Gêmeos do Salesiano Resende se destacam no judô

Segunda, 01 Julho 2013 12:58 Escrito por  Assessoria de Comunicação Salesiano de Resende
Aquela segunda-feira, 10 de maio de 1999, amanheceu ensolarada. Era uma data especial: depois de nove meses, eles finalmente veriam a luz do dia. Ele saiu primeiro. Três minutos depois, foi a vez dela. E pronto: nasceram os gêmeos Gabriel e Renata Alves de Lima Capri, para felicidade do casal Lúcio e Roseti, que já tinham a pequena Débora em casa.   Hoje, 14 anos depois, eles continuam dando alegrias aos pais. Como filhos e também como atletas. No dia 22 de junho, representando o Instituto São José - Salesiano, os gêmeos do 9º Ano do ensino fundamental conquistaram duas medalhas nas competições de judô da etapa estadual dos Jogos Estudantis da Juventude, as antigas Olimpíadas Escolares, disputadas no Centro de Treinamento da Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro. Renata foi a campeã na categoria ligeiro, com judocas de até 40 quilos, ao derrotar na final Débora da Silva, do Colégio Estadual José Paiva, do Rio. O resultado fez ainda do Salesiano o segundo lugar geral entre as meninas. Gabriel conquistou a medalha de prata. Foi o vice-campeão na categoria meio-leve, até 44 quilos, ao perder a decisão do ouro para Vitor Hugo de Almeida, também da capital fluminense. "Ele já é um adversário de longa data, sempre nos esbarramos em torneios. Já ganhei dele em outras oportunidades, mas desta vez não deu", disse Gabriel.   A medalha de ouro garantiu a Renata a vaga para representar o estado do Rio na fase nacional dos Jogos, em Natal, no Rio Grande do Norte, na primeira semana de setembro. Gabriel é o primeiro reserva, e se o campeão da categoria não puder participar, ele também vai para o Nordeste no segundo semestre. "Estamos muito felizes com esses resultados e orgulhosos em representar o Salesiano, uma escola onde sempre tivemos vontade de estudar", comemorou Renata. Na fase nacional, os três primeiros colocados de cada categoria ganham o direito de receber o benefício do "Bolsa Atleta" do Governo Federal, que paga cerca de R$ 800,00 por mês durante um ano para despesas e investimentos em esporte.   Esse é o maior evento estudantil esportivo do Brasil. Considerando as fases seletivas, reúnem dois milhões de atletas de 3.900 cidades do país. Em 2013, o evento mudou de nome: passou de "Olimpíadas Escolares" a "Jogos Escolares da Juventude". A mudança foi para preservar o uso do termo “Olimpíadas”, que é uma propriedade do COI (Comitê Olímpico Internacional). No estado do Rio, a competição conta com 13 mil alunos do ensino fundamental e médio de 437 escolas públicas e privadas de 55 municípios.   Saem as sapatilhas, entra o quimono   A história de Gabriel e Renata com o judô começou em 2005, quando eles tinham 6 anos e começaram a treinar na Academia Militar das Agulhas Negras. "Eu tinha muitos amigos que já faziam judô, e um dia fui ver uma aula. Gostei e pedi para meus pais me inscreverem", lembrou Gabriel. Renata chegou aos tatames de uma forma mais inusitada. Ela fazia balé, em uma sala ao lado dos treinos de judô. Quando terminava a aula, sempre dava uma "espiadinha" nos vizinhos. E de tanto espiar, acabou se interessando pelo esporte. "Entrei para os treinos e até cheguei a fazer balé e judô por um tempo. Mas quando meus pais disseram que era para eu escolher apenas uma escolinha, preferi o judô, já estava apaixonada", conta a adolescente. "Eu gostei da decisão dela, achava o balé muito violento", brinca o pai, militar do exército.   Desde então os dois não pararam de lutar. Ano passado, eles venceram a etapa estadual das Olimpíadas Escolares e chegaram à fase nacional, disputada na cidade mineira de Poços de Caldas. Renata terminou em quarto lugar, e Gabriel ficou na primeira fase. Foi uma experiência inesquecível. "A gente ficava no hotel junto com as outras delegações. Foram cinco dias sem contato com os pais, só se concentrando para as lutas", disse Gabriel. Renata, que já foi campeã brasileira regional, também tem boas lembranças do torneio. "São competições assim que nos animam a continuar treinando, porque nessa idade muitas vezes sentimos vontade de parar, mas com o incentivo dos nossos pais, do professor e das conquistas que alcançamos, percebemos que vale a pena insistir", afirmou a jovem.   