As estudantes do 8º termo do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Giulia Alves Mendes, Júlia Ribeiro Albarracin, Laisa Lima de Almeida, Letícia Parizatti e Luísa Moraes Bispo, desenvolveram histórias em quadrinhos educativas sobre doenças crônicas.
O projeto, realizado na Disciplina de Educação em Saúde Coletiva (IESC), tem despertado interesse de professores e profissionais de saúde.
O material apresenta informações sobre hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, hipotireoidismo e hipertireoidismo. As HQs explicam sinais, sintomas, tratamentos e cuidados por meio de linguagem visual e texto simples.
“Queríamos que qualquer pessoa, independentemente da idade ou escolaridade, pudesse compreender seu processo saúde-doença de forma didática”, explicam as autoras.
Versão em áudio amplia acesso
O projeto inclui um audiolivro disponível gratuitamente no site https://saudeemquadrinhos.blogspot.com/?m=1.
A versão foi criada para pessoas com dificuldade de leitura, baixa visão, analfabetas ou que preferem conteúdos auditivos.
O grupo contou com orientação da médica doutora Daniella Barbosa, da UBS Planalto, durante o desenvolvimento do trabalho. Docentes já manifestaram interesse em utilizar as HQs em escolas, unidades de saúde e projetos de extensão.
Educação em saúde como ferramenta
Segundo Letícia Parizatti, a ideia surgiu ao observarem que doenças comuns nas famílias brasileiras deixam de receber atenção por falta de informação clara. “Por que não usar uma linguagem próxima do cotidiano das pessoas para orientar e conscientizar?”, questiona.
As estudantes pretendem que o material contribua para a adesão aos tratamentos e para o vínculo entre pacientes e profissionais. O grupo espera que outros acadêmicos deem continuidade ao projeto, ampliando o catálogo de doenças explicadas.
O conteúdo será disponibilizado em PDF para uso por profissionais da saúde em diferentes contextos. “Queremos universalizar o aprendizado em saúde. Acreditamos que compreender o próprio corpo é o primeiro passo para cuidar melhor dele”, afirma Letícia.
O coordenador do Curso de Medicina do UniSALESIANO, doutor Antônio Poletto, reconheceu a relevância da iniciativa. “A dificuldade de comunicação é uma das barreiras que impedem os pacientes de aderirem ao tratamento e esse projeto busca eliminar essas barreiras por meio de ferramentas educativas e acessíveis”, observa.
Para o coordenador, iniciativas como essa fortalecem a formação médica ao estimular a capacidade de identificar obstáculos no atendimento e propor estratégias que melhorem o cuidado ao paciente.
Por: Eduarda Victória
Missão Salesiana de Mato Grosso