Juventude é foco da Igreja no Brasil e no mundo

Terça, 15 Janeiro 2013 18:15 Escrito por 
  A Campanha da Fraternidade 2013 tem a juventude como tema e insere-se no movimento mundial de atenção a essa parcela da população.       A juventude brasileira quer ser ouvida. Quer ter seus direitos sociais e políticos respeitados, quer o fim da violência contra os jovens, quer que a sociedade lhe permita novas perspectivas de vida e realização. A juventude reivindica o diálogo com as outras gerações e que estas compreendam e aceitem seu jeito próprio de ser. Mas os jovens não pedem somente: eles fazem e agem; utilizam as novas mídias digitais e nelas constroem as também novas maneiras de expor seus anseios, preocupações e opiniões. É esse grito da juventude, que ressoa nos quatro cantos do país, que a Igreja Católica no Brasil ouve e atende ao lançar a Campanha da Fraternidade 2013 (CF 2013), com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).  

Realizada tradicionalmente no período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade completa 50 anos em 2013 e é considerada a maior campanha social da América Latina. Trata-se de um chamado feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a todos os católicos e às pessoas de boa vontade para que reflitam sobre um tema social à luz do Evangelho e para que atuem concretamente no sentido de resolver ou minimizar esse problema.

 

Lançamento da CF 2013

A CF 2013 terá início na Quarta-feira de Cinzas, dia 13 de fevereiro, e se estende por toda a Quaresma, período no qual as comunidades, escolas, obras sociais e paróquias católicas terão atividades e celebrações relacionadas ao tema “Fraternidade e Juventude”. A CF encerra-se oficialmente no Domingo de Ramos, 24 de março, com o gesto concreto: o Dia Nacional da Coleta da Solidariedade em favor de entidades sociais ligadas à Juventude, escolhidas previamente como beneficiárias nas dioceses, regionais e em âmbito nacional.

 

Entretanto, as reflexões suscitadas pela Campanha da Fraternidade se estendem ao longo do ano, e inserem-se como parte de outros eventos importantes para a Igreja e para os jovens do país, como a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em julho de 2013, no Rio de Janeiro. Como ressalta dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB:“Ao assumir como lema o espírito missionário da JMJ 2013 indicado pelo Santo Padre Bento XVI, ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (cf. Mt 28,19), desejamos que todos os jovens sejam verdadeiros missionários e missionárias em nossa Igreja”.

 

Protagonistas

Dom Ulrich destaca também que a CF 2013 propõe a reflexão sobre a juventude sob dois ângulos: o da sociedade em geral, para que compreenda os anseios dos jovens e se coloque a serviço deles; e o dos próprios jovens, para que sejam protagonistas em uma proposta transformadora. “A Campanha da Fraternidade é um convite para nos convertermos e irmos ao encontro dos jovens e, ao mesmo tempo, é um convite aos jovens para se deixarem encontrar por Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (Jo 14,6)”, afirma ele na apresentação da Campanha.

 

Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, o bispo salesiano dom Eduardo Pinheiro da Silva, o tema da CF 2013 coloca em evidência a opção da Igreja pela juventude e a confiança no protagonismo dos jovens. Para o bispo, isso está expresso no próprio cartaz da CF: “Tendo como referência a cruz de Jesus Cristo, o cartaz traz, em primeiro plano, uma jovem que demonstra alegria em responder ao chamado que Deus lhe faz. A Igreja acredita nessa disponibilidade da juventude, nessa resposta do jovem que encontra na sua comunidade a abertura, a provocação e a oportunidade para um serviço à Igreja e à sociedade”.

 

Além do cartaz, a CNBB disponibiliza a todos os interessados uma série de materiais para subsidiar as atividades da Campanha da Fraternidade. O mais importante deles é o Texto-base, no qual são detalhados os temas de reflexão.

 

Acolher os jovens

Com o objetivo “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”, o Texto-base segue a metodologia do Ver-Julgar-Agir. Ou seja: compreender a realidade da juventude brasileira na atualidade; avaliar essa situação à luz do Evangelho e empreender ações para a transformação dessa realidade.

 

Já na introdução, o Texto-base da CF 2013 coloca a necessidade de que os segmentos da sociedade se solidarizem com os jovens e favoreçam espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los “a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos”.

 

A origem da Campanha da Fraternidade

A primeira Campanha da Fraternidade foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta, RN, foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

 

O lançamento foi feito oficialmente em uma entrevista de Dom Eugênio Sales às Rádios Rural de Natal e Poty, na qual ele afirmava: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

 

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade e passou a realiza-la em âmbito nacional.

Fonte: CNBB <www.cnbb.org.br>

 

Boletim Salesiano especial

O Boletim Salesiano terá em fevereiro uma edição digital especial sobre a Campanha da Fraternidade 2013, com artigos, reportagens e entrevistas inteiramente voltados para o tema da CF.