Os pais estão cheios de orgulho. Lúcio, militar, e Roseti, professora, contam que no início não imaginavam que os filhos chegariam a esse nível. "Nosso objetivo era apenas que eles praticassem um esporte, mas eles foram evoluindo, os resultados foram aparecendo, e agora somos os maiores incentivadores desses dois", falou Lúcio. A mãe destaca o talento dos filhos. "Conhecemos muitos jovens nessa idade que fazem até musculação para melhorar o rendimento nas lutas, e eles não, é só o treino mesmo. E se assim já conseguem bons resultados em competições importantes, é porque levam jeito e podem ir muito mais longe", diz a professora, lembrando que a outra filha, Débora, de 15 anos, aluna do Salesiano, também treina judô, mas ainda não participa de competições.   Gabriel e Renata sonham com as Olimpíadas de 2020, mas a meta mais próxima é a faixa preta. Hoje na roxa, os gêmeos se dedicam para alcançar a marron, última antes da preta. "Pretendemos mudar até o fim do ano, e aí só vai ficar faltando um degrau para atingirmos nosso objetivo", disse Renata. Gabriel tem ainda um desejo e uma missão: vencer um adversário de outro estado e ajudar a irmã nos treinos para a fase nacional dos Jogos Estudantis da Juventude. "Ainda não tive a oportunidade de vencer um lutador de outro estado, mas treino forte e sei que essa hora vai chegar. Agora, incentivo a Renata na preparação para os Jogos em Natal, e fico em cima para ela pegar ainda mais firme nos treinos", disse Gabriel.   Gêmeos, atletas e companheiros. Gabriel e Renata formam uma dupla que ainda vai dar muito orgulho para os pais e para toda a família salesiana.   Assessoria de Comunicação Salesiano de Resende
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Última modificação em Terça, 02 Julho 2013 10:32

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Gêmeos do Salesiano Resende se destacam no judô

Segunda, 01 Julho 2013 12:58 Escrito por  Assessoria de Comunicação Salesiano de Resende
Aquela segunda-feira, 10 de maio de 1999, amanheceu ensolarada. Era uma data especial: depois de nove meses, eles finalmente veriam a luz do dia. Ele saiu primeiro. Três minutos depois, foi a vez dela. E pronto: nasceram os gêmeos Gabriel e Renata Alves de Lima Capri, para felicidade do casal Lúcio e Roseti, que já tinham a pequena Débora em casa.   Hoje, 14 anos depois, eles continuam dando alegrias aos pais. Como filhos e também como atletas. No dia 22 de junho, representando o Instituto São José - Salesiano, os gêmeos do 9º Ano do ensino fundamental conquistaram duas medalhas nas competições de judô da etapa estadual dos Jogos Estudantis da Juventude, as antigas Olimpíadas Escolares, disputadas no Centro de Treinamento da Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro. Renata foi a campeã na categoria ligeiro, com judocas de até 40 quilos, ao derrotar na final Débora da Silva, do Colégio Estadual José Paiva, do Rio. O resultado fez ainda do Salesiano o segundo lugar geral entre as meninas. Gabriel conquistou a medalha de prata. Foi o vice-campeão na categoria meio-leve, até 44 quilos, ao perder a decisão do ouro para Vitor Hugo de Almeida, também da capital fluminense. "Ele já é um adversário de longa data, sempre nos esbarramos em torneios. Já ganhei dele em outras oportunidades, mas desta vez não deu", disse Gabriel.   A medalha de ouro garantiu a Renata a vaga para representar o estado do Rio na fase nacional dos Jogos, em Natal, no Rio Grande do Norte, na primeira semana de setembro. Gabriel é o primeiro reserva, e se o campeão da categoria não puder participar, ele também vai para o Nordeste no segundo semestre. "Estamos muito felizes com esses resultados e orgulhosos em representar o Salesiano, uma escola onde sempre tivemos vontade de estudar", comemorou Renata. Na fase nacional, os três primeiros colocados de cada categoria ganham o direito de receber o benefício do "Bolsa Atleta" do Governo Federal, que paga cerca de R$ 800,00 por mês durante um ano para despesas e investimentos em esporte.   