Foi entregue, no dia 17 de outubro, ao Dicastério para as Causas dos Santos, no Vaticano, o volume da Positio super Vita, Virtutibus et Fama Sanctitatis da Serva de Deus (SdeD) Vera Grita, Leiga, Salesiana Cooperadora.
A Positio teve como relator o padre Szczepan Tadeusz Praśkiewicz OCD; como postulador o padre Pierluigi Cameroni SDB e como colaboradora Lodovica Maria Zanet.
A positio será examinada pelos consultores teólogos do Dicastério para as Causas dos Santos e será estudada pelos cardeais e bispos. Essas etapas de estudo e avaliação, permitirão ao Sumo Pontífice, em caso de parecer positivo, declarar Vera Grita “Venerável Serva de Deus”. Em seguida, será preciso um milagre relacionado à sua intercessão para permitir o processo de beatificação.
Vera Grita
Vera Grita, filha de Amleto e Maria Anna Zacco della Pirrera, nasceu em Roma no dia 28 de janeiro de 1923, segunda de quatro irmãs. Viveu e estudou em Savona, formando-se em Magistério.
Aos 21 anos, durante um ataque aéreo inesperado à cidade, em 1944, ela foi empurrada e pisoteada pela multidão em pânico, causando-lhe sérias consequências físicas, que a levaram a penar pelo resto da vida.
Durante seu breve trânsito pela terra, passou despercebida, ensinando em escolas do interior da Ligúria – em Rialto, Erli, Alpicella e Deserto di Varazze. Nesses lugares, conquistou o carinho e a admiração de todos por seu caráter gentil e sereno.
Em Savona, na Paróquia Salesiana de Maria Auxiliadora, frequentava regularmente a missa e o sacramento da penitência.
Salesiana Cooperadora desde 1967, atendeu plenamente à sua vocação ao se entregar completamente ao seu Senhor, que se manifestava de forma extraordinária em seu íntimo, por meio da “Voz” e da “Palavra”, para confiar-lhe a Obra dos Sacrários Vivos. Todos os escritos foram submetidos ao diretor espiritual, padre Gabriello Zucconi, SDB, e o segredo dessa vocação foi guardado no silêncio do coração, sob a orientação do Divino Mestre e da Virgem Maria.
Faleceu em 22 de dezembro de 1969, aos 46 anos, no Hospital Santa Corona, de Pietra Ligure, onde passou seus últimos seis meses de vida enfrentando um sofrimento crescente, que aceitou e viveu em união com Jesus Crucificado.
"A alma de Vera com as mensagens e cartas, entra na fileira daquelas almas carismáticas chamadas a enriquecer a Igreja com chamas de amor a Deus e a Jesus Eucarístico para a expansão do Reino", escreveu o padre Borra, Salesiano e seu primeiro biógrafo.