Para ela, os oratórios salesianos permanecem relevantes na atualidade porque criam espaços seguros de convivência, algo essencial nos tempos atuais, e porque multiplicam a cultura do “bem”, fazendo do amor educativo uma força transformadora dentro das comunidades: “Os oratórios promovem o encontro, que sempre foi a linguagem pedagógica de Dom Bosco: presença, proximidade e escuta ativa. Favorecem a formação integral, ajudando crianças e adolescentes a crescerem na fé, na cidadania, na afetividade e na consciência de seus dons, e geram pertença, algo tão necessário num mundo marcado por solidão e fragmentação”.
Organização e atividades
Os momentos de oratório do CEMARI são tradicionais desde sua criação e, atualmente, são realizados os oratórios semanais às sextas-feiras, junto com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Familiares da obra social. Participam das atividades cerca de 100 crianças e adolescentes, todos atendidos pelo projeto.
Além dos educadores do CEMARI, também participam da organização dos oratórios os educandos que fazem a formação em Voluntariado e a Pastoral Juvenil. A cada semana, são realizadas atividades esportivas (como vôlei e tênis de mesa) jogos (como pebolim, quebra dedo, stop) e brincadeiras recreativas (como queimada, bandeirinha, canibal, pega-pega etc), além de atividades musicais e de dança.
Educar e evangelizar
Paula ressalta, entretanto, que o oratório vai muito além das atividades realizadas. “O oratório faz parte da essência do carisma salesiano, vivido tanto pelos Salesianos de Dom Bosco quanto pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Para nós, educadores salesianos, o oratório é um jeito de estar, acolher e evangelizar”.
No CEMARI, o oratório contribui de forma direta na missão da obra social, já que:
- Fortalece o protagonismo juvenil, permitindo que os educandos ocupem um lugar ativo, com liberdade e responsabilidade.
- Cria um ambiente de família, tão típico do Sistema Preventivo, onde eles se sentem amados, valorizados e acompanhados.
- Amplia a evangelização, fazendo com que os valores cristãos cheguem aos jovens de forma leve, concreta e vivida no cotidiano.
“Os oratórios adaptam-se à realidade de cada território sem perder a essência, valorizando o pátio como forma de transformação e escuta ativa por meio da nossa espiritualidade, tornando Dom Bosco e Madre Mazzarello presentes nas periferias humanas e geográficas do hoje”, conclui a educadora.