Demandas da Sociedade para a Assistência Social

Terça, 13 Setembro 2016 23:29 Escrito por 
Representante da Inspetoria Salesiana São João Bosco (ISJB) –Salesianos / RSB Social, no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Carlos Nambu fala sobre o que é o órgão, quais as suas principais demandas e desafios, e como a experiência salesiana pode contribuir nessa área.

Carlos Nambu tem uma larga experiência na área social, principalmente por sua atuação desde 2004 representando inicialmente os salesianos e posteriormente SDB e FMA em diversos conselhos e espaços de discussão de políticas públicas nessa área. No dia 7 de junho, ele tomou posse no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) pelo Segmento de Entidades, representando a Inspetoria Salesiana São João Bosco –Salesianos / RSB, em uma das três instituições titulares eleitas para a gestão 2016-2018.

Ao Boletim Salesiano, Carlos Nambu fala sobre a importância do CNAS e sobre como a perspectiva salesiana pode contribuir na ação desse órgão paritário e deliberativo das Políticas Públicas de Assistência Social no País.

 

Boletim Salesiano - O CNAS é um órgão paritário, com representação Governamental e da Sociedade Civil. Em sua opinião, por que essa ação conjunta é importante?

Carlos Nambu -A participação Governamental tem sua importância quanto ao aspecto técnico, informações e orientações técnicas, exposição da visão do gestor quanto às demandas, normativas e demais pontos relevantes da Política de Assistência Social em debate. Mas nem sempre a visão do Gestor é compatível e reflete a realidade apresentada pela Sociedade Civil, que traz das suas “bases” as demandas. No CNAS, temos uma representação paritária. São nove representantes titulares e nove suplentes Governamentais e nove da Sociedade Civil, dividida em três segmentos: Entidades, Trabalhadores e Usuários. Estamos, como Inspetoria São João Bosco (ISJB) – Salesianos / RSB, contribuindo no segmento de Entidades de Assistência Social no Brasil.

 

BS - Como a “proposta salesiana”, ou a visão salesiana, pode colaborar em um órgão como este?

Carlos Nambu -A ISJB – Salesianos / RSB pode contribuir com informações e orientações para todas as Inspetorias do Brasil, bem como para a Sociedade. E nos debates de temáticas que se referem a crianças, adolescentes, jovens e famílias, contribuímos levando as experiências, no que diz respeito ao Sistema Preventivo e a Pedagogia Salesiana, bem como as experiências e boas práticas em nossas realidades, dentro das diversidades regionais. A Ação Salesiana do Brasil no SUAS – Sistema Único de Assistência Social tem grande impacto nos trabalhos realizados com a População de Rua, Crianças, Adolescentes, Jovens e Famílias, englobando os diversos Serviços, Programas e Projetos na comunidade em que as obras sociais estão inseridas, entre outras ações.

Além disso, como membro do Grupo de Articulação do Movimento Nacional de Entidades de Assistência Social (MNEAS), a representação Salesiana no CNAS busca o fortalecimento das Entidades no Brasil, destacando a atuação e a importância histórica desse segmento, mesmo que complementar, mas de responsabilidade e de grande relevância. Ressalto também que as normativas aprovadas pelo Conselho são de impacto em todas as regiões do Brasil, e nesse sentido a representação da ISJB – Salesianos / RSB pretende contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

 

BS - Em sua opinião, quais são hoje os maiores desafios da Assistência Social no país? O que precisaria ser feito com maior urgência?

Carlos Nambu- Hoje vivemos um período de transição. Ainda não temos os impactos dessas mudanças, mas defendemos que não haja retrocesso naquilo que já foi construído. Que nada seja retirado, mas acrescentado visando o fortalecimento do SUAS e o benefício para os usuários da Assistência Social. Em um aspecto geral, todas as pautas são emergentes porque afetam diretamente os usuários, mas poderia citar alguns temas que inclusive foram deliberações das Conferências e demandas apontadas pelas Entidades, Trabalhadores e Usuários: Ampliação do Orçamento, Normatização mais detalhada da Socioaprendizagem, revisão da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Processo de implantação e implementação da Lei 13.019/2014 (que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil), Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social – CNEAS, dentre outros.

 

BS – Como você avalia a formação da Rede Salesiana Brasil de Ação Social (RSB-Social)?

Carlos Nambu – A RSB-Social é algo novo, que foi uma semente plantada na RESAS, mas que está se consolidando e se fortalecendo gradativamente. O trabalho conjunto entre os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora é um processo de resignificação que tende a fortalecer o trabalho em todas as Entidades Salesianas, mantidas pelos SDB ou pelas FMA ampliando a sua contribuição para a Sociedade. Mas, para isso, é necessário um processo de sensibilização, de amadurecimento. É um processo de construção.