Esse é o maior evento estudantil esportivo do Brasil. Considerando as fases seletivas, reúnem dois milhões de atletas de 3.900 cidades do país. Em 2013, o evento mudou de nome: passou de "Olimpíadas Escolares" a "Jogos Escolares da Juventude". A mudança foi para preservar o uso do termo “Olimpíadas”, que é uma propriedade do COI (Comitê Olímpico Internacional). No estado do Rio, a competição conta com 13 mil alunos do ensino fundamental e médio de 437 escolas públicas e privadas de 55 municípios.   Saem as sapatilhas, entra o quimono   A história de Gabriel e Renata com o judô começou em 2005, quando eles tinham 6 anos e começaram a treinar na Academia Militar das Agulhas Negras. "Eu tinha muitos amigos que já faziam judô, e um dia fui ver uma aula. Gostei e pedi para meus pais me inscreverem", lembrou Gabriel. Renata chegou aos tatames de uma forma mais inusitada. Ela fazia balé, em uma sala ao lado dos treinos de judô. Quando terminava a aula, sempre dava uma "espiadinha" nos vizinhos. E de tanto espiar, acabou se interessando pelo esporte. "Entrei para os treinos e até cheguei a fazer balé e judô por um tempo. Mas quando meus pais disseram que era para eu escolher apenas uma escolinha, preferi o judô, já estava apaixonada", conta a adolescente. "Eu gostei da decisão dela, achava o balé muito violento", brinca o pai, militar do exército.   Desde então os dois não pararam de lutar. Ano passado, eles venceram a etapa estadual das Olimpíadas Escolares e chegaram à fase nacional, disputada na cidade mineira de Poços de Caldas. Renata terminou em quarto lugar, e Gabriel ficou na primeira fase. Foi uma experiência inesquecível. "A gente ficava no hotel junto com as outras delegações. Foram cinco dias sem contato com os pais, só se concentrando para as lutas", disse Gabriel. Renata, que já foi campeã brasileira regional, também tem boas lembranças do torneio. "São competições assim que nos animam a continuar treinando, porque nessa idade muitas vezes sentimos vontade de parar, mas com o incentivo dos nossos pais, do professor e das conquistas que alcançamos, percebemos que vale a pena insistir", afirmou a jovem.   Os pais estão cheios de orgulho. Lúcio, militar, e Roseti, professora, contam que no início não imaginavam que os filhos chegariam a esse nível. "Nosso objetivo era apenas que eles praticassem um esporte, mas eles foram evoluindo, os resultados foram aparecendo, e agora somos os maiores incentivadores desses dois", falou Lúcio. A mãe destaca o talento dos filhos. "Conhecemos muitos jovens nessa idade que fazem até musculação para melhorar o rendimento nas lutas, e eles não, é só o treino mesmo. E se assim já conseguem bons resultados em competições importantes, é porque levam jeito e podem ir muito mais longe", diz a professora, lembrando que a outra filha, Débora, de 15 anos, aluna do Salesiano, também treina judô, mas ainda não participa de competições.   Gabriel e Renata sonham com as Olimpíadas de 2020, mas a meta mais próxima é a faixa preta. Hoje na roxa, os gêmeos se dedicam para alcançar a marron, última antes da preta. "Pretendemos mudar até o fim do ano, e aí só vai ficar faltando um degrau para atingirmos nosso objetivo", disse Renata. Gabriel tem ainda um desejo e uma missão: vencer um adversário de outro estado e ajudar a irmã nos treinos para a fase nacional dos Jogos Estudantis da Juventude. "Ainda não tive a oportunidade de vencer um lutador de outro estado, mas treino forte e sei que essa hora vai chegar. Agora, incentivo a Renata na preparação para os Jogos em Natal, e fico em cima para ela pegar ainda mais firme nos treinos", disse Gabriel.   Gêmeos, atletas e companheiros. Gabriel e Renata formam uma dupla que ainda vai dar muito orgulho para os pais e para toda a família salesiana.   Assessoria de Comunicação Salesiano de Resende
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