Congresso reúne Família Salesiana e reforça missão educativa e evangelizadora

Terça, 07 Outubro 2025 11:43 Escrito por  Salesianos de Porto Alegre e Filhas de Maria Auxiliadora de São Paulo
Nos dias 3 e 4 de outubro, o Colégio Salesiano de Itajaí, SC, foi palco do XVIII Congresso do Sistema Preventivo de Dom Bosco, encontro que reuniu representantes das presenças salesianas de diversas regiões do país.


O evento foi promovido pela Inspetoria Salesiana São Pio X, de Porto Alegre, RS, e pela Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), de São Paulo, SP, tendo como tema “Construindo um futuro de esperança” e como lema “Do Sonho à Missão: Agradecer, Repensar e Relançar”.

O congresso buscou reafirmar os valores do Sistema Preventivo — método educativo criado por São João Bosco e pautado no tripé razão, religião e amor — como caminho de formação integral da juventude, em sintonia com os desafios do mundo contemporâneo.

 

Abertura e espiritualidade

O congresso começou na manhã do dia 3, com a acolhida realizada pelo diretor executivo Jean, que deu boas-vindas às delegações e autoridades presentes. Logo em seguida, ocorreu a celebração eucarística presidida pelo inspetor da Inspetoria São Pio X, padre Ademir Ricardo, que destacou a caminhada construída ao longo das 17 edições já realizadas.

“O Sistema Preventivo de Dom Bosco já tocou o coração de milhares de pessoas que passaram por esses encontros. Somos chamados a escutar, partilhar e viver aquilo que aprendemos aqui em nossas comunidades”, afirmou o padre.

O momento solene da consagração a Nossa Senhora Auxiliadora marcou a abertura oficial do congresso, reforçando a espiritualidade mariana, característica central das congregações dos Salesianos e das FMA.

Na sequência, os participantes prestigiaram a apresentação da Banda Marcial da Obra Social Parque Dom Bosco, que encantou com sua performance e trouxe um tom festivo à programação.

 

Primeira Conferência: “Do Sonho à Missão: Agradecer”

A primeira conferência foi conduzida pela irmã Alaíde Deretti, FMA, inspetora da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida. Em sua fala, a religiosa convidou os presentes a fazer memória agradecida da história salesiana, ressaltando que a essência missionária da congregação precisa ser continuamente renovada.

“Estamos vivendo um tempo de Kairós em nossas presenças salesianas. Somos frutos dos sonhos de Dom Bosco, filhos e filhas de sonhadores que acreditaram na juventude. O anúncio do evangelho é e sempre será o ponto de partida e de chegada. Nós entregamos por amor, ninguém nos obriga. Anunciamos porque está no nosso DNA”, destacou.

A irmã também recordou os 150 anos da primeira expedição missionária salesiana, chamando todos a revigorar o espírito missionário com coragem e esperança: “Com passos decididos, somos chamados a contar a todos a novidade de Jesus”.

 

Segunda Conferência:  “Educação Salesiana: missão, formação e transformação”

 

No período da tarde, o padre Agnaldo Soares Lima, SDB, diretor da Obra Salesiana de Pindamonhangaba, SP, apresentou a conferência sobre o papel da educação no carisma salesiano.

Retomando a célebre frase de Dom Bosco, “Educação é coisa do coração”, o padre enfatizou que o Sistema Preventivo vai além da simples transmissão de conteúdos, exigindo uma conexão afetiva entre educadores e educandos.

“A presença salesiana precisa ser acolhedora, alegre e preventiva. Educar é evangelizar e evangelizar é educar. Nossa missão é formar bons cristãos e honestos cidadãos, com base na razão, na religião e na bondade. É preciso confiar na juventude e acreditar que nela está a esperança de um futuro feliz”, explicou.

Ele também reforçou o papel do educador como pai, mestre e amigo dos jovens, destacando a importância de uma assistência próxima, positiva e estimuladora.

Encerrando o primeiro dia, os participantes foram surpreendidos com o musical “Sonho que nos faz sonhar”, produzido pelo Colégio Salesiano de Itajaí. A apresentação emocionou o público e reforçou, de forma lúdica e artística, o espírito sonhador e missionário de Dom Bosco.

Tudo revestido de gratidão

Na manhã do sábado, 4 de outubro, dia dedicado a São Francisco de Assis, os trabalhos tiveram início com a celebração eucarística, presidida pelo vice-inspetor salesiano, padre Sérgio Ramos de Souza, e concelebrada pelos padres Ademir Ricardo Cwendrych, inspetor, e Assis Moser, diretor da Teologia.

