Pastoral Afro-brasileira realiza IX Conenc

Terça, 09 Janeiro 2018 12:26 Escrito por  Pastoral Afro-brasileira
A Pastoral Afro-brasileira da CNBB vai realizar de 18 a 21 de janeiro, em Maringá, PR, o IX Congresso Nacional das Entidades do movimento negro congênere. Para dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana, BA, e bispo referencial da Pastoral Afro-brasileira, o IX Conenc se realiza no momento em que os afrodescendentes “emergem agora na sociedade”, “assumindo uma atitude mais protagonista”, conscientes do poder que têm nas mãos e da possibilidade de contribuírem na construção de uma nova sociedade, justa e solidária (Aparecida 75). Somos chamados a reinterpretar a história da salvação na perspectiva do Senhor libertador, que ouviu o clamor do seu povo e desceu para libertá-lo, que exalta os humilhados e derruba os poderosos de seus tronos, realçando a presença do povo negro e o seu protagonismo na construção do novo mundo de paz e de justiça.  

Padre Jurandyr Azevedo Araujo, SDB, coordenador do IX Conenc, diz que foi elaborado um texto base pelo Grupo da Pastoral Afro-brasileira de Maringá, encarregado da preparação e execução do mesmo, indicado pelos participantes do VIII Conenc, em 2015, acontecido na cidade de Duque de Caxias, RJ.

O padre Jurandyr diz que participarão do congresso dois novos líderes de grupos desde Macapá até Paraná e que serão mais de 70 líderes. Vão realizar estratégias para uma nova Pastoral Afro-brasileira de coragem, refletindo temas como A PALAVRA DE DEUS E O POVO NEGRO (Os Negros na Bíblia enquanto povo escolhido de Deus); RELIGIOSIDADE AFRICANA; UMA PASTORAL AFRO-BRASILEIRA ARTICULADA PARA RESGATAR A FÉ E A ESPERANÇA;  ESPIRITUALIDADES E ESPIRITUALIDADE CRISTÃ; JULGAR (espiritualidades e espiritualidade cristã); O POVO NEGRO E O CRISTIANISMO;  ESPIRITUALIDADE AFRO – AMERICANA e o AGIR (a transformação missionária da Igreja; caminhos de um outro rosto da Pastoral Afro-brasileira).

O novo rosto negro na comunidade cristã vem como serviço de unidade e comunhão e reconciliação; contra o mal da discriminação racial. Com esse novo rosto tem como proposta um espaço de ação e conscientização da Igreja e da sociedade para a realidade da população afro-brasileira. Padre Jurandyr avalia que o movimento negro tem progredido significativamente na Igreja com o surgimento de novos grupos. Isso revela a vitalidade e a sintonia dos seguimentos representativos da comunidade negra com as pessoas que lhe são solidárias.

“Na Pastoral Afro-brasileira, mostramos que as pessoas têm que mudar de vida, que o Evangelho é anúncio da Boa Nova para todos, nos chama à conversão, a repensar os valores, a rever as posições que temos. Mas, por outro lado, temos que garantir também o apoio a toda luta na produção de direitos e no combate ao racismo, usando os instrumentos legais que temos. Queremos contribuir com o movimento negro, para construímos esse mundo possível que sonhamos tanto, incentivar a valorização das culturas de origem africana a se fazer solidário com a população Afro-brasileira na busca de suas justas aspirações”.

“A Pastoral Afro-brasileira tem que inovar, na realidade desafiadora, com tarefas e com criatividade pastoral. Elaborar ações que tenham incidência nos Estados para a aprovação de políticas sociais e econômicas que atendam às várias necessidades da população e que conduzam para um desenvolvimento sustentável (DAp, 403)”, completa padre Jurandyr. 

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Pastoral Afro-brasileira realiza IX Conenc

Terça, 09 Janeiro 2018 12:26 Escrito por  Pastoral Afro-brasileira
A Pastoral Afro-brasileira da CNBB vai realizar de 18 a 21 de janeiro, em Maringá, PR, o IX Congresso Nacional das Entidades do movimento negro congênere. Para dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana, BA, e bispo referencial da Pastoral Afro-brasileira, o IX Conenc se realiza no momento em que os afrodescendentes “emergem agora na sociedade”, “assumindo uma atitude mais protagonista”, conscientes do poder que têm nas mãos e da possibilidade de contribuírem na construção de uma nova sociedade, justa e solidária (Aparecida 75). Somos chamados a reinterpretar a história da salvação na perspectiva do Senhor libertador, que ouviu o clamor do seu povo e desceu para libertá-lo, que exalta os humilhados e derruba os poderosos de seus tronos, realçando a presença do povo negro e o seu protagonismo na construção do novo mundo de paz e de justiça.  

Padre Jurandyr Azevedo Araujo, SDB, coordenador do IX Conenc, diz que foi elaborado um texto base pelo Grupo da Pastoral Afro-brasileira de Maringá, encarregado da preparação e execução do mesmo, indicado pelos participantes do VIII Conenc, em 2015, acontecido na cidade de Duque de Caxias, RJ.

O padre Jurandyr diz que participarão do congresso dois novos líderes de grupos desde Macapá até Paraná e que serão mais de 70 líderes. Vão realizar estratégias para uma nova Pastoral Afro-brasileira de coragem, refletindo temas como A PALAVRA DE DEUS E O POVO NEGRO (Os Negros na Bíblia enquanto povo escolhido de Deus); RELIGIOSIDADE AFRICANA; UMA PASTORAL AFRO-BRASILEIRA ARTICULADA PARA RESGATAR A FÉ E A ESPERANÇA;  ESPIRITUALIDADES E ESPIRITUALIDADE CRISTÃ; JULGAR (espiritualidades e espiritualidade cristã); O POVO NEGRO E O CRISTIANISMO;  ESPIRITUALIDADE AFRO – AMERICANA e o AGIR (a transformação missionária da Igreja; caminhos de um outro rosto da Pastoral Afro-brasileira).

O novo rosto negro na comunidade cristã vem como serviço de unidade e comunhão e reconciliação; contra o mal da discriminação racial. Com esse novo rosto tem como proposta um espaço de ação e conscientização da Igreja e da sociedade para a realidade da população afro-brasileira. Padre Jurandyr avalia que o movimento negro tem progredido significativamente na Igreja com o surgimento de novos grupos. Isso revela a vitalidade e a sintonia dos seguimentos representativos da comunidade negra com as pessoas que lhe são solidárias.

“Na Pastoral Afro-brasileira, mostramos que as pessoas têm que mudar de vida, que o Evangelho é anúncio da Boa Nova para todos, nos chama à conversão, a repensar os valores, a rever as posições que temos. Mas, por outro lado, temos que garantir também o apoio a toda luta na produção de direitos e no combate ao racismo, usando os instrumentos legais que temos. Queremos contribuir com o movimento negro, para construímos esse mundo possível que sonhamos tanto, incentivar a valorização das culturas de origem africana a se fazer solidário com a população Afro-brasileira na busca de suas justas aspirações”.

“A Pastoral Afro-brasileira tem que inovar, na realidade desafiadora, com tarefas e com criatividade pastoral. Elaborar ações que tenham incidência nos Estados para a aprovação de políticas sociais e econômicas que atendam às várias necessidades da população e que conduzam para um desenvolvimento sustentável (DAp, 403)”, completa padre Jurandyr. 

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