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Última modificação em Terça, 15 Janeiro 2013 18:22

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Terça, 15 Janeiro 2013 18:15 Escrito por 
  A Campanha da Fraternidade 2013 tem a juventude como tema e insere-se no movimento mundial de atenção a essa parcela da população.       A juventude brasileira quer ser ouvida. Quer ter seus direitos sociais e políticos respeitados, quer o fim da violência contra os jovens, quer que a sociedade lhe permita novas perspectivas de vida e realização. A juventude reivindica o diálogo com as outras gerações e que estas compreendam e aceitem seu jeito próprio de ser. Mas os jovens não pedem somente: eles fazem e agem; utilizam as novas mídias digitais e nelas constroem as também novas maneiras de expor seus anseios, preocupações e opiniões. É esse grito da juventude, que ressoa nos quatro cantos do país, que a Igreja Católica no Brasil ouve e atende ao lançar a Campanha da Fraternidade 2013 (CF 2013), com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).  

Realizada tradicionalmente no período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade completa 50 anos em 2013 e é considerada a maior campanha social da América Latina. Trata-se de um chamado feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a todos os católicos e às pessoas de boa vontade para que reflitam sobre um tema social à luz do Evangelho e para que atuem concretamente no sentido de resolver ou minimizar esse problema.

 

Lançamento da CF 2013

A CF 2013 terá início na Quarta-feira de Cinzas, dia 13 de fevereiro, e se estende por toda a Quaresma, período no qual as comunidades, escolas, obras sociais e paróquias católicas terão atividades e celebrações relacionadas ao tema “Fraternidade e Juventude”. A CF encerra-se oficialmente no Domingo de Ramos, 24 de março, com o gesto concreto: o Dia Nacional da Coleta da Solidariedade em favor de entidades sociais ligadas à Juventude, escolhidas previamente como beneficiárias nas dioceses, regionais e em âmbito nacional.

 

Entretanto, as reflexões suscitadas pela Campanha da Fraternidade se estendem ao longo do ano, e inserem-se como parte de outros eventos importantes para a Igreja e para os jovens do país, como a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em julho de 2013, no Rio de Janeiro. Como ressalta dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB:“Ao assumir como lema o espírito missionário da JMJ 2013 indicado pelo Santo Padre Bento XVI, ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (cf. Mt 28,19), desejamos que todos os jovens sejam verdadeiros missionários e missionárias em nossa Igreja”.

 

Protagonistas

Dom Ulrich destaca também que a CF 2013 propõe a reflexão sobre a juventude sob dois ângulos: o da sociedade em geral, para que compreenda os anseios dos jovens e se coloque a serviço deles; e o dos próprios jovens, para que sejam protagonistas em uma proposta transformadora. “A Campanha da Fraternidade é um convite para nos convertermos e irmos ao encontro dos jovens e, ao mesmo tempo, é um convite aos jovens para se deixarem encontrar por Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (Jo 14,6)”, afirma ele na apresentação da Campanha.

 

Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, o bispo salesiano dom Eduardo Pinheiro da Silva, o tema da CF 2013 coloca em evidência a opção da Igreja pela juventude e a confiança no protagonismo dos jovens. Para o bispo, isso está expresso no próprio cartaz da CF: “Tendo como referência a cruz de Jesus Cristo, o cartaz traz, em primeiro plano, uma jovem que demonstra alegria em responder ao chamado que Deus lhe faz. A Igreja acredita nessa disponibilidade da juventude, nessa resposta do jovem que encontra na sua comunidade a abertura, a provocação e a oportunidade para um serviço à Igreja e à sociedade”.

 

Além do cartaz, a CNBB disponibiliza a todos os interessados uma série de materiais para subsidiar as atividades da Campanha da Fraternidade. O mais importante deles é o Texto-base, no qual são detalhados os temas de reflexão.

 

Acolher os jovens

Com o objetivo “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”, o Texto-base segue a metodologia do Ver-Julgar-Agir. Ou seja: compreender a realidade da juventude brasileira na atualidade; avaliar essa situação à luz do Evangelho e empreender ações para a transformação dessa realidade.

 

Já na introdução, o Texto-base da CF 2013 coloca a necessidade de que os segmentos da sociedade se solidarizem com os jovens e favoreçam espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los “a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos”.

 

A origem da Campanha da Fraternidade

A primeira Campanha da Fraternidade foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta, RN, foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

 

O lançamento foi feito oficialmente em uma entrevista de Dom Eugênio Sales às Rádios Rural de Natal e Poty, na qual ele afirmava: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

 

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade e passou a realiza-la em âmbito nacional.

Fonte: CNBB <www.cnbb.org.br>

 

Boletim Salesiano especial

O Boletim Salesiano terá em fevereiro uma edição digital especial sobre a Campanha da Fraternidade 2013, com artigos, reportagens e entrevistas inteiramente voltados para o tema da CF.

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