A alegria de estar nas missões

Segunda, 02 Julho 2012 15:38 Escrito por  Marcelo de Oliveira
Conheci a Congregação Salesiana em 2001, na pessoa do padre José Benedito Araújo de Castro (padre Bené), quando era membro da Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Juventude em Manaus, AM. No ano seguinte comecei a participar dos encontros vocacionais no Seminário Diocesano. Mesmo gostando dos encontros sentia falta de algo que eu não sabia explicar.

Esta falta foi suprida quando comecei a ir aos encontros no Centro Salesiano de Formação, sendo acompanhado pelo padre Jefferson Luis. Lá me senti em casa, participei por um bom tempo. Em dezembro de 2006 fui convidado pelo padre Humberto Costa para fazer uma experiência de férias no Pró-Menor Dom Bosco, experiência esta que marcou toda minha vida. Em seguida fui morar no Colégio Dom Bosco de Manaus, com o acompanhamento do padre Antônio de Assis (padre Bira).

Em 2008 fiz o noviciado em Indápolis, MS, e ali ocorreu um fato muito importante para minha vocação. No período de férias, quando em visita à Missão Salesiana de São Marcos - onde estão os índios xavante no Mato Grosso – conheci Josina Ludmila, uma leiga que há muitos anos trabalha e mora em São Marcos, e que, com seu exemplo e simplicidade, muito me ensinou.

Fiz a primeira profissão religiosa em 24 de janeiro de 2009. Após dois anos de pós-noviciado e um ano de tirocínio em Manaus, o saudoso inspetor, padre Benjamim Morando, me chamou durante os exercícios espirituais e informou minha destinação para o próximo ano: “Você vai para Iauaretê!”. Senti meu coração palpitar pelo medo de enfrentar uma realidade completamente diferente da que vivera em meus primeiros anos como Salesiano de Dom Bosco.

Viajei para o rio Negro pensativo e assim permaneci até a viagem de dois dias para o rio Uaupés, onde está a Missão de Iauaretê. Lá fui recebido com muita alegria pelo diretor, padre Nilson Cruz. Ainda assim, eu permanecia como se estivesse perdido...

Mas Deus nunca nos pede algo impossível. As pessoas me receberam como a um filho que chega. Me abraçaram e transmitiram seu carinho. Com o passar do tempo, no contato com o povo, nas visitas às comunidades, na itinerância, no oratório festivo, comecei a sentir uma alegria que há muito não sentia. Aquele medo deu lugar à certeza e à felicidade de poder trabalhar em terras tão importantes para a presença salesiana na Amazônia.

Hoje falo com firmeza: estou feliz em ser salesiano nas Missões do Rio Negro. As dificuldades que por ventura temos por aqui nem se comparam às dos primeiros salesianos missionários. Eles deram suas forças e entregaram-se até o fim. Espero eu ter a graça de seguir seus passos.

Parafraseando o Papa João Paulo II, posso dizer que o amor explicou tudo; ele me trouxe até aqui, me acalentou nas dificuldades, impulsiona o ardor de minha vocação salesiana no encontro com os jovens e, dia após dia, solidifica em mim o desejo de doar-me inteiramente nessas terras. 

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Última modificação em Quinta, 28 Agosto 2014 18:06

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A alegria de estar nas missões

Segunda, 02 Julho 2012 15:38 Escrito por  Marcelo de Oliveira
Conheci a Congregação Salesiana em 2001, na pessoa do padre José Benedito Araújo de Castro (padre Bené), quando era membro da Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Juventude em Manaus, AM. No ano seguinte comecei a participar dos encontros vocacionais no Seminário Diocesano. Mesmo gostando dos encontros sentia falta de algo que eu não sabia explicar.

Esta falta foi suprida quando comecei a ir aos encontros no Centro Salesiano de Formação, sendo acompanhado pelo padre Jefferson Luis. Lá me senti em casa, participei por um bom tempo. Em dezembro de 2006 fui convidado pelo padre Humberto Costa para fazer uma experiência de férias no Pró-Menor Dom Bosco, experiência esta que marcou toda minha vida. Em seguida fui morar no Colégio Dom Bosco de Manaus, com o acompanhamento do padre Antônio de Assis (padre Bira).

Em 2008 fiz o noviciado em Indápolis, MS, e ali ocorreu um fato muito importante para minha vocação. No período de férias, quando em visita à Missão Salesiana de São Marcos - onde estão os índios xavante no Mato Grosso – conheci Josina Ludmila, uma leiga que há muitos anos trabalha e mora em São Marcos, e que, com seu exemplo e simplicidade, muito me ensinou.

Fiz a primeira profissão religiosa em 24 de janeiro de 2009. Após dois anos de pós-noviciado e um ano de tirocínio em Manaus, o saudoso inspetor, padre Benjamim Morando, me chamou durante os exercícios espirituais e informou minha destinação para o próximo ano: “Você vai para Iauaretê!”. Senti meu coração palpitar pelo medo de enfrentar uma realidade completamente diferente da que vivera em meus primeiros anos como Salesiano de Dom Bosco.

Viajei para o rio Negro pensativo e assim permaneci até a viagem de dois dias para o rio Uaupés, onde está a Missão de Iauaretê. Lá fui recebido com muita alegria pelo diretor, padre Nilson Cruz. Ainda assim, eu permanecia como se estivesse perdido...

Mas Deus nunca nos pede algo impossível. As pessoas me receberam como a um filho que chega. Me abraçaram e transmitiram seu carinho. Com o passar do tempo, no contato com o povo, nas visitas às comunidades, na itinerância, no oratório festivo, comecei a sentir uma alegria que há muito não sentia. Aquele medo deu lugar à certeza e à felicidade de poder trabalhar em terras tão importantes para a presença salesiana na Amazônia.

Hoje falo com firmeza: estou feliz em ser salesiano nas Missões do Rio Negro. As dificuldades que por ventura temos por aqui nem se comparam às dos primeiros salesianos missionários. Eles deram suas forças e entregaram-se até o fim. Espero eu ter a graça de seguir seus passos.

Parafraseando o Papa João Paulo II, posso dizer que o amor explicou tudo; ele me trouxe até aqui, me acalentou nas dificuldades, impulsiona o ardor de minha vocação salesiana no encontro com os jovens e, dia após dia, solidifica em mim o desejo de doar-me inteiramente nessas terras. 

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