Durante a homilia, padre Sérgio destacou que “a missão não é nossa. A missão é de Deus, e por vezes, nós temos dificuldade de compreender isso”. Porque, “a gente, às vezes, quer ser dono da missão, dono dos projetos, dono dos alcances daquilo que nós fazemos. Mas a missão é sempre de Deus, e nós somos colaboradores, instrumentos desse projeto de Deus”.

Padre Sérgio, associando a memória histórico-carismática com as leituras da liturgia, recordou quatro fatos da vida de Dom Bosco nos quais ele chorou: no sonho dos nove anos, na falta de um lugar para o Oratório (Dom Bosco não sabia aonde levar os meninos), na despedida dos primeiros missionários que partiram para a América do Sul, na celebração da eucaristia na Basílica do “Sacro Cuore”, diante do quadro de Maria Auxiliadora, onde ele compreendeu sua missão.

Padre Sérgio motivou os congressistas a “aprender a pedir o dom das lágrimas, para sermos capazes de sensibilidade ao mundo dos jovens”, porque “as lágrimas de Dom Bosco têm que continuar em cada um de nós, educadores e educadoras. Lágrimas de educadores e educadoras, sensíveis à realidade dos jovens, dos nossos interlocutores”.

A celebração teve dois momentos especiais: a procissão de entrada com símbolos trazidos por representantes de cada comunidade educativa, e o encerramento, com uma homenagem a Nossa Senhora Auxiliadora, na qual os participantes iluminaram o ambiente com pequenas luzes e depositaram flores diante da sua imagem.

 

Na sequência, Irmã Cleonice Lourenço, FMA, da equipe coordenadora do evento, ajudou os participantes a fazerem memória das vivências do primeiro dia, recordando diferentes momentos impregnados pela dimensão da gratidão. Cada congressista foi desafiado a eleger uma frase-síntese do dia anterior.

Missão Salesiana: um chamado à esperança

O Congresso teve continuidade com a palestra “Missão Salesiana: um chamado à esperança”, conduzida pelo Salesiano padre Assis Moser, que dividiu a sua intervenção em três momentos: apresentação de alguns personagens cuja vida fala de esperança, depoimentos sobre esperança, indicação de caminhos para viver a esperança.

Padre Assis, ao falar sobre o oratório como herança carismática de Dom Bosco, afirmou que cada jovem quando se encontra na frente de uma casa salesiana, deveria dizer: “aí é a minha casa, aí eu me sinto bem. Aí eu posso chegar, porque tem gente que me ama”.

Recordou também que, quando alguém perguntava para “os meninos de Turim e Valdocco: “onde você está indo?” “Estou indo para o Oratório”. “Onde é o Oratório?” “É lá onde tem um padre que me ama” – que era Dom Bosco”.

Enfim, Padre Assis deixou como tarefa e empenho para os congressistas, a vivência da espiritualidade da esperança. “Somos chamados a viver a espiritualidade da esperança! A esperança é fonte de um grande dinamismo… sem ela não seremos Família Salesiana, na Igreja, na missão a serviço do Reino…com os jovens!”.

 

Viver a esperança no Voluntariado Missionário

Após o intervalo, os congressistas tiveram a oportunidade de acompanhar uma Roda de Conversa, como experiência concreta de escuta dos jovens.

Padre Edvaldo Nogueira da Silva, Salesiano de Joinville, SC, e Irmã Cleonice Lourenço, FMA de Lorena, SP, dialogaram com dois jovens Giuliane, de Ribeirão Preto, SP, e Hector, de São José dos Campos, SP, que deram o seu testemunho como ex-alunos e jovens envolvidos com a missão e comprometidos com sua fé.

Ambos compartilharam situações concretas de suas vidas nas quais foram sustentados pela experiência que tiveram numa casa salesiana.

Hector destacou o símbolo da cruz missionária como “sua principal fonte de evangelização”, porque muitas pessoas lhe perguntam o que ela significa. Sente-se realmente “filho” das Filhas de Maria Auxiliadora, por isso concluiu sua fala invocando a “Vovó” (Maria Auxiliadora), convidando os congressistas a dizerem: «Põe tua mão minha Rainha, põe tua mão antes da minha”.

Giuliane, em seu depoimento, entre tantas iniciativas destacou sua atividade com um grupo de ex-alunos: “antes o carisma vinha até a gente, porque estávamos na escola. Agora que não estamos lá, nós temos que buscar o carisma. Mas o carisma está dentro da gente!”, afirmou.

Ao final, foram dirigidas duas perguntas aos jovens que, com desenvoltura e convicção, responderam dando ainda outros exemplos de suas experiências missionárias. E desafiaram os congressistas “a não perderem a esperança!”.