 

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Última modificação em Quarta, 14 Setembro 2016 17:41

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Demandas da Sociedade para a Assistência Social

Terça, 13 Setembro 2016 23:29 Escrito por 
Representante da Inspetoria Salesiana São João Bosco (ISJB) –Salesianos / RSB Social, no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Carlos Nambu fala sobre o que é o órgão, quais as suas principais demandas e desafios, e como a experiência salesiana pode contribuir nessa área.

Carlos Nambu tem uma larga experiência na área social, principalmente por sua atuação desde 2004 representando inicialmente os salesianos e posteriormente SDB e FMA em diversos conselhos e espaços de discussão de políticas públicas nessa área. No dia 7 de junho, ele tomou posse no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) pelo Segmento de Entidades, representando a Inspetoria Salesiana São João Bosco –Salesianos / RSB, em uma das três instituições titulares eleitas para a gestão 2016-2018.

Ao Boletim Salesiano, Carlos Nambu fala sobre a importância do CNAS e sobre como a perspectiva salesiana pode contribuir na ação desse órgão paritário e deliberativo das Políticas Públicas de Assistência Social no País.

 

Boletim Salesiano - O CNAS é um órgão paritário, com representação Governamental e da Sociedade Civil. Em sua opinião, por que essa ação conjunta é importante?

Carlos Nambu -A participação Governamental tem sua importância quanto ao aspecto técnico, informações e orientações técnicas, exposição da visão do gestor quanto às demandas, normativas e demais pontos relevantes da Política de Assistência Social em debate. Mas nem sempre a visão do Gestor é compatível e reflete a realidade apresentada pela Sociedade Civil, que traz das suas “bases” as demandas. No CNAS, temos uma representação paritária. São nove representantes titulares e nove suplentes Governamentais e nove da Sociedade Civil, dividida em três segmentos: Entidades, Trabalhadores e Usuários. Estamos, como Inspetoria São João Bosco (ISJB) – Salesianos / RSB, contribuindo no segmento de Entidades de Assistência Social no Brasil.

 

BS - Como a “proposta salesiana”, ou a visão salesiana, pode colaborar em um órgão como este?

Carlos Nambu -A ISJB – Salesianos / RSB pode contribuir com informações e orientações para todas as Inspetorias do Brasil, bem como para a Sociedade. E nos debates de temáticas que se referem a crianças, adolescentes, jovens e famílias, contribuímos levando as experiências, no que diz respeito ao Sistema Preventivo e a Pedagogia Salesiana, bem como as experiências e boas práticas em nossas realidades, dentro das diversidades regionais. A Ação Salesiana do Brasil no SUAS – Sistema Único de Assistência Social tem grande impacto nos trabalhos realizados com a População de Rua, Crianças, Adolescentes, Jovens e Famílias, englobando os diversos Serviços, Programas e Projetos na comunidade em que as obras sociais estão inseridas, entre outras ações.

Além disso, como membro do Grupo de Articulação do Movimento Nacional de Entidades de Assistência Social (MNEAS), a representação Salesiana no CNAS busca o fortalecimento das Entidades no Brasil, destacando a atuação e a importância histórica desse segmento, mesmo que complementar, mas de responsabilidade e de grande relevância. Ressalto também que as normativas aprovadas pelo Conselho são de impacto em todas as regiões do Brasil, e nesse sentido a representação da ISJB – Salesianos / RSB pretende contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

 

BS - Em sua opinião, quais são hoje os maiores desafios da Assistência Social no país? O que precisaria ser feito com maior urgência?

Carlos Nambu- Hoje vivemos um período de transição. Ainda não temos os impactos dessas mudanças, mas defendemos que não haja retrocesso naquilo que já foi construído. Que nada seja retirado, mas acrescentado visando o fortalecimento do SUAS e o benefício para os usuários da Assistência Social. Em um aspecto geral, todas as pautas são emergentes porque afetam diretamente os usuários, mas poderia citar alguns temas que inclusive foram deliberações das Conferências e demandas apontadas pelas Entidades, Trabalhadores e Usuários: Ampliação do Orçamento, Normatização mais detalhada da Socioaprendizagem, revisão da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Processo de implantação e implementação da Lei 13.019/2014 (que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil), Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social – CNEAS, dentre outros.

 

BS – Como você avalia a formação da Rede Salesiana Brasil de Ação Social (RSB-Social)?

Carlos Nambu – A RSB-Social é algo novo, que foi uma semente plantada na RESAS, mas que está se consolidando e se fortalecendo gradativamente. O trabalho conjunto entre os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora é um processo de resignificação que tende a fortalecer o trabalho em todas as Entidades Salesianas, mantidas pelos SDB ou pelas FMA ampliando a sua contribuição para a Sociedade. Mas, para isso, é necessário um processo de sensibilização, de amadurecimento. É um processo de construção.

 

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