Região Sul Pacífico (South Pacific Region) compreende cinco casas na Austrália, duas em Samoa (populações de origem polinesiana) e uma nas Ilhas Salomão (população de origem melanesiana)”.

À pergunta sobre quais atividades as FMA desenvolvem para responder às necessidades do povo, irmã Enda Mary respondeu: “A prioridade são os jovens. Diversas são as atividades desenvolvidas pelas FMA para acolher os jovens mais pobres e abandonados: a promoção da cultura vocacional, a catequese em várias paróquias, a instrução e a educação formal, a assistência aos imigrantes. Além disso, as FMA animam um pensionato e promovem o desenvolvimento humano/cristão das mulheres. Junto aos leigos e aos jovens realizam os acampamentos de verão e de inverno, apoiam o associacionismo mariano e favorecem a colaboração com os Salesianos em diversos projetos”.

“O coração dos jovens e das pessoas em toda a Oceania é terreno bom para fazer germinar a palavra do Evangelho. A caridade pastoral e a inteligência pedagógica do Sistema Preventivo são os instrumentos que nos permitem, também aqui na Oceania, dar continuidade ao sonho de Dom Bosco e de Madre Mazzarello, produzindo os frutos evangélicos esperados de paz e justiça, de partilha e liberdade”, conclui.

 

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