 

Atualizando a primeira expedição missionária

Já no período da tarde, os congressistas participaram de oficinas sobre o Voluntariado Missionário que foram conduzidas por diversos jovens. Nelas, foram propostos o aprofundamento histórico e a atualização da primeira expedição missionária dos Salesianos (1875), uma dinâmica em grupo para contar e partilhar histórias de vida de diferentes categorias de jovens e uma “obra de arte” coletiva para fazer entender como os congressistas podem ser missionários de esperança hoje.

Em seguida, os inspetores – irmã Alaíde Deretti e padre Ademir Ricardo – dirigiram palavras de conclusão e de agradecimento, ajudando assim a preparar os participantes para a celebração de envio, que aconteceu no pátio, lugar privilegiado nas casas salesianas.

Houve a entrada solene da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, uma breve partilha entre os membros das delegações que destacaram suas experiências de pátio: “qual foi a experiência de pátio mais significativa em sua vida?” e o tocante momento da bênção final, dada pelos jovens a todos os congressistas.

A Banda Marcial do Parque Dom Bosco concluiu o evento, compartilhando o seu repertório musical e animando as despedidas dos congressistas que, agora, retornam para suas casas e comunidades, “Construindo um futuro de esperança”, passando “Do Sonho à Missão”, pois é preciso “Agradecer, Repensar e Relançar”.

Um espaço de renovação e missão

O XVIII Congresso do Sistema Preventivo de Dom Bosco consolidou-se como um momento de partilha, formação e espiritualidade. Entre reflexões profundas, celebrações e expressões culturais, os salesianos e salesianas presentes foram convidados a agradecer o caminho já percorrido, repensar os desafios atuais e relançar, com esperança, a missão educativa e evangelizadora.

Mais do que um congresso, o evento se tornou um espaço de renovação carismática e de fortalecimento do compromisso com a juventude, especialmente a mais vulnerável, fiel ao sonho que inspirou Dom Bosco: ajudar cada jovem a ser protagonista da própria história e construtor de um futuro de esperança.

 

Por: Salesianos de Porto Alegre e Filhas de Maria Auxiliadora de São Paulo

Avalie este item
(1 Votar)
Última modificação em Quarta, 08 Outubro 2025 12:42

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Congresso reúne Família Salesiana e reforça missão educativa e evangelizadora

Terça, 07 Outubro 2025 11:43 Escrito por  Salesianos de Porto Alegre e Filhas de Maria Auxiliadora de São Paulo
Nos dias 3 e 4 de outubro, o Colégio Salesiano de Itajaí, SC, foi palco do XVIII Congresso do Sistema Preventivo de Dom Bosco, encontro que reuniu representantes das presenças salesianas de diversas regiões do país.


O evento foi promovido pela Inspetoria Salesiana São Pio X, de Porto Alegre, RS, e pela Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), de São Paulo, SP, tendo como tema “Construindo um futuro de esperança” e como lema “Do Sonho à Missão: Agradecer, Repensar e Relançar”.

O congresso buscou reafirmar os valores do Sistema Preventivo — método educativo criado por São João Bosco e pautado no tripé razão, religião e amor — como caminho de formação integral da juventude, em sintonia com os desafios do mundo contemporâneo.

 

Abertura e espiritualidade

O congresso começou na manhã do dia 3, com a acolhida realizada pelo diretor executivo Jean, que deu boas-vindas às delegações e autoridades presentes. Logo em seguida, ocorreu a celebração eucarística presidida pelo inspetor da Inspetoria São Pio X, padre Ademir Ricardo, que destacou a caminhada construída ao longo das 17 edições já realizadas.

“O Sistema Preventivo de Dom Bosco já tocou o coração de milhares de pessoas que passaram por esses encontros. Somos chamados a escutar, partilhar e viver aquilo que aprendemos aqui em nossas comunidades”, afirmou o padre.

O momento solene da consagração a Nossa Senhora Auxiliadora marcou a abertura oficial do congresso, reforçando a espiritualidade mariana, característica central das congregações dos Salesianos e das FMA.

Na sequência, os participantes prestigiaram a apresentação da Banda Marcial da Obra Social Parque Dom Bosco, que encantou com sua performance e trouxe um tom festivo à programação.

 

Primeira Conferência: “Do Sonho à Missão: Agradecer”

A primeira conferência foi conduzida pela irmã Alaíde Deretti, FMA, inspetora da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida. Em sua fala, a religiosa convidou os presentes a fazer memória agradecida da história salesiana, ressaltando que a essência missionária da congregação precisa ser continuamente renovada.

