Capela São José une a arte das ruas à religião

Segunda, 06 Janeiro 2014 14:55 Escrito por  Adriana Móras e Rodrigo Tiradentes
A Capela São José, na comunidade da Paróquia Santa Teresinha, fica ao lado da Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Há mais de 15 anos a comunidade começou a se reunir pelo incansável trabalho da irmã Maria Alexandrina Amaral (Irmã Amaral), FMA que atuava na paróquia, falecida em 30 de junho de 2012. Como era uma região muito simples, escondida entre o complexo viário da Praça da Bandeira e a linha de trem, foi sempre esquecida pelo poder público. Ali moravam famílias que Irmã Amaral reunia na rua para as catequeses e as orações, todas as semanas. Atualmente, a Capela São José realiza um trabalho junto à comunidade local, com agentes de pastoral empenhados na formação católica, na ajuda social e na vida da comunidade. Recentemente, a Capela São José ganhou projeção por ser a primeira capela grafitada do Brasil. A capela foi grafitada por dentro e por fora e passou por reformas que duraram três meses, sendo reinaugurada em 6 de outubro passado, com missa presidida por dom Orani João Tempesta. Na ocasião, houve também a reinauguração do salão paroquial, que recebeu o nome de Salão Irmã Amaral. Rodrigo Tiradentes, aluno do 3º ano do Ensino Médio do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, unidade da Rede Salesiana de Escolas que fica na região, fez uma entrevista com o pároco, Frei Cardoso, da qual reproduzimos a seguir alguns trechos.

Como surgiu a ideia de grafitar a capela São José?

Frei Cardoso – Um benfeitor que já colabora com a nossa paróquia há mais de 10 anos e possui grande apreço pela cultura popular tinha o desejo de decorar algum espaço da igreja com grafite. Assim, pensou-se na Capela São José, que proporcionava, no momento, melhores condições para a concretização do projeto.

 

Quais eram os objetivos ao grafitar a capela?

Frei Cardoso – Pretendíamos unir a arte das ruas à religião, trazer a arte popular para dentro da Igreja, ajudando a expressar os sentimentos cristãos através de uma cultura que não é usual nos ambientes religiosos.

 

Além do grafite, a capela recebeu melhorias...

Frei Cardoso – O grafite é do artista Fábio Emma e o projeto da nova decoração da capela foi organizado pelo Frei Nilson e pelas paroquianas Nany Queiroz e Patrícia Rodrigues. Ainda contamos com o patrocínio da Fundição Progresso.

 

Além de estarem atentos às obras, como os frequentadores da capela receberam a reforma?

Frei Cardoso – Não queríamos que a grafitagem fosse uma imposição, por isso pedimos a participação de todos na elaboração do projeto. Assim, surgiram novas ideias, que foram de grande importância, e campanhas de doação para o andamento da reinauguração. A comunidade mobilizou-se e incentivou toda a paróquia a ajudar.

 

Qual sua avaliação do resultado final?

Frei Cardoso – Nós gostamos muito. De início, ficamos um pouco receosos, porque o grafite carrega um estigma de imagens “pesadas” que não se encaixariam com o ambiente religioso. Entretanto, ao final, apreciamos bastante, porque a religiosidade foi respeitada e o trabalho ficou muito bonito.

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Capela São José une a arte das ruas à religião

Segunda, 06 Janeiro 2014 14:55 Escrito por  Adriana Móras e Rodrigo Tiradentes
A Capela São José, na comunidade da Paróquia Santa Teresinha, fica ao lado da Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Há mais de 15 anos a comunidade começou a se reunir pelo incansável trabalho da irmã Maria Alexandrina Amaral (Irmã Amaral), FMA que atuava na paróquia, falecida em 30 de junho de 2012. Como era uma região muito simples, escondida entre o complexo viário da Praça da Bandeira e a linha de trem, foi sempre esquecida pelo poder público. Ali moravam famílias que Irmã Amaral reunia na rua para as catequeses e as orações, todas as semanas. Atualmente, a Capela São José realiza um trabalho junto à comunidade local, com agentes de pastoral empenhados na formação católica, na ajuda social e na vida da comunidade. Recentemente, a Capela São José ganhou projeção por ser a primeira capela grafitada do Brasil. A capela foi grafitada por dentro e por fora e passou por reformas que duraram três meses, sendo reinaugurada em 6 de outubro passado, com missa presidida por dom Orani João Tempesta. Na ocasião, houve também a reinauguração do salão paroquial, que recebeu o nome de Salão Irmã Amaral. Rodrigo Tiradentes, aluno do 3º ano do Ensino Médio do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, unidade da Rede Salesiana de Escolas que fica na região, fez uma entrevista com o pároco, Frei Cardoso, da qual reproduzimos a seguir alguns trechos.

Como surgiu a ideia de grafitar a capela São José?

Frei Cardoso – Um benfeitor que já colabora com a nossa paróquia há mais de 10 anos e possui grande apreço pela cultura popular tinha o desejo de decorar algum espaço da igreja com grafite. Assim, pensou-se na Capela São José, que proporcionava, no momento, melhores condições para a concretização do projeto.

 

Quais eram os objetivos ao grafitar a capela?

Frei Cardoso – Pretendíamos unir a arte das ruas à religião, trazer a arte popular para dentro da Igreja, ajudando a expressar os sentimentos cristãos através de uma cultura que não é usual nos ambientes religiosos.

 

Além do grafite, a capela recebeu melhorias...

Frei Cardoso – O grafite é do artista Fábio Emma e o projeto da nova decoração da capela foi organizado pelo Frei Nilson e pelas paroquianas Nany Queiroz e Patrícia Rodrigues. Ainda contamos com o patrocínio da Fundição Progresso.

 

Além de estarem atentos às obras, como os frequentadores da capela receberam a reforma?

Frei Cardoso – Não queríamos que a grafitagem fosse uma imposição, por isso pedimos a participação de todos na elaboração do projeto. Assim, surgiram novas ideias, que foram de grande importância, e campanhas de doação para o andamento da reinauguração. A comunidade mobilizou-se e incentivou toda a paróquia a ajudar.

 

Qual sua avaliação do resultado final?

Frei Cardoso – Nós gostamos muito. De início, ficamos um pouco receosos, porque o grafite carrega um estigma de imagens “pesadas” que não se encaixariam com o ambiente religioso. Entretanto, ao final, apreciamos bastante, porque a religiosidade foi respeitada e o trabalho ficou muito bonito.

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