“Estamos vivendo um tempo de Kairós em nossas presenças salesianas. Somos frutos dos sonhos de Dom Bosco, filhos e filhas de sonhadores que acreditaram na juventude. O anúncio do evangelho é e sempre será o ponto de partida e de chegada. Nós entregamos por amor, ninguém nos obriga. Anunciamos porque está no nosso DNA”, destacou.

A irmã também recordou os 150 anos da primeira expedição missionária salesiana, chamando todos a revigorar o espírito missionário com coragem e esperança: “Com passos decididos, somos chamados a contar a todos a novidade de Jesus”.

 

Segunda Conferência:  “Educação Salesiana: missão, formação e transformação”

 

No período da tarde, o padre Agnaldo Soares Lima, SDB, diretor da Obra Salesiana de Pindamonhangaba, SP, apresentou a conferência sobre o papel da educação no carisma salesiano.

Retomando a célebre frase de Dom Bosco, “Educação é coisa do coração”, o padre enfatizou que o Sistema Preventivo vai além da simples transmissão de conteúdos, exigindo uma conexão afetiva entre educadores e educandos.

“A presença salesiana precisa ser acolhedora, alegre e preventiva. Educar é evangelizar e evangelizar é educar. Nossa missão é formar bons cristãos e honestos cidadãos, com base na razão, na religião e na bondade. É preciso confiar na juventude e acreditar que nela está a esperança de um futuro feliz”, explicou.

Ele também reforçou o papel do educador como pai, mestre e amigo dos jovens, destacando a importância de uma assistência próxima, positiva e estimuladora.

Encerrando o primeiro dia, os participantes foram surpreendidos com o musical “Sonho que nos faz sonhar”, produzido pelo Colégio Salesiano de Itajaí. A apresentação emocionou o público e reforçou, de forma lúdica e artística, o espírito sonhador e missionário de Dom Bosco.

Tudo revestido de gratidão

Na manhã do sábado, 4 de outubro, dia dedicado a São Francisco de Assis, os trabalhos tiveram início com a celebração eucarística, presidida pelo vice-inspetor salesiano, padre Sérgio Ramos de Souza, e concelebrada pelos padres Ademir Ricardo Cwendrych, inspetor, e Assis Moser, diretor da Teologia.

Durante a homilia, padre Sérgio destacou que “a missão não é nossa. A missão é de Deus, e por vezes, nós temos dificuldade de compreender isso”. Porque, “a gente, às vezes, quer ser dono da missão, dono dos projetos, dono dos alcances daquilo que nós fazemos. Mas a missão é sempre de Deus, e nós somos colaboradores, instrumentos desse projeto de Deus”.

Padre Sérgio, associando a memória histórico-carismática com as leituras da liturgia, recordou quatro fatos da vida de Dom Bosco nos quais ele chorou: no sonho dos nove anos, na falta de um lugar para o Oratório (Dom Bosco não sabia aonde levar os meninos), na despedida dos primeiros missionários que partiram para a América do Sul, na celebração da eucaristia na Basílica do “Sacro Cuore”, diante do quadro de Maria Auxiliadora, onde ele compreendeu sua missão.

Padre Sérgio motivou os congressistas a “aprender a pedir o dom das lágrimas, para sermos capazes de sensibilidade ao mundo dos jovens”, porque “as lágrimas de Dom Bosco têm que continuar em cada um de nós, educadores e educadoras. Lágrimas de educadores e educadoras, sensíveis à realidade dos jovens, dos nossos interlocutores”.

A celebração teve dois momentos especiais: a procissão de entrada com símbolos trazidos por representantes de cada comunidade educativa, e o encerramento, com uma homenagem a Nossa Senhora Auxiliadora, na qual os participantes iluminaram o ambiente com pequenas luzes e depositaram flores diante da sua imagem.

 

Na sequência, Irmã Cleonice Lourenço, FMA, da equipe coordenadora do evento, ajudou os participantes a fazerem memória das vivências do primeiro dia, recordando diferentes momentos impregnados pela dimensão da gratidão. Cada congressista foi desafiado a eleger uma frase-síntese do dia anterior.

Missão Salesiana: um chamado à esperança

O Congresso teve continuidade com a palestra “Missão Salesiana: um chamado à esperança”, conduzida pelo Salesiano padre Assis Moser, que dividiu a sua intervenção em três momentos: apresentação de alguns personagens cuja vida fala de esperança, depoimentos sobre esperança, indicação de caminhos para viver a esperança.

Padre Assis, ao falar sobre o oratório como herança carismática de Dom Bosco, afirmou que cada jovem quando se encontra na frente de uma casa salesiana, deveria dizer: “aí é a minha casa, aí eu me sinto bem. Aí eu posso chegar, porque tem gente que me ama”.

Recordou também que, quando alguém perguntava para “os meninos de Turim e Valdocco: “onde você está indo?” “Estou indo para o Oratório”. “Onde é o Oratório?” “É lá onde tem um padre que me ama” – que era Dom Bosco”.

Enfim, Padre Assis deixou como tarefa e empenho para os congressistas, a vivência da espiritualidade da esperança. “Somos chamados a viver a espiritualidade da esperança! A esperança é fonte de um grande dinamismo… sem ela não seremos Família Salesiana, na Igreja, na missão a serviço do Reino…com os jovens!”.

 

Viver a esperança no Voluntariado Missionário

Após o intervalo, os congressistas tiveram a oportunidade de acompanhar uma Roda de Conversa, como experiência concreta de escuta dos jovens.

Padre Edvaldo Nogueira da Silva, Salesiano de Joinville, SC, e Irmã Cleonice Lourenço, FMA de Lorena, SP, dialogaram com dois jovens Giuliane, de Ribeirão Preto, SP, e Hector, de São José dos Campos, SP, que deram o seu testemunho como ex-alunos e jovens envolvidos com a missão e comprometidos com sua fé.

Ambos compartilharam situações concretas de suas vidas nas quais foram sustentados pela experiência que tiveram numa casa salesiana.

Hector destacou o símbolo da cruz missionária como “sua principal fonte de evangelização”, porque muitas pessoas lhe perguntam o que ela significa. Sente-se realmente “filho” das Filhas de Maria Auxiliadora, por isso concluiu sua fala invocando a “Vovó” (Maria Auxiliadora), convidando os congressistas a dizerem: «Põe tua mão minha Rainha, põe tua mão antes da minha”.

Giuliane, em seu depoimento, entre tantas iniciativas destacou sua atividade com um grupo de ex-alunos: “antes o carisma vinha até a gente, porque estávamos na escola. Agora que não estamos lá, nós temos que buscar o carisma. Mas o carisma está dentro da gente!”, afirmou.

Ao final, foram dirigidas duas perguntas aos jovens que, com desenvoltura e convicção, responderam dando ainda outros exemplos de suas experiências missionárias. E desafiaram os congressistas “a não perderem a esperança!”.

 

Atualizando a primeira expedição missionária

Já no período da tarde, os congressistas participaram de oficinas sobre o Voluntariado Missionário que foram conduzidas por diversos jovens. Nelas, foram propostos o aprofundamento histórico e a atualização da primeira expedição missionária dos Salesianos (1875), uma dinâmica em grupo para contar e partilhar histórias de vida de diferentes categorias de jovens e uma “obra de arte” coletiva para fazer entender como os congressistas podem ser missionários de esperança hoje.

Em seguida, os inspetores – irmã Alaíde Deretti e padre Ademir Ricardo – dirigiram palavras de conclusão e de agradecimento, ajudando assim a preparar os participantes para a celebração de envio, que aconteceu no pátio, lugar privilegiado nas casas salesianas.

Houve a entrada solene da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, uma breve partilha entre os membros das delegações que destacaram suas experiências de pátio: “qual foi a experiência de pátio mais significativa em sua vida?” e o tocante momento da bênção final, dada pelos jovens a todos os congressistas.

A Banda Marcial do Parque Dom Bosco concluiu o evento, compartilhando o seu repertório musical e animando as despedidas dos congressistas que, agora, retornam para suas casas e comunidades, “Construindo um futuro de esperança”, passando “Do Sonho à Missão”, pois é preciso “Agradecer, Repensar e Relançar”.

Um espaço de renovação e missão

O XVIII Congresso do Sistema Preventivo de Dom Bosco consolidou-se como um momento de partilha, formação e espiritualidade. Entre reflexões profundas, celebrações e expressões culturais, os salesianos e salesianas presentes foram convidados a agradecer o caminho já percorrido, repensar os desafios atuais e relançar, com esperança, a missão educativa e evangelizadora.

Mais do que um congresso, o evento se tornou um espaço de renovação carismática e de fortalecimento do compromisso com a juventude, especialmente a mais vulnerável, fiel ao sonho que inspirou Dom Bosco: ajudar cada jovem a ser protagonista da própria história e construtor de um futuro de esperança.

 

Por: Salesianos de Porto Alegre e Filhas de Maria Auxiliadora de São Paulo

Avalie este item
(1 Votar)
Última modificação em Quarta, 08 Outubro 2025 12:42

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.